Para quem necessita de atendimento ou acompanhamento médico no bairro de Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, o Centro Municipal de Saúde Sir Alexander Fleming poderia representar uma alternativa. Poderia, se a unidade prestasse atendimento médico. Há dois anos não há médicos para atender os pacientes que recorrem à instituição, segundo queixas de pacientes. Em casos de pouca complexidade, o corpo técnico de enfermagem auxilia quem chega ao Centro.
Segundo relatos de pacientes, marcar uma consulta no centro médico tornou-se uma missão impossível por conta da falta de profissionais e insumos. Para que os pacientes não fiquem completamente sem atendimento, os funcionários da unidade orientam que as pessoas recorram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Camará.
Mas na UPA do bairro, os pacientes esbarram com os mesmos problemas, por ser tratar de uma instituição municipalizada. A saída, então, é recorrer a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estadual, que não aceita o encaminhamento da UPA municipal.
Como se não bastassem todos os problemas que atingem a rede municipal de Saúde, os funcionários do Centro Municipal de Saúde Sir Alexander Fleming reclamam ainda que estão com os salários atrasados.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou por meio de nota, que a Coordenação de Saúde da AP 5.1, responsável pela região, está avaliando o suposto atraso da remuneração dos funcionários da instituição, incluindo pagamento da segunda parcela do 13° salário dos profissionais, que, segundo a Secretaria, está atrasado.
Sobre a falta de médicos e de atendimento, a SMS do Rio declarou em nota: “Há médicos lotados na unidade, mas recentemente uma profissional entrou em licença para tratamento de saúde e os pacientes dela estão sendo atendidos por outro médico. Todos os pacientes que procuram a unidade são acolhidos, avaliados e direcionados para atendimento de acordo com sua necessidade específica. Pacientes que tenham perfil para atendimento hospitalar são removidos em ambulância para UPAs ou hospitais”.