Liderado pelo empresário Alexandre Accioly, sócio da rede Bodytech e responsável pela reativação do Cine Roxy, o processo de revitalização do Jardim de Alah, na divisa dos bairros de Ipanema e Leblon, foi autorizado pela Prefeitura do Rio a realizar a retirada de 130 árvores do parque. A autorização, dada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, faz parte de um processo de urbanização conduzido pelo Consórcio Rio + Verde, formado pelas empresas Accioly Participações, DC Set Group, Opy Soluções Urbanas e Pepira.
O Jardim de Alah, que cobre uma área de 95 mil metros quadrados, abriga espécies nativas da Mata Atlântica, como amendoeiras, abricós-da-praia e sibipirunas, muitas delas com mais de 80 anos, plantadas desde sua criação na década de 1930. A proposta de revitalização busca transformar a área em um centro comercial e de lazer, com a construção de lojas, restaurantes e cafeterias integrados ao espaço, tornando-o uma área rentável. O investimento total será de R$ 110 milhões, com mais R$ 20 milhões anuais destinados à manutenção do local.
Retirada desagrada moradores da área
A decisão de remover as árvores gerou fortes reações entre moradores da região, incluindo a atriz Julia Lemmertz, que usou as redes sociais para expressar seu desagrado com a situação. “O Jardim de Alah realmente vai virar um empreendimento imobiliário, com lojas e restaurantes. Vocês vão tirar 130 árvores adultas, que vão morrer, porque não vão replantar 130 árvores que estão ali há uma ‘centena’ de anos”, afirmou Lemmertz, destacando sua indignação com a transformação de um parque tombado em um centro comercial. Ela ainda questionou a sociedade sobre a aceitação do projeto e pediu explicações ao prefeito Eduardo Paes.
Além da resistência popular, o processo de revitalização também enfrentou obstáculos legais. Em abril, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão temporária das reformas no Jardim de Alah, atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado. A decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública destacou que as intervenções poderiam comprometer a configuração original das obras de arte encontradas no parque, impondo uma multa diária caso a ordem judicial fosse descumprida.
Projeto

O projeto de revitalização inclui a construção de pontes para pedestres, além de instalações culturais e esportivas, buscando maior integração do parque com o bairro. A área verde será preservada, e as construções tombadas, mantidas. A empreitada também prevê a construção de um estacionamento subterrâneo para melhorar a infraestrutura do local, sem a instalação de grades, permitindo uma conexão mais fluida entre o parque e os bairros vizinhos.
A expectativa dos arquitetos responsáveis pelo projeto, Miguel Pinto Guimarães e Sergio Conde Caldas, na época de lançamento do projeto, no final de 2023, era de promover um resgate do parque, que também contaria com trechos comerciais e pelo menos seis restaurantes de diferentes especialidades.
Em nota, o Consórcio Rio+Verde informou que durante o processo de obtenção das licenças para revitalização do Jardim de Alah, o poder concedente emitiu uma licença ambiental autorizando a supressão arbórea. Reiterou que serão plantadas cerca de 300 novas árvores no novo parque, um incremento de 41% em relação às existentes, e afirmou ainda que a supressão de 130 indivíduos arbóreos foi avaliada como necessária por diversos motivos, incluindo doença, decesso e a inadequação de espécies exóticas cujas raízes destroem a infraestrutura pública e impedem a acessibilidade das calçadas.
Desculpa, mas como levar a sério uma matéria que não se dá ao trabalho de investigar o mínimo sobre o assunto? Amendoeiras e abricós-da-praia não são nativas, pela contrário; essas espécies exóticas invasoras são umas das mais agressivas ao se espalharem pelas restingas de todo o litoral brasileiro…
Pombos também não são nativos. Ainda assim tem os defensores dos animais contra a caça ao pombo como esporte e ao mesmo tempo controle dessas pragas que ninhos se espalha junto com doenças e cujas fezes trazem transtorno em todo lugar.
Tenho 85 anos. Quando criança meus país me levaram ao bem-ajardinado Jardim de Alá onde se via babas ou jovens mães passeando bebês. No canal que liga o mar à Lagoa casais ou famílias navegavam em barcos a remo. Uma favelinha foi urbanizada por iniciativa do controvertido Bispo D. Helder Câmara. Hoje quem levaria seus filhos ou namoradas para aquele decadente reduto de desocupados e drogados, árvores não cuidadas e mal escolhidas, lixo por todos os lados? O bom senso recomenda equilíbrio entre natureza e ocupação racional humana e manter árvores em estágio terminal de seu ciclo de vida e degradadas por décadas de descuidos é um contra-senso.
