Cabo Frio, um dos destinos turísticos mais populares da Região dos Lagos, surpreendeu moradores e turistas com o cancelamento do tradicional réveillon na Praia do Forte. A celebração, a segunda maior do Estado, foi cancelada devido à falta de fechamento dos contratos necessários após a prefeita Magdala Furtado perder as eleições.
Em novembro, a prefeitura havia informado que a estrutura para o evento estava em fase de licitação, incluindo duas balsas posicionadas a 500 metros da costa para o espetáculo pirotécnico. No entanto, o processo não avançou, resultando no cancelamento.
No ano passado, a cidade também não realizou a tradicional queima de fogos por determinação da Justiça, depois de uma recomendação do Ministério Público do Rio de Janeiro para coibir fogos com efeitos sonoros.
O réveillon de Cabo Frio, quando realizado, costuma atrair uma multidão que pode chegar a mais de 500 mil pessoas na orla da Praia do Forte. A cidade é a mais movimentada da região, principalmente, entre as festas de final de ano e o verão, quando a população chega a mais que triplicar.
A população de Cabo Frio – principalmente a pobre e periférica – sofre com o excesso de turistas e “duristas” pela cidade nesses eventos pontuais, de Dezembro a Março. Torneiras secas e noites sem dormir são as consequências de negligências da Prolagos e da Enel quando têm de atender – e priorizam – bairros ricos com essas commodities. Além disso, há os buracos e desníveis nas vias públicas que nunca são satisfatoriamente nivelados, resultando em avarias diuturnas nos automóveis a circular. Se a ausência desse marcador de eventos, que é o foguetório oficial, desanimar um pouco a chegada de viajantes à cidade, vejo até que não será má a ideia. A cidade não comporta tanta gente consumindo recursos contingenciados.
Magdala a faveleira, foi a pior prefeita que Cabo Frio já teve. Que suma da política definitivamente.