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Feriado de Corpus Christi e baixas temperaturas beneficiam rede hoteleira do Estado do Rio

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Um levantamento realizado pela Associação Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) e pela HotéisRIO sobre a ocupação de vagas em hotéis para o feriado de Corpus Christi, de 16 a 19 de junho, no interior e a primeira prévia para a capital fluminense, verificou uma média de 80,27% dos quartos reservados, sendo que os hotéis fluminenses registram uma taxa de ocupação de aproximadamente 72,55%. As informações são da rádio Tupi.

As baixas temperaturas do inverno carioca são as grandes responsáveis pelo sucesso da rede hoteleira, segundo a avalição. Destinos, como Miguel Pereira e Teresópolis, na região Centro-Sul e região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, foram os campeões de ocupação de quartos, com 100% e 93% de lotação, respectivamente.

As cidades de Itatiaia e Penedo, com a suas tradicionais redes de restaurantes e hotéis voltadas para o turismo de inverno também registram ótimas taxas de ocupação, com 91,59%, ambas. O destino serrano de Nova Friburgo verificou ainda um bom resultado de 89,60% de ocupação de quartos; acompanhada por Vassouras, com 88,07 de lotação. Valença/ Conservatória ficou empatada com Macaé, com 84%.

A belíssima Paraty, sede da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), registra uma ocupação de 73,40%; seguida por Angra dos Reis, Cabo Frio e Petrópolis, as três com lotação de 73%. O destino de Rio das Ostras também está sendo bem procurado pelos turistas e tem ocupação de 71%; seguida por Arraial do Cabo, com 66,70% e Armação dos Búzios, com 63,50%.

A cidade do Rio de Janeiro, pródiga em belezas naturais e com uma boa rede hoteleira, também está sendo beneficiada pelas baixas temperaturas neste feriado de Corpus Christi. Os bairros do Leme e Copacabana, na Zona Sul, lideram, o ranking de ocupação, com 77,95%. Em seguida vêm Ipanema e Leblon, também na Zona Sul, com 77,14%. Na mesma região, Flamengo e Botafogo ocupam a terceira colocação, com 73,62% de taxa de ocupação. O Centro da cidade foi também muito procurado pelos turistas em razão dos preços mais convidativos e da variada vida noturna, registrando uma lotação de 69,90% dos quartos. Barra da Tijuca e São Conrado, ficaram empatadas, com 66,84% de procura por hospedagem pelos turistas.

Segundo o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, a capital fluminense, com a sua rede de equipamentos culturais e diversidade de opções gastronômicas, atrai turistas nacionais provenientes de destinos próximos. “É um turismo doméstico, com visitantes oriundos de São Paulo, capital e interior, e Minas Gerais. Mas nossa expectativa é chegar a 85% até o dia do feriado,” afirmou Alfredo Lopes.

Filipi Gradim: Hashtag somos todos esnobes

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A leitura de Música na noite e outros ensaios de Aldous Huxley abriu-me uma janela imensa. Através dela pude vislumbrar as duas coisas que a filosofia nos ensinou serem as fontes confiáveis de todo conhecimento, a saber: vivência e conceito. No âmbito desse, a obra de Huxley me promoveu o acesso à noção de esnobismo, que até então me escapava ao entendimento; e, no âmbito daquele, retomei uma situação antiga vivida que, na época do ocorrido, me casou indignação e até mesmo aborrecimento, justamente pelo fato de que meu entendimento do conceito de esnobismo era insuficiente para uma mente ainda imatura. 

Aos catorze anos, na escola, um coleguinha de sala disse-me, sem peias, que eu era esnobe. Recusei o predicativo por causa da falsa imagem que aquela consideração propagava, pois eu associava esnobismo ao nicho socioeconômico dos ricos. Eu, sendo pobre, não poderia, pela contingência, ser esnobe. Mas, o nível intelectual da fase adolescente impediu de entender que há mais objetividade e, portanto, verdade, naquilo que outros opinam sobre nossa pessoa do que deseja nosso vaidoso amor-próprio. Cid, meu colega, tinha razão: decerto sou esnobe.  

Graças à ação mágica da literatura, me vi refletido nas páginas escritas pelo célebre autor de Admirável Mundo Novo. No artigo “Esnobismos selecionados” eu estava lá fazendo coro entre os esnobes. Justo eu? Sim. Já que “todos os homens são esnobes a respeito de alguma coisa”[1]. Isso bastou para constranger a crença ingênua de que meu ser não concordava com aquela ideia. Mas, para calar a indignação antiga em relação ao colega da escola, era preciso mais do que universalizar o esnobismo, introduzindo-me no cerne do conceito. Tive que encarar a crítica ácida de Huxley e sua breve definição sobre a ideia de esnobismo, quando escreve que esnobar significa “poder estimular atividade” através de “desperdício organizado”; desperdício esse que, ao ser praticado regularmente, “jamais pode descansar na sua busca por atualização”[2].  

Inevitável: nas linhas do artigo de Huxley me reconheci como esnobe, quando o autor enumera as casuísticas do desperdício. Consoante sua visão, existem o esnobismo de cultura, que esbanja tanto o saber quanto a ignorância; o esnobismo de posse, que desperdiça pela mera cobiça de acumular coisas; o esnobismo de arte, que aprecia arte pelo prazer de colecionar a obra de artista morto; e o esnobismo de modernidade, onde se encontram os consumidores da cultura líquida apontada por Bauman, ou seja, os esnobes que desperdiçam coisas porque é bem mais aprazível substituir do que comprazer-se com o que se tem. Tendo em vista tais exemplos extraídos de situações comuns a todos, me indago: quando não agi desse ou daquele modo?  

