O que outros países podem nos ensinar sobre recuperação da Economia

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Sabemos que a situação é difícil na maior parte dos países. Não há como ignorar os
efeitos trazidos pela invasão avassaladora do Covid-19 em todos os continentes, que
acabou interrompendo anos de desenvolvimento e adiando planos de retomada da
economia. Mas mesmo em meio à recessão, podemos tirar alguns exemplos.

É o caso dos Estados Unidos. O país vive sua pior crise em dez anos, com uma queda
no Produto Interno Bruto de 9,5% em relação ao mesmo período em 2019. Esta foi a
primeira vez que isso aconteceu desde 2008, ano que o mundo passou por uma das
maiores recessões econômicas já registradas.

O país vive em meio a um cenário que inclui o medo do avanço da doença em alguns
Estados e a necessidade de sobrevivência das empresas de outro. Assim, em uma
guerra entre Governo e epidemiologistas, levou a melhor quem já estava preparado
para uma crise.

Manter um capital de giro foi uma lição que os estadunidenses aprenderam desde a
crise de 2008, quando muitos foram surpreendidos e perderam seus negócios.
O “Working Capital” pode justamente ajudar durante a volatilidade financeira, servindo
para cobrir despesas e lidar com situações extremas como a vivida atualmente. Ter tal
aporte poderia salvar muitos negócios que fecharam suas portas durante a pandemia.

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Imagem 2 O que outros países podem nos ensinar sobre recuperação da Economia
O investimento em tecnologia em vários setores vem sendo o diferencial da China nas últimas décadas.
Imagem: Reprodução

Em contrapartida, a China, país que experimentou grande avanço comercial, está
apostando em tecnologia e dados, fato que levou a uma alta na Bolsa de valores.
O país concentra seus investimentos na Inteligência artificial e na tecnologia 5G, não
sendo por acaso que hoje ele é o líder mundial nesse segmento.

Os chineses vêm desenvolvendo múltiplos produtos e ferramentas que são úteis em
todos os setores: desde saúde, fabricação de tecidos especiais e novas soluções que
podem ser implementadas tanto em residências quanto em indústrias. E as soluções
surgem quase que diariamente.

Este acaba sendo um reflexo da cultura chinesa, que possui uma grande capacidade de
adaptação e agilidade em criar produtos que alcançam o maior número possível de
pessoas. Eles também valorizam o engajamento, uma lição bastante valiosa para
líderes de empresas: saber envolver todas as unidades e engajar o time para realizar
ações necessárias podem render milhões.

Já Portugal vem apostando, mesmo antes da pandemia, em alternativas que permitem
a criação de novos empregos e circulação do dinheiro. Desde que legalizaram os jogos
online em 2015, o país vem tendo resultados muito positivos. Com um volume de
apostas que ultrapassou nove dígitos no primeiro trimestre de 2020, os cassinos online
movimentam milhões de euros diariamente.

E o Governo leva uma boa fatia com a arrecadação do Imposto Especial de Jogo Online
(IEJO), que nos primeiros meses deste ano, bateu 20,8 milhões de euros. Isto significa
um crescimento de cerca de 40% com relação a 2019. Fato bem significativo em um
país que não tinha hábitos de consumir produtos online. Tal questão é particularmente interessante para o Brasil, que atualmente vive um debate sobre a legalização dos
jogos de azar
no país.

Imagem 3 O que outros países podem nos ensinar sobre recuperação da Economia
A chanceler alemã Angela Merkel, incentiva um modelo de economia sustentável. Imagem: Reprodução

Alemanha, outro país da Europa, traz outras questões neste momento em que sofre
uma recessão de 10,1% no segundo trimestre, maior queda desde 1961. O desafio do
país é desenvolver um modelo econômico que priorize a sustentabilidade. Tal fato vem
sendo levado a setores que movimentam o país, como o automobilístico.

Para que haja uma recuperação, o país vem fazendo esforços e investindo em
economia sustentável
, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Tal ação é uma
continuação de esforços já iniciados pela chanceler Angela Merkel antes mesmo do
avanço do covid-19 e que visam atrair mercados internacionais preocupados com a
preservação do planeta.

Mas, embora nem tudo sejam flores, já existem países que começam a se recuperar. É
o caso do Canadá, que permanece disponibilizando uma ajuda a empresas e
trabalhadores através do CERB (Canada Emergency Response Benefit). Porém,
pesquisas recentes indicam que o pior já passou, e as atividades econômicas de junho
somam cerca de 90% dos níveis de produção registrados meses antes.

Um dos fatores que levaram o país a se recuperar foi a cautela mantida durante os
primeiros meses de 2020. Eles conseguiram controlar suas fronteiras e começar a abrir
aos poucos somente a partir de maio. Tal ação conjunta entre população e Governo
fez com que o país registrasse forte recuperação em vários setores como o da
Construção.

Analisando alguns desses casos apresentados, fica bastante claro que não será de uma
hora para outra que o mundo irá se recuperar da crise. Foi assim em 1929, quando
estourou a bolsa de valores de Nova York, e quando passou por grandes guerras.
O que podemos entender é que somente com esforços, entre população e Governo, é
que podemos buscar soluções mais duradouras e restaurar o crescimento econômico.
Ações conjuntas e cuidados mútuos são necessárias para a sobrevivência pós-
pandemia. Afinal, se há uma coisa que esse vírus provou é que tudo pode acontecer,
então é melhor estarmos preparados para todos os cenários possíveis.

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1 COMENTÁRIO

  1. 1. Carros de Fórmula I não podem anunciar cigarros Marlboro ou John Player Special, mas podem anunciar Red Bull, com 56% de cafeína, Johnny Walker, com 46% de álcool, e manter a equipe Martini Racing…
    2. Combate-se o vício por drogas, anuncia-se livremente bebidas alcoólicas e autoriza-se o vício do jogo…
    Será que a única coisa coerente para os governos é a arrecadação de impostos?

    Quando um país “apela” para os jogos de azar para melhorar(?) sua economia é porque já passou de simples queda da atividade econômica para desespero financeiro.
    Somente alguém que não conheça a gravidade do VÍCIO DO JOGO, o pior e mais incontrolável de todos, pode considerar como positivo para um país que seus viciados pereçam de uma vez nas mesas de um cassino, seja ele real ou virtual.
    Como se ninguém soubesse que o único ganhador, quando se trata de jogos de AZAR, como o próprio nome já diz, é a BANCA…
    Seria mais realista e interessante para os apostadores que Portugal listasse todos os mais ricos do país, que estivessem propensos a jogar, por vício ou por idiotice, e confiscasse 90% dos seus bens. Pelo menso, sobraria 10%, como garantia de sobrevivência.
    Investe-se DEZ VEZES mais do que o montante das transações com drogas em seu combate e negam que este combate à droga não seja um excelente negócio.
    Abre-se as portas dos cassinos e confessa-se abertamente que esta autorização serve exclusivamente para aumentar a arrecadação do país.
    Conclusão: É evidente que o governo e a própria estrutura social imaginam ganhar dinheiro com o vício.
    Não fosse assim, não haveria tanto dinheiro investido no excelente negócio da proibição das drogas, bem como não se autorizaria descaradamente, diga-se, que os viciados em jogos de azar acabassem com suas vidas, apenas para aumentar a arrecadação de impostos.
    Afinal, vamos acabar com a hipocrisia do combate ao vício do que é proibido ou vamos ser hipócritas e irresponsáveis, ao sermos permissivos?…

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