A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL) foi reconduzida, pela terceira vez consecutiva, à presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A continuidade do mandato reafirma o protagonismo do colegiado no combate às violações de direitos no estado e na defesa das populações mais vulnerabilizadas.
Desde que assumiu a presidência da comissão, em 2021, Dani Monteiro consolidou o espaço como um canal de escuta ativa e enfrentamento a violações cometidas, especialmente contra a população negra, periférica e trabalhadora. A deputada, que é mulher negra, jovem, cotista e criada em favela, ressalta que sua permanência no cargo por um período recorde é um marco histórico.
“A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos é uma trincheira contra o racismo, a violência policial e o abandono dos mais pobres. Nossa recondução não é apenas um reconhecimento, mas a prova de que o nosso trabalho faz a diferença e precisa continuar”, afirmou a parlamentar.
Denúncias e atuação da Comissão
De acordo com o relatório da CDDHC, de 2021 a 2024, a comissão recebeu cerca de 1.400 denúncias de violações de direitos humanos e realizou mais de 700 acompanhamentos. Os dados de 2024 apontam que 51,1% das denúncias estão relacionadas à violência de agentes do Estado e que 67,2% dos atendidos são pessoas negras ou pardas, evidenciando o impacto da desigualdade racial no Rio de Janeiro.
Além de receber denúncias, a CDDHC atua propondo soluções concretas e cobrando providências de órgãos públicos e autoridades. “Ganhamos a confiança da população fazendo o que o Governo do Estado não fez: tratar com respeito, acolhimento e atenção às pessoas. Não aceitamos que qualquer tipo de violência seja naturalizada”, destacou Dani Monteiro.
A parlamentar reforçou que o trabalho do colegiado não se restringe ao combate à violência policial, mas também engloba pautas como sistema prisional, tragédias ambientais, moradia, acesso à água, educação e cultura popular.
“Nossa luta é por dignidade. Seguimos avançando pelo povo fluminense”, concluiu a deputada.
A bandeira é contra a violência policial… não contra a violência dos criminosos…
Por isso que está ruim os direitos das vítimas.