Política de Trump pode impulsionar economia do Rio de Janeiro

Economista aponta que possível valorização do dólar e retomada dos combustíveis fósseis podem beneficiar a economia fluminense

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A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traz incertezas para a economia global, e o Rio de Janeiro também pode sentir esses impactos. Segundo João Branco, professor de economia da ESPM Rio, setores estratégicos do estado, como petróleo e turismo, podem até ser beneficiados, dependendo das políticas adotadas pelo governo americano.

A valorização do dólar, impulsionada por fatores geopolíticos, pode encarecer exportações brasileiras para os EUA, afetando setores como o aço e o etanol. No entanto, para o Rio de Janeiro, o maior impacto pode vir do petróleo. “Há uma expectativa de que Trump retome políticas favoráveis ao uso de combustíveis fósseis. Se isso se confirmar, pode ser positivo para a indústria petrolífera do Rio de Janeiro”, afirma Branco.

Já no setor siderúrgico, a incerteza sobre possíveis barreiras comerciais impostas pelos EUA pode ter efeito limitado no estado. “Apesar das preocupações iniciais, as principais empresas do setor não sofreram grandes quedas na bolsa, algumas até valorizaram”, explica o economista.

Outro reflexo importante para o Rio de Janeiro pode vir do turismo. Caso a valorização do dólar leve à desvalorização do real, o Brasil se tornaria um destino mais acessível para estrangeiros, impulsionando a rede hoteleira e o setor de serviços. “Ainda há muitas variáveis em jogo, mas, para o Rio de Janeiro, o cenário pode ser até mais favorável, considerando o peso do petróleo e do turismo na economia fluminense”, conclui Branco.

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

4 COMENTÁRIOS

  1. No que vemos, o Mundo à Direita ajuda os Negócios. Dinheiro, sem dinheiro não tem como sequer sobreviver, ideologia não enche carrinhos de compra, enm tem a melhor saúde, nem a melhor educação. O Brasil precisa ter orgulho do Brasil,viva quem produz, quem dá duro. O Brasil sem viralatismo. Dinheiro não tem cor! O Brasil poderia ser a maior potência do Planeta, e Rio surfar na onda.

  2. Não vai beneficiar o Rio mesmo! O Bostil não vai deixar.
    O Bostil vai continuar tirando BILHÕES todos os anos dos lucros do petróleo e gás do Estado Fluminense.
    Pra piorar ainda temos políticos no Estado do Rio que lutam para manter os privilégios de São Paulo com os nossos lucros do petróleo e gás, mostrando claramente como esses políticos do Rio NÃO servem aos interesses do Rio.

  3. Se houver uma expressiva desvalorização do real, a inflação de alimentos também subirá, pois os gastos com insumos importados sofrerão aumento. Outro efeito é que muitos exportadores darão preferência a exportar suas safras ao invés de abastecer o mercado brasileiro, reduzindo a oferta interna de produtos, o que gera aumento de preços. O crescimento das receitas com a exportação de petróleo vai gerar ainda mais lucro para os investidores privados da Petrobras, que já são trilhardários, às custas do aumento dos derivados no Brasil e seu impacto em toda a cadeia produtiva e no dia a dia do cidadão comum. A parte dos dividendos que cabe ao governo federal por todo esse lucro será majoritariamente usada para pagamento da dívida pública, ou seja, vai para os bolsos de banqueiros e especuladores, beneficiando muito pouco a população em geral. Ainda que alguns pequenos e médios empresários do Rio obtenham alguma vantagem com esse possível aumento do turismo, o que não é certo, os problemas para a população brasileira como um todo não compensam.

    Os tais “benefícios” das medidas do “coisa alaranjada do norte”, são bem relativos. Mais uma vez, o ônus vai cair sobre nosso lombo e a vida tende a ficar mais difícil, exceto para os poucos vida mansa trilhardários de sempre.

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