Prefeitura de Queimados pressiona Águas do Rio por crise no abastecimento de água

A Prefeitura de Queimados realizou uma reunião com a concessionária Águas do Rio, Câmara Municipal e OAB para discutir soluções para a crise no abastecimento de água. CPI foi instaurada para investigar falhas no serviço.

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A Prefeitura de Queimados promoveu, nesta sexta-feira (21), uma reunião emergencial para tratar da crise no abastecimento de água que afeta o município. O encontro reuniu representantes da Câmara Municipal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da concessionária Águas do Rio, além de autoridades locais. Moradores relatam enfrentar até três meses sem fornecimento regular de água, o que levou a administração municipal a exigir esclarecimentos e providências imediatas.

Diante da gravidade da situação, a Câmara Municipal instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar falhas na prestação do serviço pela concessionária. O prefeito Glauco Kaizer, que conduziu a reunião, criticou a atuação da empresa e cobrou medidas urgentes. Ele também questionou a inoperância de dois reservatórios construídos em 2018, que custaram quase R$ 3,5 bilhões em recursos públicos e ainda não entraram em funcionamento. “Não podemos aceitar que a população sofra com a falta d’água enquanto estruturas já construídas seguem sem uso”, afirmou o prefeito.

Segundo a Águas do Rio, a escassez hídrica decorre do período de estiagem no estado. Atualmente, Queimados é abastecido pelo sistema de Acari e, em menor parte, pelo Guandu. No entanto, o reservatório responsável pelo fornecimento no município opera com apenas 50% da capacidade, comprometendo a distribuição.

A concessionária se comprometeu a ampliar a frota de caminhões-pipa e intensificar o mapeamento das áreas mais afetadas para garantir um atendimento mais eficiente. Além disso, afirmou estar monitorando previsões climáticas e espera que as chuvas previstas para o fim de semana ajudem a normalizar o abastecimento. A empresa garantiu ainda que apresentará relatórios à Prefeitura e à Câmara Municipal para comprovar melhorias no serviço e trabalhará com a OAB para revisar casos de consumidores cobrados indevidamente.

“Estamos acompanhando de perto essa situação e exigindo medidas concretas para que a normalização ocorra o mais rápido possível”, reforçou Glauco Kaizer.

A reunião contou com a presença dos secretários municipais Pedro Kimura (Serviço Público), Cristina Remann (Obras) e Alan Binoti (Governo), além dos vereadores Thomas da Padaria (presidente da Câmara) e Branco do Vira-Virou. Representando a OAB-Queimados, participou o presidente Alexandre Fontes. Pela Águas do Rio, estiveram presentes Sinval Andrade (diretor institucional), Aline Félix (gerente institucional) e Felipe Esteves (diretor executivo).

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