Por dívida de mais de R$ 1 bilhão, SuperVia solicita ao TJRJ recuperação judicial

Responsável pela gestão dos trens no RJ, concessionária perdeu metade de seu fluxo diário de passageiros durante a pandemia e acumulou dívida de R$ 1,2 bilhão

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Foto: Reprodução

Concessionária responsável pela operação comercial e manutenção de toda a malha de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a SuperVia entrou com um pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ).

De acordo com a empresa, isso foi necessário devido a uma dívida de cerca de R$ 1,2 bilhão, acumulada devido à redução pela metade da frequência de passageiros no dia a dia, fato este ocasionado pela pandemia de Covid-19.

Ainda segundo a SuperVia, com a recuperação judicial, será possível negociar com os credores sem afetar a prestação de serviços aos passageiros.

Desde março de 2020, quando começou a pandemia no Brasil, a concessionária teve perda financeira de R$ 474 milhões em função da diminuição de mais de 102 milhões de passageiros nas viagens cotidianas – contabilizado até a última quarta-feira (02/06).

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Antes disso, a SuperVia costumava transportar aproximadamente 600 mil passageiros por dia. Atualmente, essa quantidade está na faixa dos 300 mil. A expectativa da empresa é que o fluxo diário se normalize somente em 2023.

O DIÁRIO DO RIO contactou a SuperVia para comentar o assunto. A concessionária, por meio de nota oficial, disse que, ”assim como todo o sistema de passageiros do RJ, não conta com qualquer subsídio do governo e se mantém basicamente com recursos da venda das passagens”.

Paralelamente, a empresa informou também que ”seguirá buscando o necessário e urgente reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão junto ao Poder Concedente (Governo do Estado)” e que, ”no último dia 13/04, a Agência Reguladora dos Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) reconheceu a responsabilidade do Poder Concedente em promover o ressarcimento emergencial à SuperVia de R$ 216 milhões, valor esse correspondente à complementação dos custos mínimos da concessionária para garantir a manutenção da operação durante a pandemia”.

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8 COMENTÁRIOS

  1. E muito dinheiro para ser justificado com a metade de passageiros…
    Está claro que a empresa funciona com déficit há muito tempo e sua administração carece de uma auditoria.

  2. Você sabe ler? “Limite operacional concentrado num horário”(???)
    Eu falei que o serviço em qualquer dia da semana, mesmo finais de semana…

  3. Quando o transporte ferroviário era estatal as passagens eram mais baratas. Há de se convir que a Supervia não é dona do ativo da ferrovia, os trens foram comprados pelo governo federal e depois estaduais com ajuda do governo federal. A supervia só recebe os lucros.

  4. Trens cheios, no final de semana ou fora do horário de rush, quando ficam para além lotados, com usuários como sardinhas.
    A empresa vive anunciando, todos os dias, roubo de cabos…
    Mais parece que seja de propósito para justificar atrasos, irregulares do intervalo.

    • Pode ocorrer de num horário específico um trem esteja cheio – a demanda chega a hora que a demanda quer e não na hora em que a concessionária quer. Existem limites operacionais para o seu atendimento concentrado em um horário apenas. Isto posto, quem lembra o que era a Flumitrens/CBTU hoje vê a Supervia como quase um trem suíço. Transporte público ou precisa do público ou precisa do poder público. O coronavírus atingiu em cheio esse setor.

      O poder público, ao restringir movimentação ano passado aprofundou isso. É dever contratual do poder público garantir não o lucro da empresa, mas garantir que haja prejuízo operacional zero (valores dos salários, energia e manutenção) pro sistema pelo menos continuar operando (ou seja, sem olhar a dívida existente com bancos, já que isso é responsabilidade da concessionária…).

      Temos que olhar pelo Metrô também!

      • Discordo… apesar de ter cláusulas contratuais, o governo é dono dos trens é dono das linhas férreas e ainda sim tem que gastar pela má administração de anos da supervia ? Uma empresa de grande porte não ter caixa 2 que segurasse a onda numa possível crise?
        Burro será o governo de injetar mais dinheiro…
        Abre a concessão pra outra empresa..

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