‘O Rio de Janeiro vai crescer de forma sustentável’, diz Carlos Favoreto, presidente do conselho da Fundação São Francisco de Assis

Instituição voltada ao meio ambiente aposta na informação em prol do desenvolvimento com sustentabilidade

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Há cerca de dois anos, a Fundação São Francisco de Assis passou por uma grande virada. Deixou de ser uma instituição voltada à assistência animal e passou a atuar mais intensamente na questão sustentável. À frente deste processo estão Camilo de Souza, que já foi tema de matéria aqui no DIÁRIO DO RIO, e Carlos Favoreto, atual presidente do conselho de benemérito da Fundação.

Neste processo de novas ações, a Fundação São Francisco de Assis se tornou o braço das pautas sustentáveis no Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, que tem iniciativas que passam pelas áreas de logística, infraestrutura econômica, inovação e serviços tecnológicos. Trata-se de uma agenda que vai de 2022 até 2026 para impulsionar o crescimento do RJ. Além disso, a Fundação está também nos debates sobre a Rio+30.

“Nossa ideia é colocar na prática a tão sonhada sustentabilidade. Queremos fazer com que a pessoas entendam que podemos fazer uso de recursos naturais sem que as gerações futuras sejam afetadas. Se desmata floresta para a prática pecuária. Hoje, no Brasil, não precisa fazer isso. Não precisamos mais desmatar para plantar e com isso levar alimento às pessoas. Muita gente ainda desmata por falta de informação e levar esse tipo de convencimento para as pessoas é uma das missões da nossa fundação”, disse Carlos Favoreto, que e é engenheiro agrônomo especialista em meio ambiente e foi professor na área por anos.

No ano em que se completam três décadas da Eco-92, os debates sobre o desenvolvimento sustentável se fazem ainda mais necessários: “Eu trabalhei na Rio+20. E estamos aqui usando nosso conhecimento, nossa experiência prática, teórica, nosso trabalho para levar a sustentabilidade ao centro do debate. O Rio de Janeiro vai crescer de forma sustentável. E vai crescer mesmo. Nosso papel é levar as informações e a importância do meio ambiente para esse crescimento sustentável, colocando em ações. E isso é política pública, projetos a longo prazo, independentemente de quem esteja no governo daqui a alguns anos”, conta o presidente do conselho benemérito da Fundação.

Informação pode salvar vidas e é apostando nisso que a Fundação São Francisco de Assis visa suas ações práticas. “Entre 10 doenças conhecidas, oito são vinculadas por água. Isso se dá por falta de informação. Comunicação ruim. Tendo uma boa comunicação, informação, a gente alivia em 80% os atendimentos em hospitais públicos, porque as pessoas vão passar menos mal por saberem que o contato com água contaminada causa determinadas doenças. Isso é um exemplo. A informação é útil para a pessoa aplicar aquele conhecimento na vida dela. As pessoas recebem essas informações como matéria, disciplina, mas não tem o entendimento. Isso é comunicação e estamos trabalhando muito nisso, para que essa comunicação em relação ao meio ambiente, à sustentabilidade seja mais efetiva”, detalha Favoreto.

Para o futuro, a Fundação visa entrar em outros estados, se consolidar no Rio de Janeiro com ações no campo social, como a creche da São Francisco de Assis, cursos, além de atenção com o saneamento básico e parcerias com Governo do Estado. “Estamos com ótimas expectativas”.  

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