Pelas Bandas do Rio: o rock politizado da Patriamada

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PATRIAMADA - LOGOTIPO 2

Historicamente, o rock n roll é um gênero musical ligado aos protestos, à rebeldia. É apostando nessa corrente que a banda Patriamada, composta por integrantes dos bairros da Penha e Vila da Penha, faz canções com letras que falam de política e fazem críticas sociais.

Não à toa, o grupo foi montado um pouco depois das manifestações de junho de 2013, que eclodiram em boa parte do Brasil. E menos à toa ainda, eles lançaram, em setembro deste ano, um EP com seis músicas, chamado Rock e Progresso.

A ideia de montar a Patriamada surgiu através da amizade que eu (Raphael, baixista) já tinha com o Tarcízio (vocalista/backing-vocal), que tínhamos em comum o sonho de ter uma banda de rock. Inteirado a isso, eu tinha alguns rascunhos de letras e a vontade de reproduzir algumas canções da minha antiga banda. Logo depois, Gabriel (baterista) entrou na banda, mas, a princípio, para ser guitarrista – afinal, é multi-instrumentista. A partir daí, a banda passou por um momento de instabilidade, com alguns integrantes que não se fixaram, na guitarra e bateria. Porém, em fevereiro de 2014, pode-se dizer que a Patriamada realmente começou a existir. Entraram na banda Lander (guitarrista) e Luiz Felipe (ex-guitarrista), passando o Gabriel para a bateria, e também Marcos (vocalista principal), todos amigos de longa data do Gabriel. Depois de um tempo, Luiz Felipe saiu da função de músico e passou a exercer função ‘administrativa’ na banda. Resumindo: Patriamada surgiu de fato em fevereiro de 2014, e a atual formação é a original” conta Raphael.

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PATRIAMADA - LOGOTIPO 1

Atual formação composta por Marcos Peixoto, Tarcizio Brasil, Lander Júnior, Raphael Fernandes e Gabriel Moraes, todos, de certa forma, amigos há muitos anos. Os integrantes garantem que essa proximidade antiga só ajuda no dia-dia da banda, pois eles sentem prazer, alegria por trabalharem juntos nesse projeto.

Além das letras de protesto, o grupo tem um instrumental bastante marcante, com uma pegada de classic rock. Raphael Fernandes, o baixista, fala um pouco das influências da Patriamada.

“Os nossos instrumentais, em suas criações, tiveram participação ativa do Lander, que é muito fã de rock clássico. Ele admira muito o Slash, Angus Young, Jimmy Page etc. Então, ele passou essa sua influência particular para os nossos arranjos e solos. No geral, a banda tem influências mescladas, por conta da diversidade de gostos dos integrantes. Para dar um exemplo mais específico, pode-se dizer que: AC/DC (Marcos), rock nacional no geral (Tarcízio), rock clássico (Lander), System of a Down (eu), Offspring (Gabriel)”.

Patria Amada

Em muitos casos, quando se discute política no Brasil, a tendência é virar um “Fla x Flu”. Cada um se posiciona de um lado, brigam, não refletem sobre a questão e não concluem nada. No entanto, na Patriamada é diferente.

”A banda procura ter posição política neutra. Procuramos, nas composições, não falar mal de ninguém especificamente, nem de nenhum partido específico, nem de direita ou esquerda. Não temos interesse em criar atrito com nenhum lado. Assim como o título de uma canção nossa, o que queremos é um Brasil melhor, apenas isso”, frisa Raphael, que completa dizendo que a banda não tem receio de ser mal recebida por um público que não gosta tanto de falar sobre política:

Patria Amada

“Queremos tocar, cantar aquilo que gostamos, acreditamos. Com certeza, temos esperança de ser bem aceitos, mas o que mais pretendemos é sempre compor letras que realmente nos representem. Quem sabe, através de nossas músicas, esse público jovem não comece a se interessar mais por esses temas?”.

Com o EP recém-saído do forno, eles pertentem continuar tocando o projeto, mostrando o trabalho para o público e evoluindo. Esse é o futuro da Patriamada. Estou falando da banda, é claro.

Escute o EP completo.

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