Panmela Castro abre exposição participativa no Museu de Arte do Rio

Exposição 'Ideias radicais sobre o amor' de Panmela Castro no Museu de Arte do Rio (MAR), explorando temas de afetividade, empoderamento e memórias através de obras participativas e performances.

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Panmela Castro_Série Vigília - Créditos Gabriel Andrade

A exposição “Ideias radicais sobre o amor”, da carioca Panmela Castro, será inaugurada nesta sexta-feira, dia 9 de agosto, às 17h, no Museu de Arte do Rio (MAR). Com mais de 20 anos de trajetória, a artista apresentará uma série de obras participativas, explorando a necessidade de pertencimento como impulso vital dos seres humanos. A curadoria é de Daniela Labra, com assistência de Maybel Sulamita, e contará com 17 obras, sendo 10 inéditas, incluindo performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, abordando temas como afetividade, solidão, visibilidade, empoderamento, autocuidado e memórias.

Essa individual de Panmela Castro permite ao público conhecer muitas facetas de sua linguagem interdisciplinar. Seu trabalho navega por diferentes mídias e suportes de um modo único, reunindo questões estéticas, afetivas e ativistas em uma obra que é fundamentalmente performática e processual. A exposição no MAR traz obras inéditas e versões de outras já existentes, formando um ambiente lúdico, instigante e transformador”, afirma a curadora Daniela Labra.

A exposição será construída através de performances, ações e participações do público ao longo do período da mostra. “Todas as obras de alguma forma precisam do outro para existir ou se completar, é uma exposição que começa em construção”, ressalta Panmela Castro. A inauguração contará com três telas em branco da série “Vigília no Museu”, que serão pintadas quando o museu estiver fechado ao público. Durante a noite, a artista se encontrará com pessoas para retratá-las em vigílias no MAR. Um conjunto com 50 fotografias da série “Vigília” também fará parte da mostra.

A exposição contará ainda com obras inéditas que convidam o público a participar. Em “Chá das Cinco”, por exemplo, os visitantes poderão tomar chá e compartilhar conselhos através de bilhetes deixados debaixo dos pires. Em “Vestido Siamês”, duas pessoas podem vestir simultaneamente um grande vestido rosa de filó. O público também será convidado a trazer batons para a obra “Coleção de Batons” e objetos para deixar em um casulo, que serão transformados em esculturas pela artista, ressignificando memórias boas ou ruins.

Inspirada nos tradicionais jogos arcade, a obra “Luta no Museu” será um jogo no qual os lutadores são artistas como Allan Weber, Anarkia Boladona, Elian Almeida, Priscila Rooxo, Vivian Caccuri e Rafa Bqueer. Os cenários retratam o Museu de Arte do Rio, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. O vencedor expõe sua obra no museu.

Outra obra inédita é o vídeo “Stories”, uma coleção de pequenos vídeos publicados no Instagram da artista (@panmelacastro), convidando o público a participar de diferentes situações de sua vida e processo artístico.

Além dos trabalhos inéditos, obras icônicas da artista também estarão na exposição, como “Biscoito da sorte” (2021), com mensagens feministas nos tradicionais biscoitos japoneses; “Bíblia feminista” (2021), onde o público pode escrever ideias que guiem a luta por direitos das mulheres cis e trans; e “Consagrada” (2021), uma fotoperformance que critica o mercado de arte.

“Não surpreende que Panmela hoje seja respeitada internacionalmente, tanto pela inventividade de sua arte quanto pela postura em relação a assuntos como violência de gênero. Esse tema há anos a estimula a criar ações artísticas, pinturas, objetos e desenvolver um trabalho pedagógico e político através de sua organização Rede NAMI”, diz a curadora Daniela Labra.

Quatro performances serão realizadas durante a exposição. No dia 17 de agosto, “Culto contra os embustes” (2020) usará autoestima e energia vital para afastar indivíduos malévolos. Em 28 de setembro, “Honra ao mérito” (2023) reconhecerá as mulheres, concedendo medalhas ao público feminino. Em 5 de outubro, a performance inédita “Revanche” (2019) confrontará as imposições do feminino compulsório. E no dia 12 de outubro, “Ruptura” (2015) discutirá gênero e alteridade.

Serviço

Exposição “Ideias radicais sobre o amor”, de Panmela Castro
Museu de Arte do Rio / MAR
Praça Mauá, 5 – Rio de Janeiro – RJ
Abertura: 9 de agosto de 2024, às 17h
Exposição: até 24 de novembro de 2024
De terça a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)
R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia) – às terças-feiras com entrada gratuita

Performances:
Dia 17 de agosto, às 16h – Culto contra os embustes
Dia 28 de setembro, às 16h – Honra ao mérito
Dia 5 de outubro, às 16h, – Revanche
Dia 12 de outubro, às 16h – Ruptura

Ativações das obras:

  • Chá das Cinco – terças, quintas e sábados, às 17h
  • Biscoito da sorte – quartas, sextas e domingos, às 17h

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