A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) deu início, nesta sexta-feira (08/04), a uma força-tarefa nos ramais da SuperVia, concessionária que administra os trens na Região Metropolitana fluminense. Isso porque, de acordo com o Governo do Estado, há 12 estações dominadas pelo crime organizado atualmente. São elas:
- Barros Filho (Rio de Janeiro)
- Costa Barros (Rio de Janeiro)
- Del Castilho (Rio de Janeiro)
- Guapimirim
- Honório Gurgel (Rio de Janeiro)
- Jacaré (Rio de Janeiro)
- Manguinhos (Rio de Janeiro)
- Parada Angélica (Duque de Caxias)
- Parada de Lucas (Rio de Janeiro)
- Senador Camará (Rio de Janeiro)
- Suruí (Magé)
- Vigário Geral (Rio de Janeiro)
Na última quinta-feira (07/04), o governador Cláudio Castro havia anunciado um cronograma de ações em relação à retomada das estações e a suspensão das negociações com a SuperVia. Segundo ele, isso se dará ”até a concessionária cumprir com suas obrigações e normalizar o serviço”.
Na quarta (06/04), por exemplo, os ramais Belford Roxo e Saracuruna ficaram inoperantes por algumas horas, no início da manhã, devido a furto de cabos. Para o governador, porém, há dados conflitantes entre os divulgados pela SuperVia e os registrados na Agetransp, agência reguladora dos transportes no RJ.
”É inadmissível atribuir todas as questões ao furto de cabos. Mesmo quando atacamos diretamente esse ponto, os números destacados pela SuperVia não se sustentam, quando confrontados com registros oficiais da Agetransp. Segundo a concessionária, em 2021, foram furtados 38km de cabos. Se o número fosse real, não havia mais trens em circulação”, disse Castro.
O chefe do Poder Executivo fluminense complementou afirmando que a SuperVia não registra as ocorrências no momento em que acontecem. ”Deliberadamente, opta por fazer o registro em lotes, o que atrapalha a investigação, a identificação e a punição dos criminosos”, criticou.
Também para esta sexta, Castro determinou que a Secretaria Estadual de Transportes, a Central Logística e a Agetransp realizem uma vistoria técnica na SuperVia.
O governador do RJ concluiu afirmando que os problemas entre estado e a concessionária não cairão na conta dos passageiros. ”Pelo contrário, vai melhorar o serviço. Até porque eles querem ter recomposição tarifária. Senão, eles que vendam a concessão, e a gente negocia com o próximo”, cravou.
Ué, em outra notícia a fala do governador está em entregar a concessão. Aqui fala em vender a concessão. Aqui está mais coerente com o espírito do Governo do Estado: não quer ficar com o problema pra si, quer que no mínimo achem outro otário pra operar.
Patético.
As barcas serão devolvidas em 2023. A CONERJ vai voltar. O povo vai ter o gostinho de ser atendido pelo governo de novo e vai sonhar de volta com a CCR Barcas e a SuperVia (se esta devolver a concessão também).