O excelente Cultura do desperdício – por uma sociedade mais consciente (2017) nos estapeia com luva de pelica, apontando a deficiência que não queremos ou não sabemos reconhecer: somos todos esnobes. O documentário, em virtude de seu rico material baseado em fontes estatísticas revela o óbvio: o desperdício é generalizado. O “bicho-homem” esnoba os insumos materiais que explora da natureza e assim o faz através de uma ação organizada. O processo se dá tão regularmente que existe, inclusive, uma rota do desperdício que engloba toda a cadeia produtiva. No setor alimentício, por exemplo, a rota começa pela colheita, onde 10% dos produtos são perdidos, depois 50% no manuseio e no transporte, 30% nas centrais de armazenamento; e, por fim, 10% nos supermercados e na mesa do consumidor.  

Além dos alimentos que se perdem, seja por descarte seja por acidentes de percurso, a rota do desperdício obedece à mesma lógica com respeito aos materiais recicláveis (plásticos, papeis, vidros etc.). Sendo que essa categoria de materiais sofre mais a ação do desperdício quando já foi utilizada pelo consumidor. Os números são alarmantes: 250 mil de toneladas de lixo são despejadas nos quase 3 mil “lixões” espalhados pelo Brasil, compondo a cartografia do esnobismo que, por conseguinte, redesenha, na mesma proporção, o que seria o mapa da fome. São inúmeras pessoas que vivem da coleta desse lixo que, lamentavelmente, se torna alimento. 

Luciana Chinaglia entende o desperdício como sendo “cultura da desordem” fomentada pela inépcia do poder público que serve mal por satisfazer apenas interesses pessoais, e pela ignorância da população que, desconhecendo as consequências, age sem responsabilidade[3]. No entanto, se somos agentes do problema, somos, em paralelo, agentes da solução. Se caotizamos a relação entre produção e consumo, cabe-nos o poder de encontrar a medida que apruma a balança econômica. Por isso, no mundo atual é possível se defender outro ciclo de produção, onde o conceito “lixo” – produto exclusivo desse esnobismo – dá lugar ao conceito “reciclagem”. 

Por meio de uma conversão econômica, oconsumo – até então pautado na noção de abundância de insumos naturais – abre um novo ciclo de produção capaz de refutar o esnobismo. “É preciso”, diz Rosa Alegria, “conscientizar as pessoas de que essa abundância precisa ser valor econômico. O desperdício, em vez de ser lixo, passa a ser o valor econômico que entra nessa economia nova, a economia circular, para resolver os problemas do mundo. (…) Você poder aproveitar aquilo que sobra em valor para nutrir as pessoas que precisam”[4].  

Eduardo Gianetti é pontual: “o desperdício é uma categoria moral”, segundo a qual o humano, com seu ardor consumista, age por entender que “não pode faltar; tem que sobrar”[5]; e se ocorre a carência, há mesquinharia. Gianetti frisa que o desperdício é desnatural, posto que é invenção humana e, por isso, categoria “eminentemente moral. “Têm mais de centenas de bilhões de estrelas no universo e não dá pra dizer que isso é um desperdício. Na floresta amazônica, com a sua exuberância e seus excessos, do ponto de vista estritamente objetivo e natural, não cabe a ideia de desperdício. A ideia de desperdício quem introduz somos nós”[6].  

Conquanto a fala de Gianetti se dirija ao consumo de recursos materiais, o peso moral que o desperdício carrega consigo abre margem para se pensar em outro nível de compreensão, onde o humano não constitui aquele que consome coisas, mas aquele que é consumido. A fim de complementar a linha de raciocínio, convoco para o debate Aristóteles e Kant. Sendo assim, me interesso em saber se, dentro da cadeia do desperdício o humano desperdiça a si?  

Somos esnobes com tudo, inclusive conosco e com os outros. Considerando a hipótese, diríamos que desperdiçamos os outros e nós mesmos ao perdermos tempo, como declara o senso comum. O hábito nos leva a referir à perda de algo distinto de utensílios e alimentos por meio da sentença: “perco tempo”. E cremos perder algo material ao perdermos tempo. Todavia, o equívoco está aí. Exceto se o tempo for uma coisa, não o perdemos. Mas Kant explicou por A+B que o tempo não é coisa, pois caso fosse se limitaria aos acidentes da matéria. O tempo não é condicionado pela matéria, mas é forma condicionante de toda experiência interna de coisas que ocorrem simultânea ou sucessivamente em nós. Implícito como princípio racional a priori, o tempo nunca pode ser consumido, pois é ele quem garante que qualquer coisa existente venha a ser consumida, pois o próprio consumo é ação dada pelo tempo. É, pois, mais coerente pensar que em vez de “perder” tempo, perdemo-nos a nós mesmos no tempo. 

Em recente leitura da Ética de Aristóteles percebi uma brecha para compreender o modo de se perder no tempo, quando o filósofo aborda a generosidade, que é virtude “no que toca à riqueza”[7]. Para ele, todas as virtudes morais se situam no meio entre dois vícios, e cada vício demarca um ponto extremo em relação à virtude, sendo ou excesso ou carência. No caso da generosidade, o vício por excesso se chama mesquinhez e o vício por carência prodigalidade, entendendo que cada deficiência sofre de desequilíbrio em relação à posse e à oferta de riqueza.  

Evidentemente Aristóteles está se referindo à riqueza material; mas, não nos custa muito transferir a lógica fundante da ética para outras riquezas, como as de alma, que nos torna, enquanto pessoa, algo cujo valor é inestimável e, portanto, livre de qualquer taxação de preço. Então, no caso de ser riqueza material ou espiritual, o pródigo e o mesquinho são pessoas que desperdiçam os próprios bens ou o bem de outrem. A bem dizer, são duas tipologias esnobes.  

