Policiais da Delegacia de Capturas (DC-Polinter) e da Delegacia do Consumidor (Decon) deflagraram nesta quarta-feira (23/09) uma operação que tem como alvo uma quadrilha suspeita de causar um prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres públicos com uma fraude em Bilhetes Únicos na Supervia, a concessionária que opera os trens urbanos na Região Metropolitana.
De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa inseria créditos falsos em Bilhetes Únicos e os oferecia nas roletas de diversas estações a um valor abaixo do de mercado.
O Bilhete Único permite ao passageiro usar dois meios de transporte pagando menos — esse desconto é subsidiado pelo poder público, através dos impostos dos contribuintes.
Até a publicação desta matéria, oito pessoas já haviam sido presas.
Segundo o delegado Mauro César, diretor da Polinter, a quadrilha tinha três níveis hierárquico: Os líderes eram responsáveis por trazer a tecnologia — programas ou softwares — que quebrava o código de segurança do Bilhete Único. Eles também inseriam os créditos fraudulentos nos passes; O segundo nível era o dos fornecedores dos cartões; O terceiro era o dos “cavalos” ou “batedores”, que ficavam do lado das catracas das estações da Supervia.
“A pessoa, em vez de entrar na fila para comprar o bilhete, dava o dinheiro aos ‘cavalos’, que passavam o cartão fraudado nos validadores”, explicou César. “Quando acabavam os créditos, eles desciam, procuravam os fornecedores — que não queriam se expor — e pegavam outros bilhetes”, emendou.
Segundo o delegado, a quadrilha começou a agir também no metrô. “As investigações continuarão, para prender os demais integrantes do grupo criminoso”, disse.
Os investigados responderão na Justiça pelos crimes de integrar organização criminosa e estelionato.
A operação mobilizou 30 policiais da Delegacia de Capturas (DC-Polinter) e da Delegacia do Consumidor (Decon), que tentavam cumprir no total 15 mandados de prisão.
Qual a novidade? No ônibus acontece isso há meses e todos fingem não ver, metrô é a mesma coisa!