PF investiga compras superfaturadas no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle

Nas compras superfaturadas uma máscara no valor R$ 12,50, saia a R$ 47,80. O esquema contava com a participação de funcionários públicos

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Reprodução: Internet

O operação “Desmascarados” deflagrada na manhã desta quarta-feira (10/02), pela Polícia Federal (PF), investiga possível direcionamento de dispensa de licitação para a compra de equipamentos de proteção individual (EPI), e desvio de dinheiro público no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da UniRio, localizado na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Documentos elaborados pelo setor de Auditoria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), e em relatórios de fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) serviram como base para a deflagração da operação da Polícia Federal. Nas auditorias e investigações foi verificado o favorecimento de um determinado grupo de empresas, em conivência com funcionários públicos, para o cometimento dos crimes.

Em apenas uma dispensa de licitação, no valor de R$ 1.280.450,00, para a compra de 6.500 máscaras e 6.500 aventais, o valor superfaturado de cada item era de R$ 47,80 e R$ 49,50, respectivamente, enquanto que tais itens cotados em Chamamento Público da EBSERH, sairiam por R$ 12,50 e R$ 15,00, respectivamente.

A CGU apontou, neste caso, o sobrepreço de R$ 650.270,00, e um superfaturamento de R$ 398.444,00, além de fortes indícios da montagem de fraude efetivada no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.

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O poder público investiga ainda o quadro societário das empresas beneficiadas, os quais podem ser integrados por “laranjas”.

Os mandados da operação “Desmascarados” foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os investigados respondem por crimes de organização criminosa, peculato e fraudes em licitação.

A operação da Polícia Federal contou com a participação de 30 agentes que cumprem cinco mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Maracanã e Jacarepaguá, e em, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Espero que não seja retaliação da PF dos Bolsonaristas arrependidos. Se fizer isso em todos os hospitais públicos, principalmente, o federal, não vai sobrar um gestor.

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