Pesquisa aponta alta quantidade de microplástico no litoral do Rio

Essas pequenas partículas de plástico podem estar presentes em roupas, esfoliantes, sabonetes e cremes dentais; além de alterarem negativamente o oceano e o ecossistema, esses microplásticos também pode prejudicar a saúde humana

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Foto: Reprodução/Internet

Um estudo conduzido por pesquisadores da UFRJ, UNIRIO e UERJ apontou que existe uma alta quantidade de microplástico, considerado um dos principais poluentes do oceano, nas praias que compõem o litoral do Rio de Janeiro.

Microplásticos são minúsculos pedaços de plásticos que podem apresentar um tamanho de 5mm ou atingi-lo por meio da degradação.

Um de seus maiores problemas é o impacto ambiental, já que muitos animais aquáticos fazem a ingestão do microplástico, o que pode levá-los à asfixia. Quando não causa asfixia, a ingestão desses plásticos leva a lesões em órgãos internos e ao bloqueio do trato gastrointestinal. Os microplásticos alteram a composição dos mares e prejudicam todo o ecosistema.

Essas pequenas partículas podem estar presentes em roupas, esfoliantes, sabonetes e cremes dentais.

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Foto: Reprodução/Internet

Raquel Neves, biológa responsável pela pesquisa, alega, ao G1, que a poluição por plásticos em praias e outros ecosistemas marinhos são de enorme preocupação. “Não só pelos resíduos que causam mal ao organismo, mas também porque esses resíduos vão se degradando e formando micropartículas chamadas de microplásticos”.

Raquel ainda disse, ao jornal G1, que essas partículas não fazem mal apenas aos oceanos e animais marinhos, como também afetam a saúde humana. “Esses microplásticos podem ocasionar diversos prejuízos à saúde dos organismos e também à saúde humana. (…) Nós encontramos microplásticos em diversas praias cariocas. Não só na praia, na água ou na areia, mas também nos organismos, principalmente os consumidos por nós”, completou.

Um levantamento, feito em parceria com a Comlurb, mostrou que, contrariando o que muita gente acha, o lixo encontrado nas praias do Rio não é trazido pelo mar, e sim pelas bolsas e isopores de banhistas. De acordo com a companhia de limpeza urbana, na Praia de Copacabana:

Antes da pandemia — eram coletadas entre 80 a 82 mil toneladas de lixo das areias

Isolamento total — eram coletadas 20 mil toneladas de lixo das areias

Restrição parcial — eram coletadas 35 mil toneladas de lixo das areias

“Através de uma parceria realizada com a Comlurb, nós pudemos observar que durante o fechamento total das praias durante a pandemia da COVID-19 houve uma redução de 70% na quantidade total de residuos sólidos coletados na Praia de Copacabana. Conforme as medidas foram sendo flexibilizadas, foi havendo um aumento na quantidade de resíduos coletados pela Comlurb, o que nos indica que a maior parte dos resíduos sólidos encontrados na praia de Copacabana são deixados pelos frequentadores”, finalizou Raquel ao G1.

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