Patrimônio tombado do Rio, calçadas musicais de Vila Isabel sofrem com falta de conservação

Ponto turístico e artístico do Rio, as calçadas musicais foram construídas em 1965 para celebrar o aniversário de fundação da cidade

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Calçadas Musicais (Foto: Francini Augusto)

Ao longo da Avenida Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, na Zona Norte, é bem fácil perceber o estado de abandono e degradação das calçadas musicais, trecho decorado com pedras portuguesas que formam figuras de instrumento musicais, nomes de compositores e partituras de músicas famosas, como Cidade Maravilhosa, Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, Feitiço da Vila, de Noel Rosa, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, entre outros clássicos.

Patrimônio tombado pelo município do Rio, as calçadas icônicas que ajudam a contar a história do bairro e do Rio estão sofrendo com o descaso e a degradação.

O caso mais recente, denunciado por moradores da região nesta terça-feira (06/10), é de uma estrutura de concreto que foi instalada pela rede de supermercados Extra, na altura da quadra da escola de samba Unidos de Vila Isabel.

A construção foi feita com o objetivo de impedir que motoristas estacionem na calçada e pegou um pedaço de uma das dezenas de partituras que existem ao longo de mais de 1 km de extensão.

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Na manhã desta quarta-feira (07/10), a estrutura de concreto havia sido retirada do local. Mas, no entanto, o trecho permanece danificado.

O projeto artístico das calçadas musicais, feito com pedras portuguesas, existe desde 1965 em comemoração a um aniversário de fundação da cidade.

Toda a calçada foi tombada em 1989 pelo município, pelo decreto 7291, e, em definitivo, pela Lei 2790, de 27 de abril de 1999, e não pode sofrer qualquer modificação.

Por meio de nota enviada ao DIÁRIO DO RIO, a rede Extra informou que a “demolição da estrutura já foi realizada e que aguarda a Prefeitura Municipal para realizar uma nova obra no local e garantir a segurança dos pedestres. A loja esclarece ainda que no espaço havia uma árvore, derrubada por conta das chuvas na cidade em setembro de 2019“. 

O DIÁRIO DO RIO entrou com a Secretaria Municipal de Conservação, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.

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