O fim melancólico do PFL deve fazer com que o partido resultante da fusão do DEM com o PSL fique praticamente sem os parlamentares originalmente eleitos pelo DEM. A questão é que uma das maiores dúvidas sobre quem iria permanecer no novo partido decorre justamente da possibilidade de o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, continuar ou não presidente do partido, e assim responsável pelo maior fundo partidário do RJ.
Em reunião na noite de terça-feira, 5/10, o nome de Wagner Santos Carneiro foi confirmado como presidente estadual do União Brasil fluminense. No evento, ocorrido em Brasília, estavam presentes o deputado estadual Márcio Canella, e o presidente do DEM, ACM Neto. Com a concretização da União Brasil, muitos políticos devem aproveitar a janela aberta pelo fato, tanto para pular para o novo partido, como para sair do ex-PSL e do ex-DEM, já que a lei permite o êxodo neste caso específico.
O novo partido reuniria a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, além de quatro governadores e sete senadores. Segundo especialistas, não deve ser este o caso: eles esperam um encolhimento da legenda, tendo em vista que os chamados bolsonaristas raiz tendem a deixar o antigo PSL, já que o partido quer ter seu próprio candidato a presidente. Segundo informações do Tribuna da Imprensa, o presidente Bolsonaro estaria em vias de filiar-se ao PP, o que pode atrair – caso se confirme – gente que está hoje no PSL
Waguinho diz que será candidato a governador, mas a aposta dos analistas políticos é que não será e acabará se compondo com outro candidato. De toda maneira, o prefeito sai ganhando – fortalecido – e deve gerir um vultoso fundo partidário, sem contar um longo tempo de TV e rádio.