Só o generoso é bom, virtuoso, pois sua ação se equilibra “tanto no dar quanto no obter”, realizando ambos “na maneira certa”, blindando-o contra o esnobismo[8]. Por seu turno, o pródigo desperdiça porque “se excede em dar sem obter e é deficiente no obter”, enquanto o mesquinho “é deficiente no dar e se excede no obter ou tomar”[9]. O pródigo é o desperdiçador porque seu ato de dar e transferir riqueza (material e espiritual) não é justo; gasta muito de si e do que tem, ou seja, violenta o limite de seus recursos internos e externos, e, como todo esnobe, “queima” quantias de matéria e de alma, sem fazer distinção se o ato é dirigido no momento certo e para as pessoas certas; simplesmente o realiza porque lhe falta autocontrole. 

Pela visão do senso comum o pródigo é o “homem bom” porque dá aquilo que sobra; enquanto o mesquinho é o “mão de vaca”, cuja deficiência no dar bloqueia a ação generosa. Por ângulos diferentes, o mesquinho gasta quantias de matéria e de alma, mas quando se trata de riquezas que não são as suas. Dos outros ele consome o possível e o durável; consome desde dinheiro a carinho, desde comida a conselhos; ele os esgota material e emocionalmente. Porém, de si, o mesquinho oferece o mínimo; não por força de vontade, mas por pobreza de espírito. Seu caráter é falho e, por isso, não sabe dar, mas tomar dos que tem. Ele esnoba porque visa no outro, no generoso ou na natureza, a possibilidade de explorar uma fonte abundante; e, na primeira oportunidade descartá-la, substituindo por outra, e assim sucessivamente.  

O pródigo e o mesquinho se exumam da observância à forma como agem e, por isso, se opõem à virtude generosa. Assim ocorre com todo o esnobismo: somos inconscientes da falha de caráter. Por isso me espantei quando, através do colega de escola, soube de meu esnobismo. Ser avaro com os outros, explorando neles a riqueza física e mental até o limite do que podem oferecer, sem retribuir à altura; ou, por tolice, oferecer aos outros as mesmas riquezas, mais do que merecem receber, não é comportamento de se estranhar, nem em mim nem em ninguém. O difícil é saber se é possível uma conversão ética que reoriente o caráter humano; e, junto da conversão econômica, nos conscientize que somos a matéria mais desperdiçada no universo e no tempo, por sermos os verdadeiros responsáveis e inventores dessa cultura do esnobismo. 


[1] HUXLEY, Aldous. Música na noite e outros ensaios. Trad. Rodrigo Breunig. Porto Alegre: L&PM, 2015, p.169.  

[2] Idem, pp.172-173.  

[3] Documentário “Cultura do desperdício: por uma sociedade mais consciente” (2017), de Sergio Lopes e Paula Galacini. 

[4] Idem, ibidem.  

[5] Idem, ibidem. 

[6] Idem, ibidem.  

[7] ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Livro IV, §1. Trad. Edson Bini. São Paulo: EDIPRO, 2002.  

[8] Idem, ibidem.  

[9] Idem, ibidem.  

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

Jackson Vasconcellos: Não sorria. Você continua sendo enrolado

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O deputado federal Paulo Ganime produziu, para o Diário do Rio, um texto infeliz do título – “Sorria,você está sendo enrolado”- à última frase: “A melhor política de segurança pública é aquela que salva vidas e pune os verdadeiros culpados”. E…?

Ninguém está autorizado a dizer que o povo fica feliz ao ser enrolado. Muito menos alguém que tenha como obrigação representar este mesmo povo. A ironia não é boa companheira do discurso político.

O deputado federal Paulo Ganime, candidato a governador pelo Partido Novo, uma pessoa qualificada, que tem ótimas intenções na política, construiu o artigo com o desejo de comentar a política de segurança pública aplicada no estado que ele pretende governar.

O deputado critica as UPPs, as câmeras colocadas nas fardas dos policiais militares e a decisão do Ministro Edson Fachin de proibir que a polícia entre nas comunidades e favelas a não ser em casos “absolutamente excepcionais”.

Bem, a crítica é exercício de liberdade, mas quando ela vem falar sobre a política de segurança pública na voz de um candidato ao governo do estado, tem peso diferente, porque o governador é a pessoa que de acordo com a Constituição Federal tem, com exclusividade, a obrigação de cuidar da segurança pública nos estados.

Qual é a proposta do deputado Paulo Ganime para o problema? Diz ele: “O Estado precisa garantir a liberdade e a segurança do cidadão, seja ele de qualquer classe social ou nível educacional”. Ótimo. Como? Ele responde: “Com ações de planejamento, inteligência, modernização das polícias, aprimoramento das investigações e, acima de tudo, com a valorização dos policiais, não apenas com salários compatíveis, mas também com treinamento e planos de carreira”. E, novamente, uma frase de efeito: “A proteção da população vem da qualidade de como o policial é tratado”. Então, se bem tratado o policial, a população estará protegida. Certo? Pode não ser.

Se eleito governador, Paulo Ganime não poderá ficar, na superfície do tema como fez no artigo, nem na posição de mero crítico, articulista da imprensa ou nas frases de efeito e marketing eleitoral. Ele não deveria entrar na onda que ele mesmo condena: enrolar. Ele precisa ir mais fundo e começar por compreender direitinho o que já se fez e a razão de tudo o que foi feito não ter dado certo.

Vamos lá. Brizola. Ele defendia que com educação integral, meninos e meninas não seriam bandidos. Fez os CIEPs, prédios com bonito visual, para serem plataforma eleitoral. O crime cresceu.

Moreira. Ele chegou batendo pesado e, embaixo do braço, com os presídios de segurança máxima para prender todos os líderes do chamado crime organizado. O crime cresceu. Brizola retornou com a mesma política de antes. O crime cresceu.

