ONU solicita investigação aprofundada sobre operação no Jacarezinho, a mais letal do RJ

Rubert Colville, porta-voz dos Direitos Humanos da ONU, ressaltou que a polícia faz uso de sua força de maneira desproporcional e desnecessária há tempos; 25 pessoas morreram no confronto

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Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de seu escritório de Direitos Humanos, solicitou, nesta sexta-feira (07/05), que seja realizada por parte do Ministério Público (MP) uma investigação aprofundada em relação à operação policial na favela do Jacarezinho, na Zona Norte, ocorrida na manhã da última quinta (06/05), que resultou na morte de 25 pessoas, sendo 24 suspeitos e 1 policial. Trata-se do confronto mais letal da história do Rio de Janeiro.

Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, Rubert Colville, porta-voz dos Direitos Humanos da ONU, ressaltou que a polícia faz uso de sua força de maneira desproporcional e desnecessária há tempos. ”Pedimos que o promotor conduza uma investigação independente e completa do caso seguindo os padrões internacionais”, disse.

Colville se mostrou preocupado também com o fato da cena do crima não ter sido preservada, o que dificulta o trabalho da perícia em relação a esclarecer as ciscunstâncias das mortes.

”É particularmente preocupante que a operação tenha ocorrido apesar de uma decisão do Supremo Tribunal Federal [STF] de 2020 restringindo as operações policiais em favelas durante a pandemia de Covid-19”, afirma.

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O porta-voz ainda ressalta às autoridades policiais brasileiras que o uso da força aconteça apenas quando for estritamente necessário, e respeitando os princípios da legalidade, precaução, necessidade, e proporção. ”A força letal deve ser usada como último recurso e apenas em casos em que há ameaça iminente à vida ou de um sério perigo”, explicou.

Vale destacar que, paralelamente à ONU, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) diz haver ”graves indícios de execução” no Jacarezinho e também solicitou que seja feita uma investigação do MP.

”É preciso dar o nome correto do que aconteceu no Jacarezinho: chacina. É absurdo naturalizar esse tipo de ação. As pessoas esperam do governo a vacina e a comida, é só recebem terror e morte. Não existe pena de morte no Brasil. A polícia não pode combater o crime cometendo crimes contra humanidade. O Ministério Público precisa investigar com seriedade e compromisso com a população do Rio”, afirma a deputada Renata Souza (PSOL), presidente da comissão.

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19 COMENTÁRIOS

  1. Por que será que onde tem bandido, facínora e outros vagabundos similares para serem defendidos, tem Psolista ou PSBista ou PTista junto? Será mera afinidade de práticas e meios ?

    • Motivos diversos…uns porque recebem o lucro do tráfico de drogas,participam ativamente,outros porque quanto mais a sociedade é dividida,melhor,outros q são como zumbis,querem justificar sua adição….querem continuar se drogando ,sem a consciência culpada por FINANCIAR a violência, a matança de inocentes….qto mais zumbis ,mas a corja corrupta se refastela!!!Mas gente dopada,melhor!!
      Saudades dos drogados da decada de 70 q não tentavam se justificar…eram viciados,e pronto…se assumiam,estavam cagando pra se justificarem!!!Kkkk

  2. Eram bandidos!!!!!!!!! Esse pessoal precisa parar de defender criminoso, tinham armas e fuzis de grosso calibre, eles conseguem armas e munições livremente, cadê o estatuto do desarmamento??????? Só querem impedir o cidadão de bem de se armar, se o Fachin não tivesse proibido a polícia de subir os morros eles não tinham se fortalecido tanto, não estariam tão poderosos, estavam cometendo barbaridades contra os moradores, os cidadãos de bem não conseguiam mais gozar seu direito de ir e vir, parabéns a todos os policiais, deviam receber medalhas de honra ao mérito!!!!!!!!!!!!! Os prefeitos e governadores tem que começar a pensar em remover todas as favelas do Rio, acabar com esses bunkers de bandidos, os traficantes tomaram conta de todas as favelas, é uma vergonha, e os rábulas do STF, totalmente descolados da realidade, fazem ativismo judicial para contrariar o governo federal, são pulhas ordinários, não passarão!

    • Fora ainda que tem casos de agentes da lei no desvio de armas que, depois, vão parar em empresa de segurança privada – quando não desviadas e vendidas para o tráfico e quadrilhas que praticam roubos de cargas e bancos.

      “Mais de 80 armas desviadas do Exército são apreendidas em sede de empresa que pertence a PM do Rio”

      https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/31/mais-de-80-armas-sao-apreendidas-em-imovel-na-zona-oeste-do-rio.ghtml

      • O pior bandido é aquele que se esconde por trás de uma instituição pública e enquanto o povo for posto à mercê desses elementos perniciosos por meio de atos que visam pura e unicamente torná-lo ainda mais refém do Estado, nada mudará.

