Na próxima segunda-feira (02/09), às 18h30 (de Brasília), um grupo de oposição à atual administração do Fluminense se reunirá no edifício Flex Center, na região do Largo do Machado, no Catete, Zona Sul do Rio de Janeiro, para debater o atual momento do clube e projetar as próximas eleições, que acontecerão em novembro de 2025.
Uma das lideranças do grupo é André Horta, pré-candidato à presidência e filho de Francisco Horta, considerado um dos principais mandatários da história do Flu, tendo comandado o clube entre 1975 e 1977, durante o período da equipe popularmente conhecida como ”Máquina Tricolor”.
Atualmente com 50 anos, André é diretor-geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio e sócio do Fluminense desde 2005. Embora reconheça a importância dos títulos recentes, como Libertadores (2023) e Recopa Sul-Americana (2024), ele considera que as conquistas custaram ao clube muito além do necessário.
”A situação do Fluminense hoje é caótica. O excessivo gasto com jogadores veteranos no início desta temporada comprometeu ainda mais as finanças do clube. Um time que já tinha idade avançada ficou ainda mais velho e caro. Atletas que não deram nenhum retorno esportivo e tampouco financeiro. Não conseguiu vender nenhum jogador com valor expressivo, e todas as – péssimas – vendas são para bancar a folha salarial”, afirma ele.
Ademais, Horta afirma que o melhor momento financeiro da história do Fluminense foi no ano passado, com o título da Libertadores, mas que, paralelamente, houve gastos equivocados por parte da atual gestão, liderada por Mário Bittencourt, a quem faz críticas também em relação à possível implantação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube.
”Nunca entrou tanto dinheiro no Fluminense quanto em 2023, e nunca se gastou tão mal. Além disso, o atual presidente quer enfiar goela abaixo dos sócios uma SAF que não sabemos nem quem são os investidores, e o estatuto do clube sequer está preparado para isso. A próxima eleição talvez seja a última chance de tirar do poder um grupo que faz mal ao Flu há anos”, afirmou Horta.
Apoio
A intenção de André Horta em anunciar sua pré-candidatura à presidência do Fluminense faltando mais de um ano para o processo eleitoral acontecer é já ir angariando apoiadores.
Sócio do clube desde 1985, o advogado tributarista Raul Sussekind entende que o filho de Francisco Horta é um grande nome para a política tricolor.
”É muito bom para o Fluminense ter o André no seu processo político. O momento do clube é crucial para o futuro, com discussões fundamentais sobre os modelos de gestão, SAF e governança. Sua experiência pessoal, tanto em Administração de Empresas, quanto em vivência esportiva em clubes de futebol, só podem aportar, e muito”, diz.
Autor de 26 livros sobre o Fluminense, o escritor Paulo-Roberto Andel, por sua vez, ressalta o apreço pela pré-candidatura.
”André conhece muito do clube e traz na veia o DNA da glória com o sobrenome Horta. Uma pessoa séria, honesta, com capacidade gerencial testada e que jamais colocará o Flu em riscos desmedidos, tais como nos últimos anos. Precisamos de um gestor que, acima de tudo, priorize os interesses do clube, não de outrem”, afirma.
Já o analista de sistemas Flavio Souza, sócio do Fluminense radicado em São Paulo, destaca o fator tecnológico como um dos pontos positivos em relação ao pré-candidato.
”Apoio André Horta como presidente tricolor. Conheço e compartilho das ideias e propostas que ele tem sobre o clube, inclusive a questão do voto on-line, para aumentar e democratizar a representatividade das votações no Flu. Acredito também que ele, por sua competência, nobre caráter e fácil trato, poderá atrair excelentes quadros para uma eventual chapa com boas chances de vitória e de renovar a gestão do clube, o que considero muito importante”, destacou.
O mercadólogo Thiago Muniz destaca a ”genética” de André como chave para o sucesso no comando do Tricolor. ”Ele nutre amor pelo Fluminense e uma maturidade suficiente que todo presidente deveria ter para gerir o clube, dada sua experiência profissional. Ele sabe da realidade do Fluminense e pode correr para sanar enquanto ainda é tempo. Além de tudo, bebe de nascença da fonte do melhor presidente tricolor de todos os tempos: Francisco Horta”, cravou.
Indo além, o analista de T.I. e editor do canal ”Cantinho do Laranjal” Marcelo Diniz, 46 anos ressalta a capacidade de Horta para o cargo. ”André é uma pessoa de fino trato, um profissional de gabarito e, claro, com muita capacidade e ideias de gestão para o nosso Fluminense, já sendo testado em administração de grande porte. Pessoas honestas como ele fazem acreditarmos em futuro para o nosso clube. É uma honra tê-lo no meu rol de amizades e saber que torcemos para o mesmo time”, disse.
Por fim, a socióloga e diretora de licenciamento ambiental do Ibama Claudia Barros, paraibana da cidade de Sumé e moradora de Brasília há 30 anos, afirma: ”André Horta representa, para o Fluminense, a retomada da hegemonia de um clube histórico, fundamental para o país e que gerou verdadeiras joias nos cenários esportivo e cultural do Brasil. O Fluminense carece de uma gestão moderna e, sobretudo, transparente. O Flu merece ser protagonista e ‘farol’ na condução de um modelo que congregue passado, presente e futuro do futebol e do esporte, com responsabilidade financeira. André, com seu DNA de gestão lendária, é a pessoa certa para o Fluminense com o qual sonhamos”.