Marcello Alencar. Este quis a contribuição faroeste. Achou que a polícia precisava disso para combater o crime. O crime cresceu.

Garotinho. Chegou bem chegado com a proposta de reformar as polícias, tirar cárceres das delegacias e aprimorar as investigações. Criou até fardamento novo. Fez tudo certinho, mas nada deu certo, porque os bandidos continuam armados. O crime cresceu.

Podemos pular Benedita, que ficou com o troféu de prender Elias Maluco e usar um dirigível. Podemos passar batidos pela Rosinha para ir direto ao Cabral que, depois de promover uma chacina no Complexo do Alemão e ser aborrecido pela ONU, resolveu ocupar as comunidades no sapatinho. Eram as UPPs. O crime cresceu.

Veio Witzel e Cláudio está lá. O crime não dá sossego. A polícia chega nas comunidades e é recebida a bala e granadas.

O que não se fez ainda? Não se desarmou os bandidos. Nunca. Os políticos saem em campanha pelo estado vangloriando-se de entrar nas comunidades e ver garotos e garotas armados. Na campanha para o governo do estado em 2006, Denise Frossard, com sinceridade, disse que não se sentia segura ao subir nas favelas. Eduardo Paes, fanfarrão, foi à Maré trepado numa bicicleta para dizer-se mais corajoso que a Juíza.

A UPP começou pelo desarmamento e desistiu. Para desarmar é preciso polícia e investigação séria para saber a causa de o Rio de Janeiro ter, nas mãos dos bandidos, verdadeiros arsenais, com os quais eles recebem a polícia à bala. A sociedade precisa ter meios para saber que destino têm as armas apreendidas, para viver com a certeza de a polícia não estar enxugando gelo ou envolvida.

Ouço, com frequência, a crítica ao Ministro Fachin. A mesma crítica se fez ao Brizola. Para esses, a resposta está com Luiz Eduardo Soares, nos relatos que ele fez do tempo em que foi Secretário de Segurança Pública do Estado, tempo em que quase chegamos à solução do problema. O trecho que reproduzo está no livro “Meu Casaco de General”, que todo candidato a governador do Rio deveria ler:

“Quem não mora numa favela experimenta a angústia da insegurança e o medo da violência. Quem vive lá sente pavor e desespero. Só quem vive nas comunidades, nos morros, nos bairros populares dominados pelo tráfico e episodicamente invadidos pela polícia, sabe do que é que se está falando quando se diz risco…”.

Além do que fizeram os governadores, na história da Segurança Pública no Rio de Janeiro há intervenções, a última muito recente, que produziu um consistente relatório que o deputado Paulo Ganime deveria conhecer.

O deputado fala sobre as milícias e o tráfico, mas não aborda o complexo problema do sistema prisional. Quem sabe num próximo artigo?

Se eu pudesse dar um conselho ao deputado candidato ao governo diria: prepare as polícias para desarmar quem as enfrenta quando elas aparecem para cumprir as funções que a lei designa. Se não desarmar, o crime terá território livre para agir no estado do Rio de Janeiro.

O deputado foi relator de um projeto sobre a liberdade de andar armado. Ele disse que o porte de arma não é tema de segurança pública, mas de liberdade. Pois, bem, levanto uma questão. Que garantia se dá ao cidadão que, uma vez roubada a arma que ele, por liberdade, porta, ela não será usada por um bandido qualquer?

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

Walter Leiras: Se o metrô fosse nosso

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O Estado do Rio de Janeiro tem um grande problema de mobilidade. Hoje, seja para um
morador da periferia, seja da capital, São Gonçalo ou da Baixada, se este precisar se
deslocar para trabalhar, estudar ou para o lazer, vai ter grandes dificuldades, seja pela falta
de transportes ou pelos altos preços.

Claro que o ideal seria que os serviços fossem mais próximos, o morador mosasse mais
perto do seu trabalho e tivesse mais opções de convivência. Mas, sabendo e vendo que o
Rio parou no tempo, temos que avançar minimamente em questões estruturais, já que não
é cabível e aceitável um trabalhador que acorda cedo ser tratado como uma sardinha dentro
do transporte público, independente se ele pega ônibus, trem, metrô e barcas.
Mas por que o metrô no Rio nunca avançou como deveria? A resposta é simples: falta de
interesse e corrupção.

Tradicionalmente, os governadores do Estado do Rio nunca fazem investimento a longo
prazo, sempre focando em projetos políticos eleitorais que terminam em 4 anos ou menos,
e quando estes são iniciados, se forem terminados dentro do orçamento e/ou no prazo, já é
um milagre. A estação de metrô na Gávea é um dos exemplos do descaso do governo
estadual, as obras já custaram quase 10 bilhões de reais, sendo 3,7 bilhões destes
superfaturados, e que permanece fechada desde 2015, causando um grande problema para
todos os moradores da região com rachaduras nos apartamentos e riscos de desabamentos
que já fazem parte do cotidiano deles.

Esses projetos inacabados, que tinham apenas o interesse de desvio de verba pública,
tornam sonhar com uma estação de metrô em Duque de Caxias, Campo Grande ou até
mesmo em São Gonçalo uma realidade até mesmo utópica, já que para começar a sonhar
com o futuro temos que minimamente resolver os problemas do presente.

O metrô não é apenas um meio de transporte: ele leva desenvolvimento, integra bairros e
até mesmo cidades e ainda proporciona oportunidades de trabalho e lazer à população de
forma mais ostensiva. Não podemos achar natural um pai de família não conseguir ver os
filhos com frequência por conta do trânsito ou um jovem desistir de estudar em uma
universidade por conta da distância e da falta de transporte; temos, minimamente, que
resolver os problemas que temos hoje, o quanto antes.

