A Polícia Federal inaugurou, nesta quinta-feira (29/7), uma unidade que, além de mapear áreas de influência e atuação de grupos criminosos violentos, pretende desarticular as suas estruturas organizacionais, por meio da prisão de lideranças e da apreensão de material ilícito, valores e bens adquiridos com recursos originados nos delitos praticados.
O Centro Integrado de Investigações e Operações de Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro da Missão Redentor, que funcionará na Superintendência Regional do Rio de Janeiro, vai receber meios e equipamentos para realizar os trabalhos de investigação, interceptação, monitoramento e processamento das informações obtidas.
Segundo a PF, a Missão Redentor, que tem foco no combate de facções criminosas e corrupção, é de caráter permanente e terá um grupo de policiais especializados na área de inteligência no combate a este tipo de crimes, podendo ser ampliado se houver necessidade. O trabalho da operação Redentor focará na investigação para tentar prender chefes dessas facções, como também, na descapitalização patrimonial desses grupos.
Inicialmente, o grupo terá três delegados e cerca de 20 agentes. Dez desses analistas virão de outros estados para atuar no Rio de Janeiro. A coordenação do trabalho será da direção da PF, em Brasília. Junto ao espaço destinado para o trabalho das equipes, no interior da Superintendência da PF, no Centro do Rio, haverá um auditório que ganhará o nome do agente Ronaldo Heeren, morto em fevereiro de 2020, na comunidade do Rola, em Santa Cruz, área dominada por uma milícia.
De acordo com o órgão, a escolha do local de instalação do Centro de Inteligência Policial Operacional da Missão Redentor é em decorrência da expansão das facções criminosas no estado do Rio de Janeiro, “onde acredita-se que o investimento reforçado na PF/RJ fortalecerá a desarticulação de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas e de armas, bem como aumento nos números de apreensões e prisões no estado fluminense”.