Oferta de leitos para Covid-19 diminui enquanto taxa de ocupação em UTI chega a 82%

Médicos continuam sendo demitidos em hospitais de campanha. Funcionários denunciam falta de profissionais de saúde para atender a todos

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Foto: Divulgação

Desde o mês de julho, a oferta de leitos na rede pública para pessoas com coronavírus diminuiu. Atualmente, a taxa de ocupação na UTI da rede SUS da capital é de 82%. O número de pacientes internados parou de cair.

O estado do RJ tem mais de 233 mil casos de coronavírus, sendo 93.652 só na capital. Atualmente, 59 pacientes estão internados nas UTIs do Hospital de Campanha do Riocentro, além de 57 pacientes na enfermaria, que podem precisar de UTI a qualquer momento. Médicos denunciam que não há profissionais de saúde para cuidar de todos eles.

O CTI 4 foi novamente reaberto e não tem RH para receber esses pacientes. Agora a meta é colocar no máximo 3 médicos por CTI e reduzir a quantidade de enfermeiros e técnicos também. (…) É impossível 3 médicos tomarem conta de 20 doentes graves“, uma funcionária que não quis se identificar relatou ao portal de notícias G1. “A Secretaria de Saúde está pressionando a direção do hospital para dar vaga externa, e os pacientes que estão na enfermaria descompensam e acabam indo para o CTI 4, que não tem médico fixo“, ela ainda acrescentou.

Mesmo com as denúncias de falta de profissionais e o aumento no número de pacientes, eles dizem que mais médicos foram demitidos do hospital de campanha.
Os colegas descobriram este mês por que o contracheque não veio. ‘Ué, vocês já estão desligados desde o dia 5 de agosto’. Eles nem sabiam que tinham sido demitidos“.

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A taxa de ocupação de leitos de UTI na rede SUS da capital aumentou nas últimas semanas. Era de 65% em julho; passou para 77% em agosto; e agora chega a 82%. Esses números incluem ainda o Hospital São José, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Já o número de pacientes internados caiu de maio a julho, mas desde agosto se mantém estável.

Na manhã desta terça-feira (08/09), havia 85 vagas de UTI disponíveis. Isso acontece porque, além do fechamento de hospitais de campanha, outras unidades estão reservando um número menor de leitos para coronavírus. Nesta manhã, trinta pessoas estavam na fila aguardando por um leito na cidade do Rio e na Baixada Fluminense. Dezesseis delas estão nas salas vermelhas das emergências da capital.

A Prefeitura do Rio informou que o aumento da taxa de ocupação na rede SUS é reflexo do fechamento de leitos especializados em unidades do estado, da rede universitária e federal. A prefeitura disse que mantém o número de 251 leitos de UTI abertos e poderá abrir novos leitos, se houver necessidade. Já o governo do estado, responsável pela central única de regulação, diz que a espera por leitos ocorre principalmente para pacientes que têm outras comorbidades.

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