Levar o metrô até a Alvorada, terminar as obras inacabadas, colocar o metrô para funcionar
24 horas e principalmente, abaixar a tarifa são ações que têm que ser resolvidas no menor
prazo possível.

Para sair da vanguarda do atraso, temos que minimamente colocar o Rio nos trilhos. Para sair da vanguarda do atraso, temos que colocar o Rio nos trilhos. Em todos os sentidos.

Cerveja Beck´s faz intervenção artística com happy hour na Praça Mauá nesta sexta-feira

Como parte das ações do projeto Urbeck´s, de reocupar locais pouco explorados com arte, música, performances e experiências imersivas para o público, a Beck´s promove nesta sexta-feira (17/06), mais um movimento cultural no Rio. Desta vez, o Edifício Joseph Gire, um arranha-céu atualmente abandonado na Praça Mauá, mais conhecido como o prédio A Noite, será palco de uma projeção de artes integradas do Festival MOV, que envolve música, cinema e artes visuais. A exibição acontece às 18h e contará ainda com música e um happy hour especial com Beck ‘s.

Os artistas Carol Santana, Chico Abreu. Gabriel Barreto, Juh Barbosa, Leandro Malaquias, Luv, Vini Fabretti e Xlavinha exibem suas obras em vídeo mapping (técnica visual de projeção em superfícies reais para criar animações) neste edifício icônico e levam ao público efeitos impactantes. A exibição terá duração de 20 minutos e acontecerá em sessão única. Ao longo da intervenção, o DJ Camões se apresenta na Praça.

A projeção oferece mais uma experiência diferenciada de Beck´s com o público e marca o encerramento da primeira edição de Urbeck´s no Rio, que teve início com o festival de música avançada no Planetário da Gávea.  O evento foi um sucesso e reuniu milhares de pessoas nos dois últimos finais de semana. As ações fazem parte da plataforma cultural de Beck´s, que promete crescer e trazer ainda mais novidades nos próximos anos. E essa exibição no Centro é mais um momento importante deste movimento, que está acontecendo  simultaneamente em várias cidades“, diz Lara Azevedo, head de marketing de Beck´s.

lapa dos mercadores 2024 Cerveja Beck´s faz intervenção artística com happy hour na Praça Mauá nesta sexta-feira

Bernardinho é o novo sócio da Greenpeople

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Bernardinho e seu filho, Bruninho, são os mais novos sócios da Greenpeople, maior marca de sucos prensados a frio do Brasil. O empresário – e um dos maiores campeões da história do voleibol – se une ao time que está mudando a alimentação com sucos e snacks 100% naturais, nutritivos e livres de conservantes.

Entusiasta da alimentação saudável, Bernardinho fará sua apresentação oficial para o mercado neste sábado, dia 11/06, durante uma palestra onde abordará temas como saudabilidade, sustentabilidade, liderança e o motivo pelo qual resolveu se tornar sócio da Greenpeople.

Investi na Greenpeople por acreditar naquilo que o time e a marca pregam: a importância da nutrição através de um processo limpo, apoiando a sustentabilidade e propiciando praticidade as pessoas, facilitando a incorporação de hábitos saudáveis em suas rotinas”, afirma o empresário.

Boyce Avenue se apresenta no Centro do Rio; show de abertura será com Gabriel Gonti

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A banda norte-americana Boyce Avenue, um dos fenômenos do YouTube, aterrissa no Brasil para uma extensa turnê e escolheu o cantor Gabriel Gonti para realizar a abertura dos shows pelo país. No Rio de Janeiro, o show acontece no dia 23 de junho, no Sacadura 154, no Centro do Rio.

Oriundo de Sarasota, na Flórida, o Boyce Avenue ficou conhecido mundialmente com covers de canções queridas pelo público. Com mais de 15 milhões de inscritos no canal e mais de 5 trilhões de visualizações, a banda formada pelos irmãos Alejandro, Daniel e Fabian Manzano ganhou destaque entre 2004 e 2009.

Essa será a quinta vez que a banda de pop rock romântico desembarca no Brasil. A turnê, além da Cidade Maravilhosa, também passará por Fortaleza, Brasília, Ribeirão Preto, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, 17 e 26 de junho.

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Foto: Divulgação

Cantor e compositor, Gabriel Gonti está animado para acompanhar a banda e preparou um repertório especial de voz e violão com canções autorais: “aprendi muitas músicas com as versões que o Boyce Avenue fazia. Eles interpretando bandas famosas com a personalidade deles sempre foi o grande diferencial. Desde o início já viraram referência pra mim”, disse Gonti sobre a banda.

SERVIÇO:
Turnê Boyce Avenue com Gabriel Gonti
Quando: 23 de junho
Onde: Sacadura 154
Ingressos

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Rio promove audiências públicas para apresentar itinerários de linhas de ônibus; veja como participar

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A Secretaria Municipal de Transportes do Rio vai realizar nesta quarta-feira (15/06), quatro audiências públicas para apresentar a proposta de itinerários de linhas de ônibus municipais.

Os encontros serão em BotafogoPenha CircularBarra da Tijuca e Campo Grande. O objetivo, segundo a prefeitura, é a adequação de linhas, de acordo com os parâmetros previstos no acordo judicial firmado entre a prefeitura, os consórcios e o Ministério Público Estadual.

Os interessados em participar podem se inscrever por meio deste link. As inscrições são limitadas por causa das medidas sanitárias e da capacidade dos espaços.

