As obras de pavimentação da Linha Vermelha só devem ser concluídas em dezembro deste ano. A informação consta no cronograma atualizado desenvolvido pela empresa FP Vieira e Engenharia LTDA, que assumiu os serviços após o Departamento de Estradas de Rodagem rescindir o contrato com a Construtora Metropolitana.
No dia 30 de abril, o Governo do Rio publicou no Diário Oficial o primeiro termo aditivo do contrato com a nova empresa. O prazo para finalização das obras começou a contar a partir do dia 14 do mesmo mês e é de oito meses. A previsão é de que os serviços entre o acesso à Ilha do Governador e a Baixada Fluminense sejam finalizados até o dia 12 de dezembro de 2025.
A retomada das obras tinha sido prometida até o final de março e depois foram adiadas para o término do feriado de seis dias entre os dias 18 e 23 de abril. No entanto, no dia 24, uma nota enviada pelo DER dizia que o início dos serviços estava previsto para os 15 dias seguintes, o que até agora não aconteceu.
Segundo o DER, as intervenções serão retomadas nesta semana, começando pela recuperação das juntas de dilatação dos viadutos, a partir do Fundão até a Rodovia Presidente Dutra.
No fim do mês passado, pelo menos 30 carros tiveram os pneus furados após caírem em buracos da Linha Vermelha. O problema foi denunciado pela Rádio BandNews. Um dos serviços não executados de forma integral no ano passado é o de iluminação pública.
Em janeiro de 2025, o DER firmou contrato temporário com a empresa FP Vieira Engenharia no valor de R$ 48 milhões e 400 mil. Ela foi a terceira colocada do pregão eletrônico realizado em 2023.
A medida aconteceu após a Construtora Metropolitana pedir a rescisão do contrato por falta de condições de honrar as obrigações contratuais, como o cronograma físico e financeiro, no final do ano passado. As intervenções não realizadas incluem, além da recuperação do pavimento entre o acesso à Ilha do Governador e a Rodovia Presidente Dutra, a instalação de 37 câmeras de monitoramento, sinalização vertical e horizontal, e revitalização do sistema de iluminação e paisagismo.
O contrato era de R$ 71 milhões. No entanto, o valor executado ficou em R$ 23 milhões e 520 mil em quase um ano e meio de obras. Anteriormente, os serviços seriam executados em 12 meses, mas foram prorrogados por meio de um termo aditivo.
Os serviços são investigados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio, que solicitou os documentos referentes à obra de revitalização de pavimento realizada pela Construtora Metropolitana entre agosto de 2023 e dezembro de 2024. A Coordenadoria de Auditoria de Políticas em Mobilidade e Urbanismo (CAD-Mobilidade), unidade vinculada à Secretaria-Geral de Controle Externo (SGE) do TCE, vai fiscalizar a execução do orçamento durante o trabalho de auditoria que vai ser realizado no contrato.
O atraso na entrega das obras marcou o período em que a Construtora Metropolitana ficou à frente do contrato. A empresa chegou a culpar o período de chuvas para prorrogar os serviços. Em 13 meses, apenas 40% do serviço previsto foi cumprido em obras de pavimentação.
A justificativa do elevado volume de chuvas foi o período entre agosto de 2023 e abril de 2024. Segundo a empresa, o tempo instável prejudicou o serviço de aplicação de asfalto nos dias de chuva e nos dias seguintes.
As intervenções não realizadas incluem, além da recuperação do pavimento entre o acesso à Ilha do Governador e a Rodovia Presidente Dutra, a instalação de 37 câmeras de monitoramento, sinalização vertical e horizontal, e revitalização do sistema de iluminação e paisagismo.