Uma operação do Tribunal de Justiça do Rio, realizada na última quinta-feira (05/12), resultou na apreensão de móveis falsificados em Teresópolis e na capital fluminense. As peças, que eram vendidas como sendo do renomado designer Sérgio Rodrigues, estavam sendo comercializadas de forma fraudulenta, com preços que chegavam a R$ 60 mil.
A investigação, que envolveu uma parceria entre os advogados Paulo Klein e Natalia Fusco, começou após denúncias de que uma loja estava oferecendo móveis falsificados como se fossem originais de Sérgio Rodrigues, falecido em 2014. Com base em informações coletadas durante uma apuração particular, foi protocolada uma queixa-crime no Judiciário, levando à ação policial que culminou na apreensão das peças.
A operação foi conduzida por dois oficiais de justiça e dois peritos da 39ª Vara Criminal do TJ-RJ, que localizaram um grande estoque de móveis no depósito da loja investigada. Além de peças à venda em estabelecimentos físicos e online, o material encontrado incluía réplicas fraudulentas de algumas das obras mais icônicas do designer.
Em plataformas como a Leilões BR, é comum encontrar poltronas e móveis do designer com preços a partir de R$ 8 mil, valores significativamente abaixo dos praticados no mercado de peças originais.
Quem foi Sérgio Rodrigues?
Sérgio Rodrigues, que nasceu em 1927 no Rio, foi um dos maiores nomes do design de mobiliário brasileiro. Ao longo de sua carreira, que durou seis décadas, ele criou mais de 1.000 peças de mobiliário, muitas das quais se tornaram símbolos do design nacional. Suas criações adornaram desde palácios e repartições governamentais até teatros e hotéis de renome, com destaque para a utilização de seus móveis em sedes do poder público, como o Supremo Tribunal Federal (STF).