    • Apoio acabar com as favelas.
      Isso requer política habitacional e desensentivar a especulação imobiliária.
      Li reportagem aqui mesmo que querem vender o terreno de escola em Copacabana.
      Que tal construção de unidades habitacionais destinadas à baixa renda, ocupação por pessoas das favelas próximas?

      • Que tal vender a área, arrecadar uma boa quantia e fazer conjuntos habitacionais em áreas abandonadas no entorno da Avenida Brasil?
        Será possível construir mais prédios em uma área com toda a estrutura necessária que está abandonada e acomodar muito mais famílias do que naquele espaço do Lido.

        • Parece política dos tempos da Ditadura e outros prefeitos que a cidade teve.
          Remove daqui e coloca bem longe. Avenida Brasil, Zona Oeste, Santa Cruz, Sepetiba… populações inteiras
          removidas em “programas habitacionais” misturando a todos. Para essas regiões com transporte, educação, saúde, segurança deficientes. Cada grupo foi se organizando como pode… E esse povo todo que precisa de emprego, vai para o centro como sardinha no ônibus e trem lotados e horas de viagem.
          É assim que fizeram e continuam fazendo. São problemas habitação, transporte e emprego geralmente nas regiões mais centrais – só aqui diretamente relacionados. Mas as áreas disponíveis nessas regiões não podem – segundo as elites conservadoras e econômicas – serem destinadas a projetos habitacionais.

          • Se você considera a Avenida Brasil um lugar distante, certamente precisa conhecer melhor a sua cidade.
            Se você considera áreas como Irajá, Bonsucesso e Ramos como deficientes, certamente você precisa conhecer melhor a sua cidade.
            O Rio é mais do que a zona sul e o centro da cidade.
            Esse papo de “elites conservadoras e econômicas” não me encanta desde o século passado, quando ainda usava a estrela vermelha no peito e tinha afeição por políticos que agora estão no PSOL. A elite acadêmica, que normalmente é egressa dessas “elites conservadoras e econômicas”, muito se esmera em ecoar ad nauseam essas falas, mas em muito colaborou para o estado das coisas nessa cidade.

  3. Larga esse babaca da ONU lá no jacarezinho, a noite…vamos ver se ele amanhece com o mesmo pensamento…..
    A operação foi toda estudada…todos q morreram eram marginais…se não se entregaram,o problema é deles…mandaram chumbo contra a polícia ,e receberam chumbo em troca!!É assim q todos os países civilizados fazem!!Não quer se render?Bala!!!
    Engraçado q na europa,o terrorista sempre é suicidado,e não vejo esses babacas da ONU darem um pio!!
    A ONU JÁ ERA!!!
    NÃO REPRESENTA MAIS NADA!!
    UM BAITA CABIDÃO DE EMPREGO PRA CORRUPTO!!

    • Teve relato de que morreu pessoa sentada na cadeira, outra em sua mototaxi… mas a bolsonarista diz que todos que morreram eram marginais…
      Até tem sentido esse termo “marginais” considerando que são deixados à margem da sociedade, sem serviços públicos…
      Nenhuma operação policial no mundo é comemorada com saldo de mortos elevado, de inocentes, ou não, salvo na extrema necessidade, quando, por exemplo, tem o Estado condições antecipadas de planejamento – ou seja, a exceção o terrorismo mundial que não tem como prever. Mas nessa operação policial, supostamente com meses de antecedência… Ora. Tráfico de drogas, organizações criminosas armadas não é coisa exclusiva do Brasil. Mas a Política de Segurança adotada assim, de extermínio, os métodos de emprego da força e a violência Policial, tudo isso sim. É exclusividade tupiniquim.

      • Ahhhh….não sabia q não podia matar MARGINAL SENTADO,desculpe-me!!!
        Esses FREIXETES,não se cansam de passar vergonha!!!Por isso q só 1%da população votam nessa escória!!!A maioria da população é CONTRA MARGINAIS,entenda isso!!Não foi bolsonaro q inventou isso, era um desejo de 90%da população, q estava sem representante nesse quesito!!!O resto,os 10%,se dividem em marginais em geral,corruptos,corruptos q fingem ter uma ideologia falida ,e ANALFABETOS FUNCIONAIS,onde vc por ventura se encaixa!!!
        PS.vai catar outro pra Cristo,não tenho paciência pra tentar ensinar burros não!!

      • Esta falácia de ausência de serviços publicos nas favelas é besteira. Nas favelas não tem nada que não tenha de seguir ordens da bandidagem. Veja q as empresas que existiam onde favelas se estabeleceram migraram para outros lugares (vide Jacaré, Mangueira, Antares entre outras). E quando alguma benfeitoria é realizada pelo poder público, tão logo as máquinas vão embora após a conclusão dos serviços, o ambiente melhorado é logo alterado, tomado e desordenado novamente.

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