Opinião: A completa desordem e caos no ninho tucano do Rio de Janeiro

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Paulo Marinho e João Dória

Carta de um grupo dentro do PSDB que pede para ficar anônimo

De mal a pior…

Que o PSDB do Estado do Rio andava mal das pernas todos já sabiam. Mas como o ditado diz que tudo que está ruim pode piorar, o bonde tucano, desgovernado, parece mergulhar ainda mais num poço sem fundo como provam os movimentos dos últimos meses. O esvaziamento da sigla, atropelos jurídicos e estatutários além do flerte com a xepa da política fluminense reina no PSDB RJ.

A nova sede do Partido traduz esse momento. Projetada para ser grandiosa e representar a transformação da ninho tucano fluminense, entregue após numerosos atrasos, trombou na falta total de planejamento com os cofres não comportando nem mesmo a compra de moveis e os novos custos. Cofres estes dilapidados em eventos grandiosos sem nenhuma aplicação pratica no decorrer de 2019.

Debandada do ninho

Alegando total falta de articulação e tato político, decisões monocráticas, falta de transparência além de inúmeras promessas não cumpridas, todos os três vereadores de mandato da capital carioca e um grande contingente do interior pularam do barco. Dos quatro prefeitos três, nenhum de forma amigável e todos candidatos a reeleição, saíram do Partido.

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Outros quadros promissores em todo Estado sairiam por falta de confiança na sigla ou foram rifados em troca de articulações e interesses que não são claros. Depois de ter sido lançada e badalada na onda “jovens e mulheres”, a jovem pré-candidata a prefeita Mariana Ribas, sabotada e rifada nos bastidores pousou no ninho paulista com ninguém na capital levando a sério a candidatura hoje posta. A outrora prestigiada Juventude hoje se encontra perseguida por ter “opiniões e atitudes demais”.

Por sua vez, praticamente todas as apostas, dentro e fora da capital, de nomes que poderiam dar relevância ao Partido ao verem a situação caótica preferiram outras siglas. Outra que anda sem dar as caras no cenário político é a presidente do PSDB municipal do Rio e do ITV RJ, Aspásia Camargo. Com a cidade do Rio de Janeiro respondendo por 40% do eleitorado do Estado, esse sumiço da comandante da capital aumenta ainda mais as especulações de que, com as novas regras de não coligação para a eleição proporcional e sem nenhum reforço de expressão, o resultado seja pior que em 2016. O ITV, centro de formação política do PSDB não realizou absolutamente nada desde a nomeação de Aspásia no início de 2019.

Barriga de aluguel

Nas últimas três semanas, como operação tapa buracos o partido foi entregue a detentores de mandato, na maior parte de forma do PSDB, e a quem mais pudesse ajudar, leia-se, faça o que quiserem! Tucanos experientes foram atropelados na última hora e perderam as presidências municipais. Bateram em retirada e foram recebidos de braços abertos em portos seguros de outras siglas.

Um rápido levantamento no site do TSE, mostra que 50% das provisórias municipais foram trocadas às vésperas do encerramento para filiações e montagem de nominatas de vereadores e prefeitos. Resultado: diretórios que estavam com nominatas completas e candidaturas consolidadas hoje se encontram a deriva.

Tsunami jurídico

Brasília, último grau de recurso partidário já começa a sofrer os impactos da péssima gestão estadual: receberam um tsunami de registros na ouvidoria e jurídico nacionais contendo relatos de coação, quebra de decoro e descumprimento do estatuto com até mesmo, pasmem, a atual Executiva Provisória não estando de acordo com o estatuo. Foi relatado inclusive a mudança de membros que não estariam do agrado de parte da cúpula de forma secreta, sem justificativa ou comunicação.

E pra embolar ainda mais o meio de campo, ações na justiça contra a atual direção estadual também prometem chacoalhar o ninho tucano após serem, entre outras coisas, decretaras intervenções consideradas irregulares em diretórios eleitos.

A atual direção provisória tinha como objetivo dar maior relevância e dinamismo para o PSDB no Estado preparando o partido para o projeto nacional de 2022. Mais uma tragédia eleitoral se avizinha em 2020 e 2022 é logo ali. E agora Dória?

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