Pesquisa mostra que 80% dos pais querem reposição de aulas perdidas no RJ

Pesquisa da Defensoria Pública do Rio revela problemas que estudantes da rede pública do estado enfrentam para ter acesso a ensino minimamente satisfatório durante a pandemia

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Foto: Rodolfo Santos/Getty Images

Dados levantados pela Diretoria de Pesquisa e Estudos de Acesso à Justiça da Defensoria Pública do Estado do Rio revelam as dificuldades que estudantes da rede pública do RJ estão enfrentando para conseguir ter acesso ao material didático e ao conteúdo das aulas durante esse período de ensino a distância, provocado pela pandemia do Coronavírus.

Questões como a falta de auxílio de professores ou de adultos em casa, por exemplo, afetam mais da metade dos jovens de rede pública do estado do Rio, da educação infantil ao ensino médio.

Outro número que chama atenção no levantamento são os 80% dos responsáveis ou estudantes do ensino médio que são favoráveis à reposição das aulas quando as escolas forem reabertas. Em média, 68% dos alunos querem rever presencialmente o conteúdo supostamente oferecido no ensino à distância. Apesar disso, só 9% são pelo cancelamento do ano letivo.

O mapeamento ainda mostra que mais da metade (54%) dos alunos da rede pública no estado do Rio enfrentam problemas de acesso à internet; desses, 10% não dispõem de nenhum tipo de conexão. Também um em cada dois alunos (49%) precisa compartilhar o aparelho (celular, tablet ou computador). Não mais que 12% conseguem acessar as aulas online; outros 27% só raramente.

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A dificuldade de compreensão do material didático oferecido no ensino à distância foi sentida por 67% dos estudantes. Além disso, metade das crianças e adolescentes também não contam com o auxílio de adultos para o estudo em casa.

O relatório da Defensoria Pública é resultado da análise de respostas espontâneas, colhidas por formulário online, compartilhado por 6.139 pais e alunos, entre 2 de junho e 2 de julho. Mais da metade das respostas (59%) veio de responsáveis por um ou mais estudantes.

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2 COMENTÁRIOS

  1. O mais irônico é a pressa de se fazer as eleições de 202, em locais de votação onde funcionam escolas (a idéia é que não terá NENHUM risco para os mesários, eleitores e , posteriormente, para alunos, professores e o pessoal de apoio na educação) , sendo que o pior: se o STF não revogar a proibição da policia em entrar nas favelas /comunidades, onde tem locais de votação, os narcotráficantes e as milicias que vão “fiscalizar” as votações.
    Carnaval de 2021 pode ser prorrogado;
    Reveillon não terá no esquema dos anos anteriores.
    INFELIZMENTE O ANO LETIVO ESTÁ PERDIDO.
    Concordo plenamente com o comentário do Sérgio Werneck de Figueiredo

  2. Ou nos convencemos de vez de que TODOS OS ALUNOS PERDERAM UM ANO ESCOLAR com a pandemia ou vamos continuar derrapando no atoleiro da indefinição, na cantilena do começa não começa.
    Desde a creche berçário até o pós doutoramento, TODOS PERDERAM UM ANO DE VIDA ESCOLAR e não há choro nem vela que dê jeito nisto.
    Portanto, que as autoridades acabem logo com o stress dos vestibulandos, que não sabem o que fazer, pois não se prepararam, evidentemente, e que todos apaguem de suas vidas ESTE ANO PERDIDO NA VIDA DE TODOS.
    Só não dá para os professores e escolas taparem o sol com a peneira e dizerem que aprenderam da noite para o dia a fazer ensino à distância, quando todos nós sabemos, e vivenciamos, a incompetência, o despreparo e os baixos salários, mesmo com aulas presenciais em TODO O PAÍS, com raríssimas exceções.
    Está aí o PISA que não me deixa mentir…

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