Paquetá usará técnica de compostagem para transformar restos de alimentos em adubo

A ideia é reduzir o envio de resíduos da ilha para o continente, incentivando uma cadeia sustentável

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O Parque Natural Municipal Darke de Mattos, em Paqueta. Foto: Alexandre Macieira / Prefeitura do Rio

A Ilha de Paquetá ganha nesta sexta-feira (15/01) o Aduba Rio, um programa inédito de sustentabilidade que utiliza a técnica de compostagem de resíduos orgânicos. O projeto, elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, tem o apoio da Subprefeitura das Ilhas e da Comlurb e será liderado pelo movimento social Plantar Paquetá.

O programa prevê a geração de até 300 quilos de composto por dia. A técnica utilizada permite transformar restos de comida, cascas de frutas e folhas em adubo. A ideia, diz o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, é reduzir o envio de resíduos da ilha para o continente, incentivando uma cadeia sustentável:

O Rio, que tem 28% do território cobertos por unidades de conservação municipais, precisa incentivar práticas que dialoguem com uma cultura de baixo carbono. A compostagem é um ganha-ganha social e ambiental: evita que toneladas de restos de comida sigam ao aterro sanitário. É menos emissão de gases do efeito estufa e mais combustível natural para as florestas“.

Sete leiras de compostagem, onde o material é transformado em adubo, serão instaladas no Parque Natural Municipal Darke de Mattos, gerido pela Secretaria de Meio Ambiente. Os compostos serão usados na floresta de Mata Atlântica do local, que tem 7 hectares.

Este é um projeto de forte impacto na educação ambiental. Os moradores de Paquetá desenvolvem trabalhos muito importantes de conscientização e contamos com todos eles para que o Aduba Rio seja um sucesso“, destaca a diretora de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Márcia Costa.

O Parque Darke de Mattos, criado em maio de 1975, ocupa 7% de Paquetá. Guarda vestígios de meados do século XVIII, como antigos túneis abertos pelos jesuítas para a exploração de jazidas de caulim, um tipo de mineral. O nome do parque é uma homenagem a Darke Bhering de Oliveira Mattos, sócio da antiga fábrica Bhering & Cia. e Café Globo.

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