Segundo informou o Jornal O Fluminense, moradores de Niterói estão tendo que conviver, há mais de um mês, com as obras inacabadas no corredor viário da Alameda São Boaventura, que interditam a estação em frente ao Horto do Fonseca. Para piorar a situação, quem mora no entorno diz que o local está completamente abandonado e que nenhum trabalhador é visto na restauração do trecho.
Para as pessoas que dependem do transporte público, é necessário a fazer longas caminhadas até os terminais mais próximos, muitas vezes sob sol forte ou chuva. Quem sofre ainda mais com esse impasse, são os idosos e pessoas portadoras de deficiência física.
O material da obra é outro fator que dificulta a circulação de pedestres e ônibus na estação. As quantidades de areia e terra deixadas, que deveriam ser utilizadas na obra, estão largadas ao longo do caminho, impedindo que os veículos acessem o ponto e obrigando os passageiros a desembarcarem em estações distantes da principal área de lazer do bairro.
Moradores relatam que o abandono do corredor vário da Alameda não é de hoje. Há grades de proteção com ferros expostos e falta sinalização sobre os ônibus e seus itinerários, já que os coletivos não param nas mesmas baias. Os painéis que traziam essas informações sumiram devido ao vandalismo e à ação do tempo, sendo substituídos por publicidade.
“É triste ver que a Zona Norte segue abandonada. Convivemos anos com uma obra que prometia amenizar o problema do trânsito no bairro, mas desde que foi inaugurada não se mostrou eficaz. Tanto que nos horários de congestionamento os guardas orientam os motoristas dos carros de passeio a utilizarem o corredor expresso para ônibus, senão dá um nó no trânsito e para tudo“, conta o morador Luis Antônio Ferreira, de 53 anos.
Como se não bastasse, o ônibus ainda é o principal meio de transporte para os moradores do bairro, que não contam com ciclovias como alternativa e temem se arriscar de bicicleta em meio ao caótico trânsito da Alameda São Boaventura.
O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a secretaria de Obras e Infraestrutura de Niterói, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.