Prefeitura do Rio demole prédio irregular de 3 andares no Recreio dos Bandeirantes

Engenheiros estimam prejuízo de R$ 3 milhões para os responsáveis

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A Secretaria de Ordem Pública (SEOP) iniciou, nesta segunda-feira (27), a demolição de um prédio residencial multifamiliar construído irregularmente em um terreno de aproximadamente 500 m², na Rua DW, no Recreio dos Bandeirantes. A estrutura, localizada em área sob influência do crime organizado, apresentava três pavimentos — um de uso comum e outros dois com seis unidades residenciais cada. Segundo as autoridades municipais, a edificação é ilegalizável por não respeitar os parâmetros urbanísticos vigentes.

Além dos três pavimentos existentes, o último andar já possuía bases para a construção de outros níveis. Durante as inspeções, foram identificadas também duas grandes caixas d’água abertas, o que agrava o risco de proliferação do mosquito da dengue. Engenheiros da Prefeitura calculam que os responsáveis pelo empreendimento possam sofrer um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões, considerando os custos da obra e o valor potencial de venda das unidades.

Em declaração, o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, ressaltou a periculosidade e a ilegalidade do prédio:
“Esse prédio que estamos demolindo aqui no Recreio é totalmente ilegal, sem nenhuma condição de aprovação. Ele coloca em risco a vida das pessoas que, porventura, viessem a utilizá-lo. E a gente salienta que, em que pese a Prefeitura tenha feito a notificação sobre a construção ilegal, os responsáveis, ao invés de pararem as obras, aceleraram o ritmo das construções, tentaram ludibriar a fiscalização para fazer crer que haviam pessoas morando. A gente segue com esse trabalho de demolir construções ilegais, especialmente em áreas onde essas construções impactam de forma negativa a boa convivência e a coletividade. E a gente segue trabalhando com esse foco de ordenamento da cidade, preservação da vida e, em certos casos, também de asfixia financeira do crime organizado.”

De acordo com a SEOP, uma vistoria em 13 de janeiro de 2025 detectou que os andares do edifício apresentavam escoras e alvenaria aparente, sem acabamento. Contudo, em apenas dez dias após essa inspeção, a obra ganhou ritmo acelerado, numa possível tentativa de viabilizar a ocupação do imóvel e, assim, evitar a demolição. Na manhã desta segunda-feira, agentes encontraram supostos moradores, que não estavam lá na vistoria realizada na última sexta-feira (24).

Ainda na mesma rua, uma construção comercial de um pavimento — que abrigava um bar e um depósito — também foi demolida. A edificação ocupava cerca de 60 m² de área pública destinada à calçada, onde havia sido erguida uma churrasqueira e um muro, impedindo completamente a passagem de pedestres e os forçando a caminhar pela rua.

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