Pais de bebês cardiopatas fazem carreata em protesto contra a falta de tratamento adequado para as crianças

O objetivo da mobilização é cobrar do poder público a ampliação do atendimento cirúrgico, além de chamar atenção sobre a importância de exames pré-natais

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Reprodução: Internet

A Sociedade de Pediatria do Estado do Rio (Soperj), com apoio do Prontobaby, realizará uma carreata no próximo sábado (12/06), pela orla da Zona Sul do Rio de Janeiro, a partir das 10h, quando pais de bebês com cardiopatias congênitas e profissionais da área de saúde irão se reunir no Leblon e seguir de carro em direção ao Leme.

O objetivo da mobilização é cobrar do poder público a ampliação do atendimento cirúrgico, além de chamar atenção sobre a importância de exames pré-natais, como o ecocardiograma fetal, exame capaz de detectar anomalias ainda no útero materno, mas que ainda não é feito de forma rotineira.

Passeata Cardiopatia congenita Pais de bebês cardiopatas fazem carreata em protesto contra a falta de tratamento adequado para as crianças

O Rio de Janeiro registrou o nascimento de mais 2000 mil bebês com alguma cardiopatia somente em 2020. Infelizmente, por falta de diagnóstico precoce ou cirurgia, 6% deles morrerão antes de completar um ano de vida. A realização do teste do coraçãozinho, uma avaliação não-invasiva, feita ainda na maternidade em poucos minutos, poderia diminuir o número de mortes de bebês cariocas e fluminenses.

A médica Talita Nolasco Loureiro, do Departamento de Cardiologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio (Soperj), destaca que há outro problema muito grave no caminho dos bebês com doenças cardíacas: a falta de leitos cirúrgicos. Segundo a médica, foram feitas 500 cirurgias, em 2020, quando seriam necessárias cerca de 1.300 para atender os recém-nascidos e crianças com até um ano de idade.

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Para Drª Talita Nolasco Loureiro, a pandemia pode ter agravado ainda mais o problema. De acordo com ela, entre 1 a 2% dos bebês que nascem com cardiopatias congênitas precisam ser operados com urgência. Os demais precisam sofrer intervenções no primeiro ano de vida, através de cirurgias consideradas eletivas e que foram suspensas durante alguns períodos por causa da Covid-19, provocando atrasos ou até mesmo a não realização do procedimento necessário.

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