PM da reserva é levado à delegacia após interromper evento de Cláudio Castro, na Baixada Fluminense

Marcos Lopes, PM da reserva remunerada, fez criticas ao governador pela falta de reajuste no salário dos aposentados; em nota, o governo alegou que o PM foi detido sem o consentimento de Castro

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Foto: Reprodução/Internet

Na segunda-feira, (13/06), durante uma missa a Santo Antônio em uma igreja de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o governador Cláudio Castro (PL) teve seu discurso interrompido por um subtenente da reserva da Polícia Militar do RJ.

Marcos Antônio Teixeira Lopes, PM da reserva remunerada, foi detido no local e levado para a 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), em Nova Iguaçu, depois do incidente.

De acordo com o policial, que relatou as informações ao G1, a situação ocorreu por volta das 11h, na Catedral Santo Antônio, no Centro da cidade da Baixada. Marcos disse que passava de bicicleta próximo a igreja quando viu a aglomeração e decidiu entrar para questionar o governador.

Castro estava na igreja a convite do Padre que pediu ao governador “uma palavra de esperança”. Ao discursar na igreja, Castro, que é pré-candidato à reeleição ao governo do RJ, disse que ainda há muito o que se fazer no município, mas que não tem dúvidas de que houve melhoras.

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O presidente da Câmara de Nova Iguaçu, o vereador Dudu Reina (PDT), também estava presente no evento.

O governador foi interrompido com gritos de “governador, governador!”. Era o subtenente Lopes questionando Castro sobre a “quebra de paridade” entre policiais ativos e inativos do estado — o aumento dado ao pessoal da ativa não foi repassado aos reformados.

O padre tentou contornar a situação, pedindo uma salva de palmas coletiva, que não deu certo e o protesto continuou. Castro pede o microfone de volta enquanto o padre puxa uma Ave-Maria. Quando a oração termina, Castro pede novamente a palavra e diz estar feliz porque “há 21 meses, o servidor não recebia, o aposentado não recebia”.

Ao g1, o subtenente chamou de “covardia monstra” o reajuste dado pelo governo apenas para PMs ativos da secretaria. A exclusão dos “aposentados” já motivou protestos no RJ, no início do ano.

“Eu sou militar há 32 anos. E o nosso governador deu um aumento que só ‘pegou’ os ativos. (…) E aquelas viúvas que perderam os seus maridos? Por exemplo, o soldado da polícia morreu, a viúva vai ganhar soldo de terceiro sargento. E eles [o governo] querem desvincular”, explicou Lopes, ao G1.

O policial nega ter feito qualquer ofensa a Castro. Mesmo assim, disse que um major do 20º BPM (Nova Iguaçu) o conduziu para fora da igreja. Em seguida, segundo o subtenente, o mesmo oficial ligou para a supervisão do batalhão, que o levou para a DPJM.

Em nota, ao G1, o Palácio Guanabara confirmou o acontecimento e disse que Castro “atendeu cordialmente” o subtenente. O governo também alega que “em seguida, sem o conhecimento do governador, o policial foi conduzido à 3ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar) para prestar esclarecimentos e liberado”.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Acho incrível o tratamento. Fosse um professor ou profissional da saúde seria retirado e colocado num camburão direto para o presídio provisório, nem passariam na delegacia. Mas basta que o revoltado seja um agente público da segurança da reserva/aposentado que só o tratamento é mais urbano e cordial.

    • Entendo a sua revolta mas vou te falar, nesse governo o PM da reserva deu sorte por enquanto. Pq corre o risco de ter outros tipos de represálias longe das câmeras, esse é um governo de MILICIANOS.

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