Nesta sexta-feira (20/09), a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que já identificou 34 suspeitos envolvidos nos incêndios criminosos que devastam 3.489 hectares em áreas de conservação no Rio de Janeiro. As queimadas, iniciadas há dez dias, resultaram em nove indiciamentos até o momento, com cinco prisões efetuadas. A equipe agora aguarda os laudos periciais para formalizar o indiciamento dos demais suspeitos.
“O custo para recuperar esses ecossistemas é incalculável, por conta das vidas que se perderam. Não temos, por exemplo, como colocar preço na vida de um animal silvestre. Isso sem falar no prejuízo com a emissão de créditos de carbono, tão importantes para o nosso estado. Nossas ações estão sendo assertivas no combate a este tipo de crime”, explica o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
A operação, nomeada “Curupira”, é uma resposta imediata às ações incendiárias que atingem vários parques do estado. A iniciativa é coordenada pela Polícia Civil em parceria com a Secretaria Estadual do Ambiente (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
De acordo com o secretário de Polícia Civil, além dos prejuízos incalculáveis à fauna e à flora, as práticas criminosas também acarretaram risco humano e patrimonial às populações afetadas pelos incêndios.
Prisões e investigações em andamento
Desde os primeiros momentos, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e as delegacias distritais do interior realizaram inúmeras diligências para apurar quais incêndios eram criminosos e quem eram seus autores. A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), realizou na última segunda-feira (16/09) uma série de operações para combater incêndios criminosos em parques estaduais. As ações ocorreram na Região Serrana, em Niterói e na capital fluminense, com o objetivo de identificar e responsabilizar os autores desses crimes ambientais.
Em Petrópolis, um adolescente foi levado à delegacia, juntamente com seu pai, após admitir ter provocado o incêndio que destruiu grandes áreas de vegetação nas regiões de Pedro do Rio e Secretário no domingo (15/09). Já em Valença, uma câmera de segurança registrou um homem em uma moto incendiando uma área de vegetação na última quarta-feira (11/09), o mesmo dia em que começaram os incêndios no Parque Estadual da Serra da Concórdia e no Monumento Natural da Serra da Beleza.
Dois dias depois, uma ação conjunta entre a DPMA e a 91ª DP (Valença) capturou um homem de 61 anos, flagrado em vídeo ateando fogo na área de proteção ambiental da Serra da Beleza, à margem da rodovia RJ-143, altura do Km 52. A polícia apreendeu a motocicleta, roupas e capacete utilizados no crime.
As investigações da “Operação Curupira” continuam, com o objetivo de responsabilizar todos os envolvidos nos incêndios que impactam o estado do Rio de Janeiro. A ação é coordenada pela Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO), por meio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior.
Tomara que a polícia prenda todos os envolvidos, pq se eu pego, toco fogo pra ver se gosta!
Como compensação pelos danos ao meio ambiente, as autoridades competentes deveriam bloquear as contas dos responsáveis para recuperar as áreas destruídas.
Além de prender, deveriam pressionar estas pessoas a denunciar quem são os mandantes ou patrocinadores destas ações criminosas.
Eu também gostaria de saber o que motiva esses criminosos. Eles tinham que participar da recuperação do ecossistema, não livres mas cumprindo pena e aprendendo a cerca do valor da preservação ambiental.
Eu sabia que tinha mão criminosa em ação nesses incêndios. Gostaria de saber o que passa na cabeça desses malucos.