Confira os locais e horários das audiências públicas:

Área de Planejamento 1 e 2 – Centro, Tijuca e Zona Sul – 9h

Endereço: Rua Dona Mariana, nº 48, 7º andar (Auditório) – Botafogo

Área de Planejamento 3 – Zona Norte – 9h

Endereço: Arena Carioca Dicró, na Rua Flora Lôbo, nº 184 – Penha Circular

Área de Planejamento 4 – Barra da Tijuca e Jacarepaguá – 15h

Endereço: Auditório da 7º CRE, na Av. Ayrton Senna, nº 2001 – Barra da Tijuca

Área de Planejamento 5 – Zona Oeste – 15h

Endereço: Teatro de Arena Elza Osborne, na Estrada Rio do A, n°220 – Campo Grande

Alexandre Knoploch: Transformação digital para otimizar o tempo do cidadão

Em maio, o governo do estado do Rio de Janeiro anunciou a conquista do primeiro lugar no ranking de oferta de serviços digitais à população em nível estadual. Porém, até que se chegasse à criação de um portal com 1,3 mil serviços online, enfrentamos um árduo caminho.

Em novembro de 2020, quando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou meu Projeto de Lei que previa a Transformação Digital dos Serviços Públicos, o cenário era extremamente preocupante. Vivíamos o auge da pandemia da Covid-19, com repartições públicas e empresas fechadas, em meio a hospitais lotados. Como especialista em Tecnologia e Segurança da Informação, concluí que precisávamos agir rápido para que o cidadão fluminense não ficasse refém das restrições sanitárias para obter documentos fundamentais. A pandemia nos surpreendeu em meio a processos de digitalização que já estavam em andamento no Estado do Rio, porém, descentralizados, e sem contar com uma estratégia digital que fosse acompanhada de uma forte governança.

Sancionada um mês depois, a lei permitiu uma rápida evolução. Hoje, o cidadão do estado do Rio de Janeiro pode visualizar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e seu IPVA, formalizar uma reclamação junto ao Procon-RJ e registrar uma ocorrência policial de maneira intuitiva. Os servidores públicos acessam rapidamente seus contracheques e informes de rendimentos, por exemplo, tornando mais rápida e prática a declaração do Imposto de Renda. Um dos serviços mais recentes é oferecido pelo Detran-RJ, cujo sistema agora permite iniciar o processo de compra e venda de veículos, entre pessoas físicas, sem a necessidade de reconhecimento de firma em cartório ou de firmar contrato em papel. A autorização para transferência de propriedade de veículos, que costumava levar até semanas, ficou muito mais cômoda.

Na segurança pública, a lei impulsionou o aperfeiçoamento da Delegacia Civil Online, que usa métodos de inteligência artificial e se tornou mais intuitiva e navegável, evitando subnotificações.

A transformação digital dos serviços ao cidadão, no entanto, continua em evolução. Por ser um processo contínuo, exige o aperfeiçoamento dos canais de comunicação envolvidos no atendimento e no acesso a informações públicas.

O cidadão não deve mais perder tempo com a burocracia do Estado. Trata-se de um conceito que já existe nos países desenvolvidos, no âmbito das smart cities e de seus serviços públicos “inteligentes”, com forte participação dos cidadãos locais. A experiência bem-sucedida no estado do Rio de Janeiro serve de exemplo para o país, mostrando que podemos ser eficientes e precisos quando aliamos a tecnologia à transparência na gestão pública.

MetrôRio oferece passagem gratuita para corredores da Maratona do Rio

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Neste fim de semana (18 e 19/06), acontece a Maratona do Rio, um dos eventos mais importantes do calendário esportivo do Rio de Janeiro. Pelo segundo ano consecutivo, o MetrôRio vai oferecer passagens gratuitas para os atletas. A ação é uma parceria entre a concessionária, a Maratona do Rio e a Eletromidia e tem o objetivo de apoiar os tradicionais eventos esportivos e culturais sediados na cidade.   

Para ser liberado na catraca de qualquer uma das 41 estações ou nas linhas de ônibus do Metrô na Superfície (MNS), o participante deve apresentar o uniforme de corrida oficial às equipes da concessionária.  

A entrada gratuita é válida apenas para os dias das provas e durante o horário de funcionamento do sistema metroviário nos horários regulares de fim de semana. No sábado, das 5h à meia-noite; e no domingo, das 7h às 23h. Já as linhas do MNS vão operar das 5h às 23h30 no sábado; e das 7h às 22h30 no domingo. 

Pinguim é flagrado por canoísta em Niterói

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Nesta terça-feira (14/06), um grupo de canoagem foi surpreendido por uma companhia muito inesperada. Um pequeno pinguim-de-Magalhães foi visto na Praia de Charitas logo cedo, por volta das 6h.

O registro foi feito pelo atleta Rodrigo Rodrigues e publicado na página Eu Sou de Niterói, no Instagram: “o friozinho tá tão brabo em Niterói, que agora temos até pinguim”, diz a legenda.

Ao portal de notícias “g1”, o biólogo Salvatore Siciliano, da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, explicou que é comum os pinguins aparecerem na Baía de Guanabara nessa época do ano.

A espécie se a alimenta de lulas e pequenos peixes e vive entre 5 e 10 anos.

Qual o dia mais frio já registrado na cidade do Rio de Janeiro?

O DIÁRIO DO RIO publicou dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que arquiva dados meteorológicos do Rio de Janeiro desde 2000, que mostram que o dia mais frio já registrado pelos termômetros da cidade foi 9 de julho de 2011 com 8,3ºC. Já o dia mais quente chegou a 41,9°C em 16 de outubro de 2015.

Qual o dia mais frio já registrado na cidade do Rio de Janeiro?

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A onda de frio que tem atingido o Rio de Janeiro nos últimos dias tem mudado a paisagem da cidade e feito os cariocas tirarem os agasalhos do armário. Só na madrugada desta terça-feira (14/06), a temperatura mínima registrada na capital fluminense foi de 15,7,3°C às 02h30min na estação Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio.