Os responsáveis projeto disseram que “a supressão de 130 indivíduos arbóreos foi avaliada como necessária por diversos motivos, incluindo doença, decesso e a inadequação de espécies exóticas cujas raízes destroem a infraestrutura pública e impedem a acessibilidade das calçadas.” Ora, bolas, os seres humanos e as infraestruturas públicas e urbanas é que precisam se adaptar à natureza, e não o contrário! Se existem árvores doentes, que elas sejam tratadas ou, numa situação de doença muito extrema, somente estas devem ser removidas. Vamos nos lembrar que a agressão à Natureza no Brasil é um erro que se tornou vício desde que os colonizadores chegaram aqui no ano de 1500, eliminando quase toda a fabulosa Mata Atlântica. Se que querem implantar um projeto de revitalização do Jardim de Alah, que este seja feito em volta das árvores existentes. Na Dinamarca existe uma quase obsessão em preservar parques e praças, e em Londres existem muitos parques. Os brasileiros assistem reportagens na TV sobre os parques da Europa, ficam admirando e sonhando com eles, mas não sabem preservar os que temos aqui. É bizarro é contraditório!!
Deveria haver uma explicação detalhada para a população,que fica tendo que engolir as decisões sem participar de nada. O cara vem, destrói, constrói o que quer e ponto.Um cara que já mostrou o desprezo por Maricá, do nada, vaidoso, perde a chance de ter a compreensão e apoio das pessoas por ser arrogante, autoritário ,insensível como aqueles dois eternos amigos dele que não valem nada: lula e cabral. Juntos representam uma parcela de governantes gananciosos e sem carater.
É só “quero o meu”,festas,deboche,poder e o povo que fique no seu lugar.
Tá complicado viver nesse mundo, nessa era de mentira, nesse país e na Cidade Maravilhosa.
Os munícipes querendo ou não vai acontecer, nada para O DITADOR EDUARDO PAES.
Solicito ao Sr Prefeito que pense bem na tomada de decisões relativo ao Jardim de Alah.
São 130 árvores , São 130 vidas elas representam a história do RJ desde o começo do século 20.
A urbanização pode acontecer mas as àrvores como seres vivos devem ser mantidas. Lembre-se Sr Prefeito nós moradores do RJ não vamos esquecer esse crime contra o RJ .
Faz o L agora jumenta!!!Acha q esse prefeiteco migo de lule liga pra o q vc acha?Que se dane as árvores de 130 anos…quer é bufunfa…tá querendo vender mais de 50 000 metros de NOSSO terreno de matas nativas,quer o q?
Da mesma linha dos jumentos q defendiam as girafas da Amazônia, a foz do Rio…e agora o q aquela et do Acre faz?Fica de 4 pra é deixa cagar toda a foz de petróleo!!
Sei q a grande maioria desses artistas mal completaram o primeiro grau direito ,mas faz força,deixa de ser tão burra e pare de defender ladrão sem palavra na próxima tá?
Todos fizeram.protestos por ocasião do metrô Praca Nossa Senhora da Paz. Vejam que maravilha ficou! Hoje temos metrô e a praça, como.sempre foi! Assistí, no Teatro Casa Grande o lançamento dessa excelente iniciativa e, o melhor, com total apoio das lidetanças da Cruzada, pois sabem que terão escolas ( mantidas pelo consorcio), empregos e lugar de lazer. Acredito que os que são contra tem.algum interesse por trás ou, estão totalmente desinformados
O mais irônico aqui nos comentários é ver bozoloides fingindo que se importam com o meio ambiente.
Kkkkk o mais irônico mesmo é q são sempre os mesmos pra lamber o saco do Dudu…
Além disso filhote,veja o recorde de queimadas na Amazônia e Cerrado nos últimos anos..
Ah desculpe,vc não é pago pra isso…eu te digo…foi em 2024 seu jumento!!!
Alexandre Accioly comprou o rabo do Paes. Me faz lembrar um tal Eike Batista.
