Possível protesto de motoristas de aplicativos pode engarrafar intensamente a Avenida Brasil na quarta-feira

Manifestação é liderada pelo ''Movimento Combustível Sem Imposto''; expectativa é que cerca de 10 mil pessoas estejam presentes no ato, que contará com o apoio também de caminhoneiros e entregadores

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Imagem meramente ilustrativa de engarrafamento na Avenida Brasil em julho de 2018 - Foto: Reprodução/Internet

Na próxima quarta-feira (04/08), a Avenida Brasil, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro, poderá ser tomada por um intenso engarrafamento. Isso porque, de acordo com informações do jornal ”O Dia”, motoristas de transportes por aplicativo estão organizando uma grande manifestação que terá início às 07h e ocupará os 2 sentidos da via, com previsão de duração de aproximadamente 30 horas.

O protesto é liderado pelo ”Movimento Combustível Sem Imposto” e a expectativa dos organizadores é que cerca de 10 mil pessoas estejam presentes no ato, que contará com o apoio também de caminhoneiros e entregadores.

Vale ressaltar que o ”Combustível Sem Imposto” conta com o suporte do Sindicato dos Prestadores de Serviços por Aplicativos (SindMobi), cujos líderes também participarão da manifestação.

”Nosso objetivo é pressionar para que essa pauta de reinvindicações seja atendida. Nossa expectativa é, no mínimo, atingir alguns pontos dessa pauta. Estamos fazendo uma pressão interna. Isso vai ser só o início da greve. Daremos o pontapé inicial nesse movimento. Vamos marcar outras datas até conseguirmos ser atendidos, pois a situação de trabalho está inviável”, disse o presidente do SindMobi, Luiz Corrêa.

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”Os aplicativos de mobilidade e entregadores têm escravizado esses prestadores de serviços por aplicativo. A grande maioria está trabalhando entre 14 e 16 horas diariamente, muitas vezes dormindo dentro do carro, para tentar trazer o mínimo do sustento para dentro de casa”, complementou Luiz.

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Uber e a 99, empresas de transportes particular de passageiros, para comentarem o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta de nenhuma das partes. A reportagem será atualizada tão logo isso aconteça (conferir no final do texto).

Atualização – 02 de agosto de 2021 – 18h12

Por meio de nota oficial, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas Uber, 99, iFood, Uber Eats, Zé Delivery, Buser, Flixbus e Quicko, se manifestou sobre o assunto. Confira, na íntegra.

”As empresas associadas à Amobitec entendem as consequências do aumento do valor dos combustíveis aos seus parceiros e trabalham para ajudar os motoristas e entregadores cadastrados a reduzir seus gastos fixos, embora a variação de preço dos combustíveis fuja do controle das plataformas.

Entre as medidas para auxiliar a reduzir custos estão convênios com postos de gasolina para oferecer desconto aos parceiros dos aplicativos no abastecimento dos veículos, além de parcerias com empresas para oferecer preços especiais em peças, acessórios e manutenção.

As associadas da Amobitec também implementaram, desde o início da pandemia, diversas ações de apoio aos profissionais, como a distribuição gratuita ou reembolso pela compra de equipamentos e materiais de higiene e limpeza, e a criação de fundos que somam mais de R$ 200 milhões para o pagamento de auxílio financeiro para parceiros diagnosticados com Covid-19 ou em grupos de risco.

Desde março de 2020 foram distribuídos ou reembolsados mais de 4 milhões de itens de proteção como máscaras e álcool em gel para os parceiros cadastrados nas plataformas. A Amobitec reforça que em nenhum momento houve a redução de taxas de remuneração dos parceiros, mesmo em um período de instabilidade econômica do país.”

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4 COMENTÁRIOS

  1. Vejo reclamarem dos motoristas, vejo reclamarem dos apps… o nome disso é livre mercado! Se os aplicativos vieram e pra ficar, fora uma demanda reprimida e insatisfeita com o “transporte” eficiente de taxistas, ônibus e outros… 34% é o ICMS do Rio de Janeiro, sendo que esse valor entra no preço final que o GOVERNO ESTIPULA. Um estado que produz 80% do petróleo nacional, com o maior icms? Nexo? Quem não conhece a estratégia dos apps em relação aos prejuízos, os investidores entendem… não é só o uber e 99, se você tem Nubank ou adora um Ifood e pensa no prejuízo, muito cuidado, pois os mesmo vivem no vermelho! Leiam antes de indagarem certas coisas… se o motorista não está satisfeito com o pagamento, se desligue. Mas imposto? Imposto é roubo! É o estado tomar o seu dinheiro prometendo que é pra uma infraestrutura inexistente, ineficiente e em sua maioria, corrupta! Imposto sobre cosumo deveria ser ZERO! Veriam como iria crescer às empresas, você e o próprio governo… mas burrocratas perpetuam sua permanência e ninguém quer perder seus privilégios e suas ideologias pseudo democráticas que só trazem mais pobreza, violência… espero que o estado do Rio vá a falência! Os políticos só ficarão satisfeitos quando o Rio virar uma só favela…

  2. UBER e 99 não querem nem saber disso. Este mercado é bem estranho, porque dado a excessiva quantidade de motoristas e a competição acirrada dos aplicativos, ninguém está confortável lucrando: os aplicativos têm prejuízos milionários e os motoristas veem sua renda decair pela concorrência – de modo que eles não estão com grana mais pra “vestir social, oferecer água mineral e balinhas” como era no início. O aumento da gasolina é apenas mais um fator de achatamento da margem de lucro dos motoristas. Hoje eu diria que só o cliente está tendo vantagem disso tudo (e ainda reclama que não tem mais aquelas regalias do passado).

    Não vejo muita saída não… Os motoristas tão até com sorte que não usam o ar condicionado no momento. O problema não é exatamente o custo da gasolina/gás. Mas do excesso de motoristas de UBER/99 dividindo a mesma renda disponível na praça. Até porque o cliente não quer pagar mais pelo serviço não.

    • Sério isso? Mais de 50% do valor do combustível em ICMS e não é culpa?!? Ao invés de encher um tanque com 360 reais, encher com 180 a cada 2-3 dias não faria diferença? Faz às contas…

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