Pergunta ao candidato – Qual o seu projeto para o trânsito carioca?

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp

Trânsito Um problema hoje de qualquer grande cidade é o trânsito, não megalópole que escape, seja Nova York, Londres, São Paulo ou Rio de Janeiro. E para cada um há uma estratégia, seja o pedágio urbano londrino, o rodízio paulista, ou abertura de novas vias como é o caso do Rio.

Como o trânsito é um problema que afeta a qualidade de vida e a economia da cidade, um gestor tem de estar com a questão do tráfego na cabeça. O Rio de Janeiro nos últimos anos teve a abertura da Linha Amarela, duplicação da Avenida Brasil, Avenida das Américas, entre tantas outras, obras que sem dúvida se não tivessem ocorrido, hoje a cidade seria um nó. Hoje não consigo imaginar como alguém fazia para sair da Barra e chegar a Ilha do Governador, me parece impossível. Ou como era a Avenida Brasil com sinal, é, ela tinha sinal…

Mas isso foi a gestão Cesar Maia, e os candidatos, qual será o projeto deles para o trânsito carioca? É esta a pergunta desta semana.

Advertisement

Solange Amaral (DEM)

Acho interessante buscar entrosamento com as outras esferas do poder público e trabalhar a união da tecnologia com a operação. Um exemplo é a modernização e ampliação do CTA (Central de Transportes, que funciona no Rio há mais de uma década). Esse é o sistema de sinais inteligente, que calcula o tempo de fechamento e abertura dos sinais de acordo com o contingente de carros, reduzindo as retenções no trânsito. Também estudo adotar sistemas de monitoramento de veículos que calculem o tempo de viagem entre dois pontos da cidade, determinando qual o melhor trajeto para os motoristas seguirem.

Uma outra idéia é incentivar o transporte solidário, beneficiando os condutores de veículos que tenham mais de duas pessoas a bordo com medidas como a permissão para usar faixas seletivas em vias expressas, por exemplo.

Para Solange Amaral e Chico Alencar ciclovia faz parte da solução para o transporte carioca Uma luta antiga minha é pela utilização de ciclovias e expansão da rede existente. O Rio tem 140 quilômetros de ciclovias. A rede cicloviária na cidade é a segunda em extensão na América Latina. Usar a bicicleta é um hábito saudável e ecológico e pode desafogar bastante o trânsito. Temos que integrar as ciclovias à rede formal de transporte.

Chico Alencar (PSol)

O trânsito é um dos principais focos de desordem urbana no Rio, responsável por insegurança, poluição, prejuízos materiais, ferimentos e mortes. É parte do problema da mobilidade da população e por isso vamos reordenar toda a política de transporte. O atual modelo, o da “carrocracia”, que privilegia o automóvel, é insustentável. Vamos reorganizar as linhas de ônibus, com licitação. E priorizar o transporte de massa, pois fora dos trilhos não há salvação: ampliação do Metrô (com os governos estaduais e federal) e implantação do VLT, Veículo Leve sobre Trilhos, de Jacarepaguá à Penha.

O sistema de sinalização e de controle de tráfefo da CET Rio está esgotado e precisa de investimento para a sua expansão. É preciso desenvolver uma campanha de educação para o trânsito de motoristas e pedestres. A escolas municipais, com seus professores, funcionários e alunos, devem participar dessa campanha, assim como a Guarda Municipal, que deve ser melhor qualificada para dirigir o trânsito na cidade. Esses são os principais eixos para o trânsito carioca: educação, punição dos infratores  (sobretudo dos reincidentes) e reorientação do modelo de transporte de modo a privilegiar a mobilidade de massa com o transporte coletivo.

Vinicius Cordeiro (PTdoB)

Nosso projeto para o trânsito envolve algumas ações, como a volta do PM ao policiamento e à guarda do tráfego. Envolve a melhoria na conservação dos equipamentos viários e a melhor sinalização; proponho que os pardais, a maioria deles seja desligada à noite, e revisto tecnicamente os que funcionam de dia e sua localização.

Entendo que a questão do trânsito está interligada com os investimentos que se farão necessários para ampliar a malha viária como os corredores T4 e T5, pelo desenho no sistema de transportes, que influenciam negativamente no trânsito.

Filipe Pereira (PSC)

Ninguém mora no estado. As pessoas moram na Cidade. Elas trafegam e transitam na Cidade. É de nossa obrigação ter a melhor fluidez do trânsito. As pessoas não podem perder horas no seu deslocamento. O trânsito está presente no dia-a-dia.

Vamos ouvir os motoristas. De táxi, de ônibus, veículos particulares para que possamos sentir a necessidade de cada um.

Agora é bom lembrar, os problemas do Rio de Janeiro passam por gestão. Eu serei um gestor ouvidor. E como sempre falo, nada de idéias mirabolantes. Vamos consertar o que está errado, ouvir e realizar para tornar a vida das pessoas são simples, para tornar esta cidade viável novamente.

Eduardo Serra (PCB)

O Rio tem 1,6 milhões de automóveis e 13.000 ônibus nas ruas. É um volume que esgota as vias de superfície, e o metrô, cada vez mais lotado, transporta apenas a oitava parte dos passageiros. Os ônibus são caros e ineficientes, e o transporte de massa não se desenvolve porque não interessa às maiores empresas de ônibus, privadas, que dominam o setor. Vamos estatizar as principais linhas de ônibus, lutar para municipalizar e expandir o metrô, vamos investir nos trens e nas barcas, e construir linhas de Veículos Leves sobre Trilhos por toda a cidade, incluindo-se as ilhas do Fundão e do Governador.

Com estas medidas e uma gestão melhor do sistema, reduziremos o número de veículos e o trânsito vai fluir melhor.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Pergunta ao candidato - Qual o seu projeto para o trânsito carioca?
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui