Palacete do Museu Histórico da Cidade reabre ao público após dez anos fechado

Complexo localizado no bairro da Gávea terá exposição com 482 peças; entre elas, estandartes do século XIX, aquarelas de Debret, gravuras de Thomas Ender e projetos para a abertura da Avenida Central

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O Palacete do Museu Histórico da Cidade, na Gávea - Divulgação / Gui Espíndola

O Palacete do Museu Histórico da Cidade, na Gávea, será reaberto ao público na quinta-feira (20/05), após dez anos fechado. Nesta terça-feira (18/05), Dia Internacional dos Museus, uma cerimônia para convidados no espaço marca a retomada gradual das atividades nos equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura. Em estilo eclético, a construção do século XIX, que fica no Parque da Cidade, passou por reforma em seu interior e na fachada e recebeu serviços de manutenção.

Para a volta, foi programada uma exposição de longa duração com 482 peças do acervo do Museu Histórico da Cidade (são 24 mil itens na instituição), como estandartes do século XIX, aquarelas de Debret, gravuras de Thomas Ender e projetos para a abertura da Avenida Central, além de objetos do dia a dia de moradores do Rio.

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Projetos da construção da antiga Avenida Central – Divulgação / Gui Espíndola

Uma das relíquias é uma arca na qual depositavam o dinheiro arrecadado pela tributação do vinho. O objeto tinha três chaves, e cada uma delas ficava com uma personalidade política da época (século XVIII). A arca só podia ser aberta quando os três se juntavam. O valor foi usado na obra  dos  Arcos da Lapa, que durou cem anos.

No acervo também há peças doadas por ex-prefeitos do Rio, o que é uma tradição. Pedro Ernesto e Pereira Passos contribuíram com mobiliário, louças de porcelana e condecorações. Entregaram, por exemplo, respetivamente, um aparelho de jantar completo e um guarda-casaca em madeira. A coleção tem ainda documentos de Carlos Sampaio.

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Outro destaque é uma estátua toda em mármore, sem autoria, herdada do eclético Palácio Monroe (antigo Senado Federal), demolido em 1976, por decisão do então presidente Ernesto Geisel. “A festa” é o nome da obra, que tem a forma de uma mulher segurando um pandeiro.

Chamam atenção também a escultura da cabeça do Cristo Redentor feita nos anos 1920 pelo franco-polonês Paul Landowski e que inspirou o monumento, fantasias de Clóvis Bornay, zincogravuras de Marc Ferrez e fotografias de Augusto Malta.

O Pavilhão de Exposições Temporárias do Casarão (antiga casa de banhos da propriedade) também será reaberto, após pouco mais de um ano fechado em razão da pandemia. O espaço receberá, até maio do ano que vem, a mostra “Rio de Festas, a cidade como palco”, a partir da coleção do Museu Histórico da Cidade.

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A escultura da cabeça do Cristo Redentor, de Paul Landowski – Divulgação / Gui Espíndola

Esse é um espaço muito importante não só para a Zona Sul e o entorno, que envolve os moradores da Gávea e da favela Vila Parque da Cidade, mas para todo o Rio, que terá acesso novamente ao acervo, patrimônio e um espaço de cultura, seguindo todos os protocolos de segurança“, destaca o secretário municipal de Cultura Marcus Faustini.

Serviço:
Endereço: Museu Histórico da Cidade, Estrada Santa Marinha s/nº, Gávea.
Horário: Quinta a domingo, das 9h às 16h.
O palacete recebe grupos de até 15 pessoas e, o casarão, de até 20 pessoas.
Entrada grátis.
No complexo também tem uma capela, aberta à visitação aos sábados e domingos, e o Café Épico.

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1 COMENTÁRIO

  1. Fui muito aí quando era criança!!!Era,lindo,e não tinha favela na época….era muito seguro!!
    Espero q nenhum vagabundo do psol esteja envolvido na sua administração, se estiver corre o risco de INCENDIAR!!!Esses vagabundos querem apagar com a história, coisa de ditadores como Hitler,Stalin,ou Mao

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