Prefeitura do Rio debate Vulnerabilidades Sociais em Audiência Pública para o Plano Diretor

Kathlen Romeu, jovem morta na última terça-feira (08/06), após operação policial no Complexo do Lins, foi homenageada na reunião

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Foto: Tânia Rêgo

A Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano realizou uma Audiência Pública na última terça-feira 08/06 para discutir parte do processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável da cidade. Questões como a ausência ou insuficiência de ativos, como acesso à saúde, moradia e outros, que deveriam estar disponíveis a todos os cidadãos e que caracteriza as vulnerabilidades sociais foram debatidos na reunião.

O Secretário de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, iniciou o debate homenageando a jovem grávida Kathlen Romeu, morta ontem após operação policial no Complexo do Lins, na última terça-feira (08/06). Segundo o secretário, o Plano Diretor não responde a todos os dilemas da cidade, mas é um caminho de auxílio para a redução de riscos.

“O ordenamento territorial parece uma utopia de urbanistas, mas ele tem um princípio social que é responder à grande questão por trás da experiência da humanidade, a partir do momento que ela inventou cidades, ou seja, responder como as pessoas podem viver juntas em um ambiente urbano”, afirmou o Fajardo.

Edson Diniz, presidente da Redes da Maré, apontou a necessidade do Plano Diretor tratar a desigualdade estrutural do Rio de Janeiro.

Advertisement

“A gente vive em uma cidade fragmentada em territórios muito desiguais. Tragédias, como a de hoje, acontecem nas favelas e a gente vai naturalizando. É preciso quebrar essa naturalização”, disse Edson Diniz.

Já o Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz afirmou que, durante muito tempo, a saúde ficou fora da discussão de planejamento urbano da cidade, mas a questão precisa ser revista.

“É necessário que a gente utilize as informações de saúde para planejar quais são os pontos da cidade mais expostos à questões como violência e acidentes. Um dos aspectos que precisa ser debatido no Plano Diretor é a necessidade de tornarmos mais saudáveis as opções de vida das pessoas”, apontou Soranz.

A vulnerabilidade habitacional foi abordada pela Subsecretária de Habitação da SMH, Marcela Abla. Para ela, o Plano Diretor deve consolidar eixos de enfrentamento às necessidades habitacionais.

“Estamos entrando em uma fase de planejamento da cidade pós-pandemia. A produção habitacional precisa ganhar uma escala mais real de enfrentamento ao tamanho do problema. Assistência, assessoria técnica e melhorias habitacionais que possam minimizar riscos em edificações já consolidadas nas áreas vulneráveis”, pontuo a secretária.

Nesta quarta-feira (09/06) haverá uma audiência temática sobre economia urbana. Na próxima semana serão realizadas Audiências Públicas Regionais.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Prefeitura do Rio debate Vulnerabilidades Sociais em Audiência Pública para o Plano Diretor
Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui