Pelo menos 25 pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (15/02) em duas operações (Turfe e Brutium) contra o tráfico internacional de drogas no Rio. Ao todo, foram expedidos 39 mandados de prisão e 47 de busca e apreensão em cinco estados e em três países. Quatro pessoas foram presas na Espanha.
Uma das equipes foi com dois blindados do Comando de Operações Táticas (COT) para a Vila Cruzeiro, na Penha. Houve intenso tiroteio, segundo moradores. O confonto resultou no fechamento de 15 unidades escolares da rede municipal no Complexo da Penha.
Os mandados desta terça foram expedidos pela 5ª e pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A PF contou com o apoio da Receita Federal, com o Ministério Público Federal (MPF), com a Drug Enforcement Administration (DEA) — a agência antidrogas dos Estados Unidos — e com a Europol.
Em dois anos de investigações, a PF apreendeu pelo menos 10 toneladas de cocaína e reteve quase R$ 15 milhões. Em pouco mais de um ano, a quadrilha movimentou R$ 250 milhões.
Operação TURFE
As investigações, que já duram cerca de 18 meses, desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de drogas em países produtores (Bolívia e Colômbia), a internalização do entorpecente, a logística de transporte e armazenamento em território nacional e ainda a exportação dos produtos ilícitos ao mercado europeu.
Ao todo foram apreendidas, ao longo da investigação, mais de 8 toneladas de cocaína, tanto no Brasil, quanto na Europa – destino final do entorpecente. Além disso, mais de R$ 11 milhões foram arrecadados dos criminosos, ainda na fase sigilosa, antes da deflagração.
No campo internacional, com a participação do DEA (Drug Enforcement Administration) e da EUROPOL, as autoridades brasileiras e estrangeiras atuaram em franca cooperação, otimizando resultados alcançados contra o grupo criminoso.
O nome da operação faz referência a uma das formas de lavagem de capitais da organização criminosa que é a aquisição e negociação de cavalos de corrida.
Operação BRUTIUM
A investigação, iniciada há dois anos, tem por objetivo combater o tráfico internacional de cocaína perpetrado por integrantes de organização criminosa internacional, que se aliaram às duas maiores facções brasileiras para enviar cocaína oriunda da Bolívia e Peru para diversos países na Europa.
O trabalho investigativo, que contou com a colaboração das forças de segurança da França, Marrocos, Bélgica, Espanha, além da agência antidrogas americana, o DEA (Drug Enforcement Administration), revelou a ação de membros de um grupo criminoso atuante na América Central e Europa em território nacional, e resultou na apreensão de mais de 2 toneladas de cocaína no Brasil, na Europa e na África, e de R$ 3,5 milhões.
O nome da operação faz referência a integrantes da organização criminosa No Limit Soldiers, originária de Curaçao, no Caribe, e com ramificações em outros países da América Central e na Holanda, composta, em sua maioria, por traficantes de drogas.