Para quem acha que a friaca das semanas mais recentes, que chegaram até 11ºC no fim de maio, tem batido o recorde de frio na cidade, está muito enganado. Segundo levantamento do Escritório de Dados da Prefeitura, o Rio registrou temperaturas iguais ou inferiores a esta 273 vezes. Só no mês de maio foram 7 ocorrências. 

62866afff18dc8b3b48554dd meses Qual o dia mais frio já registrado na cidade do Rio de Janeiro?

Números do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que arquiva dados meteorológicos do Rio de Janeiro desde 2000, apontam que o município carioca já teve climas mais gelados.

De acordo com o INMET, o dia mais frio já registrado pelos termômetros da cidade foi 9 de julho de 2011 com 8,3ºC. Já o dia mais quente chegou a 41,9°C em 16 de outubro de 2015.

Confira o histórico, com informações compiladas pelo Escritório de Dados da Prefeitura, com as 50 maiores e menores temperaturas registradas no período de 2004 a 2022 no Rio.

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O que chama atenção para o carioca é que o frio chegou mais cedo. Em 2022, as temperaturas começaram a cair bruscamente já no mês de maio, algo que é mais comum em meados de junho e julho.

O gráfico abaixo compara o histórico do frio dos últimos 5 anos e mostra que a queda de temperatura, de fato, o frio se antecipou este ano.

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Os dados do Inmet também mostram que metade das temperaturas registradas nos termômetros foram entre 20,8 e 25,7°C, e apesar do calorão que faz no verão, em apenas 5.4% das vezes os registros foram iguais ou maiores de 30ºC.

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William Siri: A cegueira seletiva e a proliferação dos lixões informais

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Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, todo o lixo da cidade é coletado regularmente pela Comlurb, empresa responsável pela limpeza urbana. Mas ao rodar pela Zona Oeste vemos que a realidade não é bem esta. Não são poucos os pontos em que é possível encontrar destinação irregular de resíduos. Simplesmente não há cuidado com a área mais populosa do município. 

Essa é a conclusão que chegamos a nos deparar com tantos lixões informais. Um descaso que também se aplica na quantidade de vias esburacadas e no sistema ineficiente de transporte, saúde e educação. Falta zelo e respeito com a nossa região. Quando as políticas públicas finalmente chegam, possuem pesos e medidas diferentes do que é posto em prática nos “bairros nobres” da cidade. Enquanto que a Zona Oeste recebe asfalto de menor qualidade, como nós descobrimos e denunciamos, a Zona Sul é recapeada com material superior. Olhando para os lixões a céu aberto, percebemos a mesma desigualdade em relação à coleta. 

No país, todo dia cada um de nós produz cerca de um quilo de lixo, em média (tendendo para um pouco mais). Nesse cálculo entram a casca da fruta favorita, o pacote do biscoito, o saco de arroz e do feijão do almoço, o papel higiênico usado e demais resíduos sólidos que descartamos. Por ano, isso representa cerca de 400 quilos “por cabeça”. Assim, o Brasil gera mais de 79 milhões de toneladas anualmente. 

Olhando para o município do Rio de Janeiro vemos que ele apresenta números diários superiores à média nacional. Aqui, cada habitante produz cerca de 1,6 quilo. Somando os resíduos sólidos domésticos, os públicos, os da construção civil e dos grandes geradores são cerca de 10 toneladas por dia. Não é preciso ser um expert no assunto para saber que, potencialmente, a área mais populosa da cidade tende a produzir mais lixo. 

Em janeiro deste ano, com mais de 10 anos de atraso, foi regulamentada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determinando que nenhuma cidade tenha lixões abertos em 2024. Mas o que poderia ser uma luz no fim do túnel dificilmente será um prazo factível para a Zona Oeste. Tudo o que é recolhido pela Comlurb é encaminhado para o aterro sanitário, mas o problema maior é o que não chega até ela – e que o Poder Público finge que não vê. 

Por isso é tão importante o trabalho de fiscalização por todos os cantos da ZO. No ano passado, coletamos denúncias e conseguimos mapear 51 lixões na nossa região. São pontos que, muitas vezes, começam com o descarte irregular de entulho e, dia após dia, tornam-se um grande problema, virando vetores de doenças e focos de queimadas e de poluição ambiental. Algo que pode ser evitado, conforme o nosso dossiê “Os lixões na Zona Oeste” procura demonstrar. Nele, a partir do diagnóstico do cenário atual, levantamos o papel positivo dos catadores de materiais recicláveis e a necessidade urgente da Prefeitura em desenvolver políticas direcionadas ao tema. Dentre as soluções sugeridas, está a criação de pontos de coleta e mini usinas de reciclagem de entulho. As saídas existem e cabe a nós apontar.

Depois de alguns meses retornamos aos pontos mapeados. Vimos que alguns dos locais chegaram a ser limpos, mas em pouco tempo voltaram a sofrer com o lixo. Essa é a realidade verificada na Estrada do Pedregoso, na Avenida Manuel Caldeira de Alvarenga, na Avenida Cesário de Melo (perto da estação do BRT Ana Gonzaga) e na Avenida Mergulhão, entre outros exemplos que podemos citar. Sem uma mudança na forma como a questão é gerida, esses pontos nunca deixarão de ser locais de descarte irregular. 

Precisamos de uma política de gestão integrada de resíduos, que não se trata apenas de implementar um sistema de coleta domiciliar, como o trabalho realizado pela Comlurb. Ela passa também pela discussão de redução da produção de lixo, políticas de economia circular e fortalecimento da cadeia de reciclagem e dos catadores. Se faz urgente a geração de renda, a melhoria da tecnologia utilizada, a educação ambiental e a fiscalização de pontos clandestinos de descarte visando a sustentabilidade. 

Foi sabendo disso e com a esperança de dias melhores que o nosso mandato entregou o relatório para o subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba, tentando ajudar no enfrentamento do problema. Somente a construção de políticas públicas a respeito trará as soluções definitivas que tanto queremos.

