Segundo dados da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Aherj), divulgados pelo portal de notícias “G1”, a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 nos hospitais particulares do Rio de Janeiro subiu para 70% nesta terça-feira (17/08).
Ao portal de notícias, o médico Graccho Alvim, diretor da Aherj, afirmou que os números ligam um alerta e que muitos hospitais já começam a se preparar para evitar a falta de insumos, como aconteceu na rede pública em abril. Ele destacou ainda que isso está piorando mais rapidamente do que nas outras vezes.
“A nossa preocupação é para os próximos 15 dias. Se os números apresentarem uma escalada maior, a gente pode chegar no cenário do início do ano e nos problemas de outras ondas de infecção. A gente está tentando se resguardar com a parte de insumos para não acontecer o que aconteceu na última onda, quando o Rio e o Brasil ficaram sem medicamentos“, analisou o médico.
Graccho Alvim apontou também que a maioria dos casos são de pessoas que não tomaram nenhuma das doses da vacina.
Rede pública
Segundo o Painel Rio Covid-19, a taxa de ocupação dos leitos disponíveis para regulação é de 92%. Atualmente 822 pessoas estão internadas e 7 pessoas estão aguardando vaga na fila.
Além disso, nesta terça-feira, sete municípios do Rio de Janeiro estavam com todos os leitos de UTI da rede pública ocupados. São eles: Bom Jesus do Itabapoana, Cantagalo, Itaguaí, Itaperuna, Miracema e Nova Friburgo.
Um dos principais fatores que explicam o aumento no número de internações é o fato da variante Delta ter se propagado bastante em todo o RJ, inclusive com a capital fluminense sendo considerada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) como o ”epicentro” da cepa no país.