Paes afirma que não haverá lockdown, mas estuda escalonamento no transporte do Rio

Prefeito do Rio também disse que não há previsão para o aumento na frota de ônibus na cidade e que escalonamento é uma 'medida mais ágil' para evitar aglomerações

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Foto: Estefan Radovicz/Agencia O Dia

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), disse, na manhã desta quarta-feira (06/01), que não há qualquer previsão de lockdown (isolamento total) para a Capital Fluminense, em função do aumento de casos e mortes pela Covid-19. Paes também declarou que estuda fazer um escalonamento nas jornadas de trabalho para reduzir a aglomeração nos transportes públicos do Rio.

Não há um lockdown e não há previsão de haver. Espero que a gente não tenha que chegar nisso. Então, as pessoas vão se descolar para o local de trabalho e é impossível você imaginar que numa rede de ônibus você vai ter o distanciamento social de uma pessoa e outra de 1 metro, de 2 metros (…) Em relação aos ônibus, o escalonamento é algo que se pode fazer. Nós estamos analisando“.

O prefeito ainda afirmou que não há previsão de aumentar o frota de ônibus na cidade.

Aumentar o número de ônibus, a gente sabe que tem uma rede que foi destruída, de BRTs, de ônibus, e você não adquire ou recupera ônibus com essa rapidez toda”, acrescentando que “o escalonamento é uma medida mais ágil, junto com bares e outras coisas, mas isso serão decisões técnicas do comitê de especialistas da Secretaria de Saúde”.

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O prefeito não é palpiteiro. Nós vamos respeitar aquilo que a medicina, a ciência e a saúde disserem”, frisou Paes.

Sobre as aglomerações no transporte, o prefeito voltou a falar sobre a importância do uso de máscaras para diminuir a possibilidade de contágio pelo coronavírus.

Vamos falar a realidade. Impossível você imaginar que no transporte coletivo vai ter distanciamento social de 2 metros, de 1,5 metro. Não vai acontecer. A gente vai ficar fingindo que vai enfrentar o problema e não vai conseguir enfrentá-lo”.

O que a gente precisa é de alguns cuidados (…), usar máscara o tempo todo, evitar conversar, evitar comer, porque você tira a máscara, obviamente, num espaço que vai ter sempre algum grau de aproximação. Óbvio que a gente está fazendo esse esforço, mas não tem milagre”.

“Mesmo que você tivesse uma rede funcionando muito bem, você ia ter algum grau de aglomeração. É importante que a gente trabalhe dentro de questões e de premissas que a gente possa exigir da população. Acho que é fundamental o seguinte: as pessoas mais velhas precisam evitar de sair, evitar de ter contato com outas pessoas e tomar os cuidados, pessoas com comorbidade”.

As declarações de Paes foram feitas durante visita no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte da cidade, nesta manhã, onde mais 50 leitos de enfermaria para tratamento da Covid-19 foram abertos.

Segundo ele, a meta da prefeitura é “zerar” a fila de espera de pacientes em busca de um leito.

Nós temos uma meta de 343 leitos, alguns inclusive na rede privada. Mas o importante é que a gente conseguiu desativar o Hospital de Campanha do Riocentro, que é um custo absurdo. Aqui no Hospital de Acari, que é um hospital de referência para Covid-19 no município do Rio, já temos 380 leitos que é a lotação máxima do hospital funcionando. Esses leitos estavam prontos, o que faltava era pessoal, era organização, gestão. Nunca se precisou de hospital de campanha”, disse Paes.

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