Terceira edição do programa Fazenda Legal chega à Natividade

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A terceira edição do programa acontecerá em Natividade, no Noroeste Fluminense nos dias 17 e 18 de junho. O projeto itinerante do governo do estado em parceria com a Secretaria de Agricultura levará aos municípios contemplados a agricultura do futuro. O produtor terá a sua disposição todo suporte necessário com profissionais para desenvolver suas atividades, ampliando seu conhecimento na área tecnológica e empreendedorismo.

A terceira edição do Fazenda Legal chega à Natividade. O programa tem o intuito de impulsionar o agronegócio fluminense. Estaremos disponibilizando vários serviços gratuitos onde o produtor terá acesso a todo conhecimento e tecnologia para atender suas necessidades“, destacou, Alex Grillo, secretário de Agricultura.

O Programa Fazenda Legal é uma realização da Pesagro-Rio através da Secretaria de Estado de Agricultura e suas vinculadas – Emater-Rio, Fiperj e Ceasa com a parceria da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio de Janeiro (SENAR Rio).

O projeto contará com a participação de Instituições de Pesquisa, Extensão, Desenvolvimento e Crédito Agrícola em 8 módulos informativos de assistência técnica em diversas áreas, além de palestras e debates.

Com serviços de cidadania e extensão rural às famílias do campo, os técnicos da Emater-Rio promoverão a emissão da Carteira do Produtor, orientações para o benefício de isenção do ICMS na conta de energia e facilitação do acesso às linhas de crédito agrícola.

O Programa foi criado em 2005 com a finalidade de propagar, gratuitamente, informações e conhecimentos da área rural. Já foram atendidos nestes anos mais de 15 mil produtores do Estado.

Sistemas da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento ficarão indisponíveis no feriadão

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A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP) informa que entre os dias 16 e 18 deste mês, período do feriado de Corpus Christi, alguns sistemas ficarão fora do ar para atualização. Haverá indisponibilidade de serviços online da SMFP prestados ao contribuinte, como o cadastro de novas empresas.

A emissão de nota fiscal eletrônica permanecerá em funcionamento. No entanto, como não haverá alteração cadastral durante o período, empresas não conseguirão incluir novos serviços e novas empresas não conseguirão ingressar na Nota Carioca.

Após este período, os serviços serão normalizados.

A atualização dos sistemas vai ocorrer no meio do mês, o que não interfere na arrecadação do IPTU e do ISS, pois não há vencimentos neste período.



Confira os serviços que ficarão indisponíveis:

Solicitações de consulta prévia, emissão/baixa de alvará e segunda via;

Solicitações de alteração cadastral de ISS e IPTU;

Solicitações de certidões do ISS e IPTU;

Solicitações de verificação de autenticidade das certidões do ISS e IPTU;

Emissão de Darms para pagamento do IPTU e ISS (exceto os da Nota Carioca);

Pedidos de Parcelamentos e reparcelamentos de Débito não inscritos em Dívida Ativa do ISS e IPTU;

Pedido de geração de Darm para pagamento do ITBI;

Revalidação de protocolo do ITBI;

Consulta a notificações do IPTU;

Pedidos de baixa CADASTRAL do ISS e IPTU.


Em caso de dúvidas, o contribuinte deve entrar em contato com o telefone 1746. A Empresa Municipal de Informática (IplanRio) ficará responsável por esta manutenção.

Mais de 758 mil veículos devem passar pela Linha Amarela no feriadão de Corpus Christi

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A Lamsa vai reforçar os serviços de atendimento ao usuário na Linha Amarela para o feriadão de Corpus Christi. Como de costume em datas como essa, o quantitativo de veículos na rodovia deve aumentar a partir desta quarta-feira (15/06) e até a segunda pós-feriado (20/06) por causa do movimento de entrada e saída da cidade. No período, mais de 758 mil motoristas e motociclistas devem passar pela Praça do Pedágio.

Além do reforço no atendimento mecânico e ambulatorial em diversos pontos da via expressa, também será intensificada a comunicação da concessionária com o usuário. Para garantir melhores condições de tráfego na rodovia, serão exibidas diariamente nos painéis mensagens sobre as condições meteorológicas e de trânsito, sobre direção responsável e manutenção preventiva.

De acordo com a Lamsa, devem passar pela Praça do Pedágio no feriadão cerca de 141 mil veículos na quarta-feira (15/06); mais de 115 mil na quinta (16/06); mais de 118 mil na sexta (17/06); quase 135 mil no sábado (18/06); mais de 110 mil no domingo (19/06); e mais de 138 mil na segunda (20/06).

Para que o motorista possa se programar e acessar a rodovia no melhor momento, a Lamsa fez uma projeção do volume de tráfego por horário. Confira:

– Quarta-feira (15/06) — tráfego mais intenso das 7h às 9h na pista sentido Fundão; e das 8h às 9h e das 17h às 19h na pista sentido Barra;

– Quinta-feira (16/06) — tráfego mais intenso das 10h ao meio-dia e das 17h às 19h na pista sentido Fundão; e de meio-dia às 13h na pista sentido Barra;

– Sexta-feira (17/06) — tráfego mais intenso das 7h às 10h na pista sentido Fundão; e das 18h às 20h na pista sentido Barra;

– Sábado (18/06) — tráfego mais intenso das 11h às 13h na pista sentido Fundão; e das 13h às 15h na pista sentido Barra;

– Domingo (19/06) — tráfego mais intenso das 18h às 19h na pista sentido Fundão; e das 17h às 19h na pista sentido Barra;

– Segunda (20/06) — tráfego mais intenso das 7h às 9h e das 18h às 19h na pista sentido Fundão; e das 18h às 20h na pista sentido Barra.