A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Adolescência Segura, com o objetivo de desarticular uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A ação, coordenada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), ocorre simultaneamente em outros sete estados e conta com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio da unidade CyberLab.
Até o momento, dois adultos foram presos e três adolescentes apreendidos. As investigações revelam um amplo leque de crimes atribuídos ao grupo, incluindo tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, apologia ao nazismo, maus-tratos a animais, divulgação de pornografia infantil e outros crimes de ódio.
“A Polícia Civil atua com inteligência e tecnologia para combater os crimes no ambiente virtual, que é uma das maiores preocupações dos pais e responsáveis de crianças e adolescentes”, afirmou o governador Cláudio Castro.
As diligências ocorrem também nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, com mandados de prisão temporária, busca e apreensão, além da internação provisória de adolescentes envolvidos.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, “esta operação é resultado de uma investigação profunda que mostrou o envolvimento de pessoas de diversos estados do país na prática dos crimes. A Polícia Civil emprega toda a tecnologia e as ferramentas de inteligência possíveis para enfrentar os grupos criminosos”.
As apurações começaram em fevereiro, após um crime brutal ocorrido em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, quando um adolescente atacou um morador de rua com coquetéis molotov, deixando a vítima com 70% do corpo queimado. A agressão foi filmada e transmitida ao vivo por um cúmplice em uma plataforma online.