A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, nesta quarta-feira (23/06), no Museu de Arte do Rio (MAR), localizado na Praça Mauá, região central da capital fluminense, o programa ”Aprendiz Cultural”, iniciativa inédita que oferecerá renda e formação em sua primeira etapa para 500 jovens, de 18 a 24 anos. Cada um vai receber bolsa-auxílio mensal de R$ 800 e vale-transporte para a realização de cursos de preparação ministrados em equipamentos culturais da cidade.
Presente no evento, o prefeito Eduardo Paes (PSD) elogiou o projeto e aproveitou para anunciar que ampliará os recursos para o Aprendiz Cultural. Segundo ele, o programa, inicialmente elaborado para atender 500 jovens, terá uma maior oferta oferta de vagas.
”É uma honra estar aqui. Mas a gente precisa agir em escala, 500 (jovens) é um número muito baixo. Estou aqui dando mais dinheiro – não sei nem quanto é – para a gente poder agir olhando para um público ainda maior. É importante aumentar o número de jovens a ser atendido por esse programa nos próximos anos. É uma das melhores ideias que vi nesses 6 meses à frente da Prefeitura”, disse Paes.
O chefe do Poder Executivo do Rio lembrou que a cultura é um setor importante para o desenvolvimento econômico do município. Principalmente, porque é uma área que tem a capacidade de atingir e alavancar as demais.
”A cultura tem um viés econômico muito forte. Ela é fundamental para uma cidade como o Rio de Janeiro. Esse programa consegue juntar a dimensão econômica, de formação de mão de obra qualificada, com um olhar para uma juventude da periferia que está sem perspectiva, fazendo com que esta atividade econômica cresça mais ainda”, destacou.
Durante um período de 12 meses, os alunos aprenderão técnicas de luz, som e gestão por meio de capacitação teórica e prática para o mercado cultural. O público-alvo é formado por jovens que não possuem emprego formal ativo e que não tenham concluído o ensino médio. Para participar, é preciso ser morador do Rio há, pelo menos, 3 anos, e preferencialmente, oriundo de favelas, periferias, subúrbio e estar em situação de vulnerabilidade social.
”Na Cultura, ninguém fica para trás, muito menos os jovens. Será um ano de aprendizagem nas áreas de luz, som e entre outras, para depois eles estarem preparados para trabalhar em grandes eventos. A cultura não é só para artistas”, disse o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, também presente no lançamento.
Ele, vale ressaltar, tem percorrido bairros do Subúrbio carioca ao lado de agentes culturais locais para dialogar sobre as mudanças necessárias nas políticas de cultura. A intenção é a de torná-las mais democráticas e inovadoras para recolocar o Rio como uma das capitais do segmento no país.
Na primeira fase, a Secretaria Municipal de Cultura vai lançar um chamamento para organizações da sociedade civil. As secretarias de Juventude e de Políticas e Promoção da Mulher serão parceiras do programa. Além disso, haverá a possibilidade de fazer o curso virtualmente. A meta é formar, até 2024, 5 mil novos profissionais para o setor cultural da cidade de forma virtual.
Confira o calendário do programa
- Primeira semana de julho: Seminário on-line para organizações da sociedade civil conhecerem o programa;
- Segunda quinzena de julho: Lançamento do edital para escolha de organização da sociedade civil que executará o programa Aprendiz Cultural;
- Agosto/setembro: Escolha da organização da sociedade civil;
- Outubro: Início do projeto.