ONG Rio de Paz realiza protesto em Copacabana pelas 500 mil pessoas que perderam a batalha para a Covid-19

A homenagem também se estende a todos os familiares, contaminados e pessoas que sofrem com as sequelas da doença.

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Protesto em Copacabana pelas 500 mil mortes por Covid-19 / Foto: Fabio Rossi - Agência O Globo

A Organização não Governamental (ONG) Rio de Paz transformou o trecho da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em frente à Avenida Princesa Isabel, em um grande roseiral em homenagem às 500 mil pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil.na manhã deste domingo (20/06). A homenagem também se estende a todos os familiares, contaminados e pessoas que sofrem com as sequelas da doença. O ato também é um protesto à postura de autoridades que minimizam a gravidade do cenário atual.  

Voluntários espalharam 500 rosas vermelhas nas areias para lembrar o total de mortes. As flores foram dispostas de modo que deixassem um espaço vazio no meio do roseiral formando uma cruz com a areia. O espaço será preenchido com as flores ao final da manifestação, por volta do meio-dia, formando uma imensa cruz com as rosas. Cada rosa foi amarrada a uma base fincada no solo por uma fita verde e amarela, simbolizando cada brasileiro morto pela Covid-19. Diante das rosas, foram colocadas faixas em português e em inglês, com a pergunta “Onde erramos?”.

Para Antônio Carlos Costa, presidente da ONG Rio de Paz, a condução da pandemia foi absolutamente inadequada, resultando na perda de 500 mil pessoas e na vice – liderança mundial por parte do Brasil em números absolutos de mortes por Covid-19. O Brasil, segundo ele, ocupa ainda o nono lugar em números proporcionais ao tamanho da população.

Antônio Carlos Costa não criticou apenas as ações erradas por parte do poder público. Para ele, a sociedade também tem responsabilidade diante deste cenário quando desrespeita as medidas de prevenção prescritas por epidemiologistas e infectologistas do mundo inteiro.

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A ONG Rio de Paz já havia organizado outros 4 protestos, sendo o último deles realizado quando o Brasil atingiu a marca macabra de 400 mil mortos no final de abril deste ano. Na ocasião, a instituição espalhou 400 sacos destinados a proteção de cadáveres na areia da praia, simbolizando as vítimas do novo coronavírus.

O protesto pelos 300 mil brasileiros tombados pela Covid-19 foi o único ato não realizado na orla da Zona Sul. A manifestação aconteceu na porta do Hospital Municipal Ronaldo Gazzola, em Acari, na Zona Norte da cidade, em março, onde foram colocadas 30 macas com travesseiros e flores, simbolizando a escassez de leitos nas unidades hospitalares. Faixas com a palavra vergonha escrita em português, inglês, francês e espanhol também foram usadas no protesto. O Hospital Municipal Ronaldo Gazzola é referência na cidade do Rio no tratamento da Covid-19.

O Brasil chegou a marca oficial de mais de 500 mil mortos pela Covid-19 neste sábado (19/06), em meio a protestos pelo país, inclusive no Rio de Janeiro. Uma das demandas dos manifestantes era o avanço da vacinação.

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