‘Pantanal Carioca’: Recreio dos Bandeirantes tem trecho repleto de jacarés

Canal das Taxas se transformou em ponto turístico no luxuoso bairro da Zona Oeste do Rio

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(Foto: Aline Massuca)

Um dos bairros mais nobres e famosos do Rio, o Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da Capital Fluminense, tem chamado atenção para além das suas belas praias ou luxuosas residências que custam milhões. No Canal das Taxas, a Rua Professor Hermes de Lima, de onde se vê toda ostentação e sofisticação da região, divide espaço com a área que ficou conhecida por moradores como o “Pantanal Carioca”, devido a grande quantidade de jacarés-de-papo-amarelo que vivem no trecho. A notícia foi dada incialmente no portal Metrópoles.

Mas não só de jacaré vive a paisagem inusitada no meio urbano, o Pantanal Carioca também abriga capivaras, cobras e aves, entre outros animais silvestres, alguns ameaçados de extinção.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Metrópoles, a região concentra o que sobrou dos ecossistemas originais da cidade do Rio, com lagoas, manguezais, restingas e brejos.

De fato não é incomum avistar jacarés em condomínios e ruas Recreio, mas a aparição dos animais se tornou mais rara desde que as margens do canal ganharam proteção, há pelo menos cinco anos, com a instalação de uma cerca formada por tocos de árvores e grades. Com isso, a convivência pacífica entre répteis e humanos se tornou realidade no bairro.

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Quando passou por um grande mutirão de limpeza e recebeu as novas proteções, o canal também ganhou pontes, ligando uma margem à outra, que se transformaram em observatórios da fauna nativa e silvestre, além de virarem locais perfeitos para as selfies com os répteis. Nas redes sociais, as fotos acabam postadas com a localização Ponte dos Jacarés.

E a presença dos feras no trecho parece agradar a vizinhança, que aprova a companhia da natureza no meio da selva de pedra, atraindo olhares curiosos e sempre rendendo fotos com celulares. Os residentes afirmam que os animais, muito mais que os seres humanos, conseguem respeitar e entender seus limites.

De acordo com o biólogo Mário Moscatelli, que estuda os ecossistemas e lagoas da região há mais de três décadas, assim como há o contraste no cenário, existem diferenças entre quem respeita e agride o espaço. “Vemos os que protegem e os que apedrejam, jogam comida, jogam lixo. Sem falar no principal problema, que é o lançamento de esgoto indevido, com a produção de cianobactérias tóxicas, constituindo um ‘upgrade’ de degradação para a fauna nativa local”, explica o especialista.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Um absurdo. As autoridades não fazem nada. Recreio, barra,lugares espetaculares. Com uma praia das melhores.
    E esses canais insuportáveis. Ninguém faz nada.
    Igual linha vermelha, vindo do galeão. Uma vergonha. Água podre na chegada à cidade maravilhosa.
    Welcome to Rio.

  2. O canal é podre de sujo. O odor exalado é insuportável. Mais impressionante é a postura submissa e acomodada dos moradores, donos de apartamentos muitas vezes luxuosos, que não cobram dos órgãos competentes uma solução para esse vergonhoso problema. Enquanto isso, outros querem proteger a Amazônia mas não conseguem sequer proteger o rio imundo que fica ao lado de sua residência.

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