Papo de Talarico: Conheça o obsessor e o apaixonado

O carioca que conheceu uma mulher, gamou e foi rezar

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Amigos conversam na Mureta da Urca sobre obsessor e paixão
Amigos conversam na mureta da Urca (foto: Alvaro Tallarico)

“Paixão é como um obsessor”, disse ele para o amigo. Estava eu ali do lado me distanciando, mas cheguei perto para entender. “Conheci uma mulher, passamos o dia juntos, fiquei louco de felicidade como não sentia há anos”. O amigo ouvia atento. “No dia seguinte já estava angustiado, queria ver a mulher de novo, e sentia uma coisa estranha no estômago. Pior que eu estava saindo com outras, só que essa veio que veio, não resisti”.


Abri mais meus ouvidos, a história era interessante. “O encontro foi na sexta, os dias passavam e eu ansioso por qualquer mensagem dela no celular. Tentei marcar de encontrar e nada. Mandava uma mensagem e ela só respondia no dia seguinte. Ah, mas parecia que ela tinha gostado também, fiquei cheio de esperança. Estou nessa vida aí de pista sim, admito, porém, na real mesmo, quero uma parceira para ficar quieto, um amor de verdade, sabe?”. O amigo balançou a cabeça consentindo. “Na terça-feira ela disse que almoçaria comigo na quarta. Acabei saindo para encontrar uma outra, não queria ficar pensando nela. Na quarta-feira, acordei mandando aquele bom dia. Nada de resposta. Foi aí que decidi ir na missa”.

Absolvição


Nessa hora o amigo se mexeu na cadeira. “Rapaz, obsessor não é coisa de espírita? Não era para você ir tomar um passe?”. O apaixonado não se fez de rogado. “Meu irmão, se liga, fui na missa, ajoelhei e já fui rezando. Chorei e tudo. Estava pedindo por ela. Pensava em filhos, casamento! Aí fui ficando mais tranquilo com o passar do tempo, as falas do padre. Pegava o celular às vezes vendo se ela tinha respondido e tal, minhas pernas não paravam de se mexer, agitado demais. Na hora da hóstia, nossa, veio uma paz inicial. Aí acabou e eu fiquei meio querendo ir embora, mas aí pensei que poderia me confessar”.


“Confessar por que, camarada? Paixão é pecado?”, veio o amigo na lata. “Pequei contra a castidade, cara. Não vou dizer que acho que seja tipo, aquele pecadão, mas, sabe como é. Antes de mim, uma mulher se confessou primeiro. E eu ali, ansiosão. Em seguida, fui eu. Falei para ele que estava saindo com algumas mulheres, mas uma mexeu comigo e estava muito angustiado, estranho. Ele perguntou qual era meu propósito. Ah, falei a verdade, queria encontrar uma mulher para casar, ter filhos, uma família. Ele começou a me perdoar e meu corpo começou a tremer, meu irmão. Levantei sereno. Pouco tempo depois chegou uma mensagem da mulher. Nem abri, nem respondi. Entendi que aquele antes não era eu. Era obsessor! Esse negócio de sexo é perigoso, meu irmão. Ainda bem que lembrei que uma amiga tinha me falado que confissão era ferramenta de desobsessão, e é verdade! Estou leve agora”.

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“Beleza, entendi. E você não vai sair mais com essa mulher se ela te convidar?”


“Ah, cara, não faz pergunta difícil não, deixa eu aproveitar a leveza enquanto durar…”

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