Pontuação gráfica: parte 3 – Final

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Prezados Leitores do Diário do Rio:

Fechamos, aqui, nossa série teórica sobre pontuação gráfica. Nas próximas seções, publicarei exercícios de concursos sobre o tema, com gabarito, para que vocês ponham em prática o que foi exposto nos três últimos artigos.

Espero que tenha sido útil e lembro que o Leitor pode encaminhar suas dúvidas para Centro Filológico Clóvis Monteiro, da UERJ, no e-mail cefiluerj@gmail.com

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Abraços e até breve,
Marcelo Moraes Caetano

1) DOIS PONTOS

Utilizam-se os dois-pontos para:

A) Iniciar-se enumeração anunciada:

EXEMPLO:
Trouxemos duas coisas da viagem: malas e cansaço.

B) Iniciar-se uma citação, provérbio, paráfrase etc:

EXEMPLO:
Disse Martin Luther King: “Se mantivermos essa história de olho por olho, acabaremos num país de cegos.”

C) Iniciar-se uma exposição mais detalhada, ou uma explicação, ou mesmo uma conclusão:

EXEMPLO:
Pude sentir a sua mão carinhosa: ela era uma mulher encantadora de mãos extremamente suaves.

2) ASPAS

Utilizam-se as aspas para:

A) Marcar-se a presença de palavras estrangeiras, neologismos, gírias e congêneres:

EXEMPLO:
Esperava um “feedback” maior.

B) Marcar começo e fim de citações, provérbios:

EXEMPLO:
“Mais vale um pássaro nas mãos do que dois voando.”

3) PARÊNTESES

Utilizam-se os parênteses para:

A) Indicar-se oração intercalada:

EXEMPLO:
Sempre se disse (agora sei muito bem) que devagar se vai ao longe.

B) Isolar termos que se refiram a antecedentes e aos quaise se queira dar uma ênfase maior que a vírgula:

EXEMPLO:
Pedro (que era um amigo fidelíssimo) mal conseguia me contar aquilo.

4) TRAVESSÕES

Os travessões servem para:

A) Dar ênfase maior que a da vírgula, parênteses, dois-pontos:

EXEMPLO:
Via em José – seu grande amigo e irmão – uma espécie de ídolo.

“(…) Gladliver procurava demonstrar ser injustiça com as flores – encanto e doçura da Terra – ligá-las à morte.” (Orígenes Lessa)

Eu não sabia o que dizer ¾ apenas fiquei mudo.

Ele trouxe tomates, chuchus, berinjelas ¾ um pimentão maduro.

B) Indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor ou início da fala deste:

EXEMPLO:
André perguntou:
– Falamos a mesma língua?

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PhD em Língua Portuguesa pela UERJ. É professor adjunto de língua portuguesa e filologia românica da UERJ e author and content developer da California State University. Tradutor de inglês, francês, alemão, espanhol, italiano, latim e grego, pesquisador das filologias russa e mandarim. Escritor com mais de 40 livros publicados e premiados no Brasil e no mundo. Membro efetivo da Academia Brasileira de Filologia, do PEN Club Rio-Londres, da Académie des Arts, Sciences et Lettres de Paris e da Academía de Letras y Artes de Chile. Em 2011, recebeu a Comenda e a Médaille de Vermeil do Governo francês.
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