Retiram 130 árvores com a desculpa de plantar 300 mudas…
Isso não está nada razoável.
Nem todas as mudas vingam.
Até uma muda chegar ao equivalente que proporciona uma árvore, em sombra e fontr de oxigênio demanda uma década ou mais de desenvolvimento.
Quero ver o Consórcio se comprometer que as 300 não sejam de mudas, mas transplantadas árvores já adultas…
O mundo precisando da natureza, com este clima louco cada vez pior em vez do prefeito arborizar o nosso meio ambiente ele quer destruir para fiz lucrativo. É prefeito o dinheiro fala mas auto.
Mas não tem problema, Já votei no senhor. Só espero me arrepender deste voto.
O quer vir como Governador, Hoje está na balança o meu voto, como tenho uma boa rede social, estarei lá pedindo para não votar no Desatadora.
alto é com L
T
Um Consórcio que a prática não faz jus ao nome Rio + Verde, que melhor ficaria se mudasse para + Cinza
Perfeito, concordo totalmente com você!
Isso,só vai almentar a poluição
E o calor que já absurdo nessa
Cidade E o engarrafamento
. Que absurdo!
Que triste MATAR 130 árvores
A mais de 100 anos plantada
Esse prefeito realmente NÃO TEM
Meu voto.
Perguntem ao empresário dono do empreendimento se ele alguma vez anda a pé pelas ruas da cidade. Ou será que ele só fica em ambientes climatizados? Ele entende o que significa a retirada de tantas árvores de um mesmo local? Será ele desinformado ou indiferente ao problema? Se a resposta for a primeira, então não tem mais desculpa, pois já foi informado dos efeitos ruins do seu plano. Se for a segunda resposta, então estamos diante de mais um…(qual será o melhor termo pejorativo para descrever o sujeito?)
Perfeito, concordo totalmente com você!
A revitalização do Jardim de Alah é uma iniciativa importante para tornar o parque um espaço mais agradável e útil para todos os cidadãos. A remoção de árvores exóticas e sua substituição por espécies nativas é uma prática comum em projetos de restauração ecológica, visando a recuperação da biodiversidade original do local.
É compreensível que alguns frequentadores habituais do parque, como os que o utilizam para passear com seus cães, possam ter receios em relação às mudanças. No entanto, é fundamental considerar que o espaço público deve atender às necessidades da maioria da população.
A revitalização do Jardim de Alah é uma oportunidade para criar um parque mais atrativo e convidativo para todos, com áreas de lazer, equipamentos para prática de esportes e outras atividades que incentivem a ocupação do espaço público pela comunidade.
É importante que a população esteja informada sobre o projeto de revitalização e possa participar do debate sobre o futuro do parque. A participação dos cidadãos é fundamental para garantir que o Jardim de Alah se torne um espaço de lazer e convivência para todos.
Até onde me consta, os moradores do local, organizados em associação, são contra o que está sendo feito. Eles defendem uma reforma do parque, e não a sua descaracterização.
O artigo acima diz que as espécies a serem retiradas são NATIVAS, e não exóticas.
Do que adianta a participação da sociedade civil se na hora de decidir o que será feito a vontade que prevalece sempre é do empresário gatuno que quer ganhar dinheiro com o espaço público?
sou morador do entorno direto e muito à favor, existe sim uma minoria barulhenta contra, mas a maioria é a favor. Fala-se muita besteira. Leiam o projeto técnico que foi aprovado.
Grandes interesses comerciais e financeiros reunidos em um projeto de descaracterização e devastação de uma área pública e tombada! Espero que o MP recorra dessa decisão absurda, e que as Associações de Moradores do Leblon e de Ipanema se mobilizem e consigam impedir esse verdadeiro conluio da Prefeitura com esses empresários que só pensam em lucro às custas do bem-estar da população e da natureza! Vergonha!
Os moradores são contra. Não se trata de revitalização e sim de uma modificação do parque em algo mais imobiliário com lojas e estacionamento…
Revitalização seria plantar mais árvores, não derrubar nenhuma e criar meios de integração com a natureza, construindo equipamentos de lazer e cultura no local.
O que está havendo com o RJ???
É o Buraco do Lume que vai acabar. É o Jardim de Alah que vai se tornar menos “jardim”…
Maldita privatização do espaço público para usufruto e benefício de poucos.