Pesquisa Atlas mostra 2º turno entre Freixo e Claudio Castro

Marcelo Freixo está bem na frente e ganha em todos cenários de 2º turno. Só que Claudio Castro ainda é um desconhecido para os pesquisados

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Cláudio Castro, governador do RJ
Cláudio Castro, governador do RJ - Foto: Rafael Campos/Governo do RJ

Pesquisa feita pelo Instituto Atlas, entre 18/6 e 22/6, com 807 respondentes e de forma online, e margem de erro de 3 p.p., é a 1ª a ter apenas os possíveis pré-candidatos a governador do Rio de Janeiro em 2022. E a pesquisa é excelente para o governador Claudio Castro (PL) que pela 1ª vez aparece indo para um 2º turno:

  1. Marcelo Freixo (PSB) – 33%
  2. Claudio Castro (PL) – 20,2%
  3. Rodrigo Neves (PDT) – 4,4%
  4. Paulo Ganime (Novo) – 3,4%
  5. Felipe Santa Cruz (PSD) – 2,2%
  • Voto branco/Nulo – 12%
  • Não sei – 24,8%

Castro se sai melhor nos municípios médios, onde chega a ter 22% contra 9% de Freixo, mas essa diferença não se repete em municípios pequenos, onde tem 16% contra 23% do recém filiado ao PSB. Quando o cenário é cidades grandes, Freixo chega a 44% contra 20%, e na capital é de 44% a 20%, afinal onde ele é mais conhecido.

Freixo ganha de Castro entre todos os níveis de escolaridade, com a maior diferença no Ensino Fundamental, com 47% a 10%, e a menor no superior, 28% a 22%. Um perigo para o socialista, já que é no Fundamental onde se sente de forma mais forte o poder da máquina estatal.

Já por razões que a própria razão duvida, Castro e Freixo estão empatados com 28% entre os mais jovens, 16 a 24 anos, onde normalmente a esquerda sempre pontuou bem. A maior vantagem de Marcelo Freixo está entre os 25-44 anos, 50% a 27%.

Freixo ganha entre os mais pobres, com salário até R$ 2.000, 47% x 17%, e nas outras faixas de renda, com exceção daqueles que ganham entre R$ 3.000 e R$ 5.000, onde Castro dá sua lavada de 48% a 16%.

O socialista também ganha em todas as religiões, mas entre os evangélicos é onde tem a menor vantagem 28% a 26%. E entre outras religiões a maior, 47% a 7%, e nos católicos, do qual Castro é membro praticante, Freixo tem 21% e o governador 19%.

Entre os que votaram em Jair Bolsonaro em 2018, Castro chega a 37% mas Freixo tem 16%, e em quem votou em Fernando Haddad, o deputado federal tem incríveis 70%, e o governador apenas 2%.

Cenário sem Rodrigo Neves

Em caso o PDT lance a deputada estadual Martha Rocha (PDT) no lugar do ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), não há grandes mudanças no resultado, exceto um crescimento de Santa Cruz.

  1. Marcelo Freixo (PSB) – 31,8%
  2. Claudio Castro (PL) – 19,1%
  3. Felipe Santa Cruz (PSD) – 4%
  4. Paulo Ganime (Novo) – 3,5%
  5. Martha Rocha (PDT) – 1,8%
  • Voto branco/Nulo – 10,7%
  • Não sei – 29,2%

Freixo ganha de todos no 2º turno

A pesquisa Atlas também é a primeira a testar cenários de 2º turno, neste caso Marcelo Freixo venceria de todos os candidatos. E Castro, só perderia para ele. Mas há uma grande parte dos entrevistados que não sabe em quem votaria, ou iria de nulo.

  • Freixo – 37.3%
  • Castro – 31%
  • Não sei/Nulo/Branco – 31,7%
  • Freixo – 34.6%
  • Neves – 14,4%
  • Não sei/Nulo/Branco – 51%
  • Freixo – 36.2%
  • Martha – 14,1%
  • Não sei/Nulo/Branco – 49,7%
  • Castro – 30.1%
  • Neves – 22,8%
  • Não sei/Nulo/Branco – 47,1%
  • Castro – 28.5%
  • Martha – 21,9%
  • Não sei/Nulo/Branco – 49,6%
  • Castro – 27.6%
  • Santa Cruz – 24,7%
  • Não sei/Nulo/Branco – 47,7%

Só Marcelo Freixo é conhecido

Uma má notícia para Marcelo Freixo é o grau de conhecimento dos candidatos. Ele é o mais conhecido, enquanto Castro, que pontua bem, tem uma alta taxa de desconhecimento, logo uma maior probabilidade de crescimento. O mesmo acontece com Rodrigo Neves e Paulo Ganime.

Marcelo Freixo

  • Conhece bem: 68%
  • Já ouvi falar: 21%
  • Não conheço: 11%

Martha Rocha

  • Conhece bem: 49%
  • Já ouvi falar: 39%
  • Não conheço: 12%

Claudio Castro

  • Conhece bem: 37%
  • Já ouvi falar: 44%
  • Não conheço: 19%

Felipe Santa Cruz

  • Conhece bem: 28%
  • Já ouvi falar: 39%
  • Não conheço: 33%

Rodrigo Neves

  • Conhece bem: 21%
  • Já ouvi falar: 32%
  • Não conheço: 47%

Paulo Ganime

  • Conhece bem: 11%
  • Já ouvi falar: 24%
  • Não conheço: 65%

Crítica à pesquisa

Cientistas políticos ouvidos pelo DIÁRIO DO RIO, entretanto, criticam a metodologia da pesquisa: “A pesquisa Atlas é feita por meio da internet. Por meio anúncio publicitário, a consultoria dispara milhares de convites aleatoriamente para internautas da área a ser investigada. Ao clicar no convite, o eleitor é direcionado ao questionário do estudo. Basicamente você super representa militância e digitalizados. Além do que você não sabe pra qual base esses convites foram disparados“.

Enquanto outro diz “Eles montaram cenários reais e não entupiram de nomes aleatórios. Para quem é da política, dá um cenário bem mais crível. Mas não gostei da metodologia aplicada. Se fossem 800 entrevistas pessoais, em campo, eu acharia mais realista. Não diz se teve ponderação estatística, por exemplo, algo que acho importante quando se faz pesquisa online. No final das contas, mostra uma tendência que já imaginamos e que isso dá para crer: que os governos está com uma imagem ruim e há chance da oposição ganhar. Mas é isso, tendências. Os números eu ainda tenho minhas dúvidas.

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8 COMENTÁRIOS

  1. Pesquisa essa feita perto da Cracolândia do Rio, né? Ou quem sabe perto dos presídio de Bangu 1?
    Chega a ser hilária essa matéria, nada contra o jornalista, mas sim as porcentagens. Me fez lembrar daquela pesquisa da Folha de S. Paulo, onde dizia que Haddad ganharia no 1º turno e com 70% de vantagem. Enfim… o resultado vcs já sabem kkkkkkkk

  2. Compradas são essas notícias falsas que vocês zumbis compram pra compartilharem no Whatsup de pessoas que não sabem distinguir verdade/mentira e geram ódio em favor de um maluco irresponsável.

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