O Rio e o mundo: Itaguaí-Japão

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Foto: Museu da Migração Japonesa

Quando se fala em japoneses na região sudeste do Brasil logo se pensa em São Paulo. No entanto, o Rio de Janeiro também tem sua colônia japonesa. Fica em Itaguaí, na Costa Verde, e vamos falar sobre isso nessa nova matéria da série O Rio e o Mundo, produzida pelo DIÁRIO DO RIO.

A chegada de japoneses em Itaguaí teve início em 1939, começando com as famílias Kawaguchi, Wada, Okasaki, Kozaki, Hoshina, Takamine e Hatakeyama. A maioria dos imigrantes era originária do interior de São Paulo.

“Vindo de São Paulo para oficiar rituais em templos de Itaguaí e na região da Serra Fluminense, Massanobu Hatakeyama, um monge budista omotokai, se estabelece em Seropédica, dividindo seu tempo entre as atividades agrícolas e religiosas”, informa o Centro de Memórias dos Povos.

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Foto: Museu da Imigração Japonesa

Em Itaguaí, a colônia japonesa marca presença em três ramos da economia local: na produção agrícola em Mazomba; no setor de pesca artesanal na Ilha da Madeira e a maior parte no centro urbano (no comércio e política) da cidade.

Entre o final da década de 1930 e o começo dos anos 1940, o distrito de Mazomba, berço da imigração japonesa no estado do Rio de Janeiro, tornou-se um refúgio seguro para as famílias que fugiam da II Guerra Mundial. Imensas plantações de tomate surgiram na região. Tanto que, em 1952, a colônia japonesa de Itaguaí ganhou destaque nos jornais com a reportagem intitulada: O rei do tomate, destacando a grande produção em Chaperó.

Atualmente, as famílias que residem em Mazomba são os Morita, Issobe, Iwanaga, Matsunaga, Honda, Watanabe, Kajishima, Shiose, Yahagi, Kojima e os Tsuda.

A presença de japoneses em Itaguaí é tão marcante que um grande evento foi criado somente para exaltar isso. A Festa da Imigração Japonesa tem programação gratuita e conta com oficinas temáticas, exposições, atrações culturais como taiko, artes marciais, shows musicais, concursos de Cosplay e Miss Nikkey e muito mais. Acontece no mês de junho.

A festividade foi instituída pela Lei nº 3.502, aprovada em 2017 pela Câmara de Vereadores. A iniciativa foi de autoria do então vereador Minoru Fukamati.

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Foto: Prefeitura de Itaguaí

Sendo descendente de japonês e nascido nesta cidade, digo que é essencial preservarmos nossas tradições e compartilhá-las com as futuras gerações. A encantadora cultura japonesa é muito presente e continuará sendo em Itaguaí“, disse Minoru Fukamati.

Além de Itaguaí, a Ilha Grande também recebeu muitos japoneses em meados dos anos 1930. Como a Ilha, à época, ainda era uma região isolada, em dado momento, parecia mesmo o Japão. Os moradores vivam da pesca e falavam sua língua originária, sem muito contato com brasileiros. Com o tempo, esse contexto foi mudando e os laços brasileiros-japoneses foram se estreitando no local.

A próxima e última matéria da série O Rio e o Mundo será sobre a cultura árabe no Rio de Janeiro.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Teria como colocar as fontes? Tem uma professora que fez muitos trabalhos sobre os japoneses no estado do Rio de Janeiro, muitos na baixada e o nome dela é professora Marileia Inoue. Seria justo colocar as fontes.

  2. Eu morei em Itaguaí de 1969, até 1974. Trabalhava no Hospital do SASE, lá no poço da saúde hoje morro do SASE. Conheci a loja do Fukamati, onde fui freguês, ficava bem no centro da cidade.

  3. Cresci em Coroa Grande, Vila Geni e Itaguaí.
    Meus amigos de infância foram todos japoneses.
    Meu tio e minha tia, casaram -se com japonês e japonesa, respectivamente.
    Não moro mais em Coroa Grande, mas ainda tenho parentes lá.
    Tenho somente boas lembranças; meu tio que já é falecido, chamava-se Américo Amorim, foi político na região.????????

  4. Cresci em Coroa Grande, Vila Geni e Itaguaí.
    Meus amigos de infância foram todos japoneses.
    Meu tio e minha tia, casaram -se com japonês e japonesa, respectivamente.
    Não moro mais em Coroa Grande, mas ainda tenho parentes lá.
    Tenho somente boas lembranças; meu tio que já é falecido, chamava-se Américo Amorim, foi político na região.????????

  5. Tão perto de Itaguaí, em Santa Cruz, tem a conhecida “reta do japonês”. Uma estrada na região do sub bairro Jesuítas, onde diversas famílias japonesas se instalaram e viveram da agricultura.

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