Polícia Militar realiza palestras de prevenção contra exploração sexual infantil em favelas do Rio

As ações marcam a campanha Maio Laranja, que simboliza o mês de combate à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Foto: Divulgação

A Polícia Militar iniciou uma série de palestras em favelas do Rio com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). As ações marcam a campanha Maio Laranja, que simboliza o mês de combate à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Na Providência e no Vidigal, moradores e alunos dos projetos coordenados pelas UPPs participaram do encontro com a oficial da PM e instrutores do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Eles ressaltaram a importância da denúncia de qualquer tipo de violência contra menores e alertas que pais e responsáveis devem ter quanto às mudanças no comportamento das vítimas desse tipo de crime.

Perturbações do sono e da alimentação, dificuldades escolares e sexualidade exacerbada podem ser sinais de violência sexual. Os adultos precisam estar atentos e denunciar”, explicou a psicóloga.

Para a major Bianca Neves, assessora de Projetos de Prevenção da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), estabelecer uma relação de confiança com policiais é fundamental. A Polícia Militar, no primeiro trimestre desse ano, foi acionada 1.379 vezes para ocorrências de violência contra menores.

Advertisement

Estar aqui transmitindo informações aos responsáveis e às próprias crianças é muito importante para nós. A UPP, em especial a do Morro da Providência, está há 12 anos realizando projetos para a comunidade“, acrescentou Bianca. 

Mãe e moradora do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio, Carla Soares Grissini, 45 anos, conhece bem a realidade de crianças e adolescentes que vivem nas comunidades e a importância do diálogo e a prevenção desses crimes. 

Sabemos que nos dias de hoje temos que ficar atentos não só aos casos de violência sexual cometidos contra as crianças e jovens, mas também a violência psicológica. Precisamos disso para ajudar nossos filhos e todas as demais pessoas que estão à nossa volta. A violência sexual, na maioria das vezes, vem de dentro de casa. Temos que estar sempre em alerta“, pontuou.

Capacitação de policiais militares em todo o estado

A cada hora, três crianças sofrem no país algum tipo de violência sexual. A revelação, triste e desafiadora, foi apresentada pela promotora de Justiça Karina Pupin para mais de 200 policiais militares (oficiais e praças) lotados em todas as unidades operacionais e de setores de planejamento.

Durante a conferência, ela apresentou dados estatísticos sobre o cometimento desses crimes e algumas características que dificultam muito o seu enfrentamento. Uma delas é que 73% dos crimes ocorrem dentro de residências e 40% dos suspeitos são pais ou padrastos das vítimas.

Para o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, a palestra da promotora ofereceu uma contribuição enorme para o enfrentamento desse tipo de crime.

Nosso objetivo com o evento virtual foi levar aos policiais militares o conhecimento para atuarem de forma técnica, profissional e, sobretudo, acolhedora nas ocorrências relacionadas a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes“, concluiu Figueredo.

Governo cria cartilha com informações e telefones para denúncia de crimes

O Governo do Estado lançou a cartilha “Não Podemos Fechar os Olhos”para auxiliar pais e responsáveis na identificação de crimes de violência e exploração sexual infantil. O conteúdo ensina a identificar e reconhecer possíveis sinais desse tipo de violência, além de números de emergência onde é possível encontrar ajuda especializada. A cartilha também está disponível nas redes sociais oficiais do Governo do Estado.

Veja a íntegra da cartilha divulgada pelo Governo do Estado.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Polícia Militar realiza palestras de prevenção contra exploração sexual infantil em favelas do Rio
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui