Moradores do tradicional bairro do Méier, na Zona Norte do Rio, estão em polvorosa. A bonita praça do Jardim do Méier, que foi urbanizada em 1916, é um dos xodós do bairro. Arborizada e ampla, é uma das principais áreas de lazer do bairro, quase um parque, e fica bem na esquina das ruas Aristides Caire e Arquias Cordeiro.
A sub-prefeitura do Méier começou uma reforma na praça. Até aí, todos pareciam felizes. Só que um vídeo foi publicado nos grupos do Facebook em que se vê claramente que a prefeitura está asfaltando os largos caminhos de pedras portuguesas coloridas, cobrindo o bonito basalto com pistas negras de asfalto. Na foto abaixo, vê-se claramente em uso os equipamentos que executam o asfaltamento, inclusive o rolo compactador.
Frequentador do bairro, o internauta Keiv Lumiar, zombou da ideia. “O bom é que vai subir aquela “brisa leve e fresca” no verão do Méier, quando esse pretume aí todo começar a amolecer do Sol no nível maçarico.” Antonio Carlos comentou abaixo do vídeo, logo em seguida: “Acabou a absorção da água, sem contar com o calor que vai aumentar, ignorância pura.” O assunto também está sendo abordado em grupos de patrimônio histórico, na rede social Facebook.
O jardim do Méier situa-se em área de intenso movimento entre duas partes do bairro, divididas pela linha do trem, constituindo-se em ponto de confluência e grande relevância local. A praça conta com um coreto tombado pelo INEPAC. A correção das proporções, a solução dos pilares duplos que se deslocam dos ângulos de sua planta hexagonal, o rendilhado do guarda-corpo, o delicado trabalho da agulha sobre a cobertura, testemunham o cuidado na sua concepção e execução.
Até o momento, a Prefeitura não se pronunciou. A matéria segue em atualização.
Atualização – 02 de outubro de 2021 – 22h56
Por meio de notas oficiais enviadas ao DIÁRIO DO RIO, tanto a Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva) quanto a Subprefeitura da Zona Norte se manifestaram sobre o assunto. Confira.
Seconserva: ”A Secretaria Municipal de Conservação esclarece que executou, no Jardim do Méier, os serviços de recuperação da pavimentação em concreto já existente e de recuperação de pedras portuguesas. A reposição asfáltica foi feita onde o piso já era de asfalto ou sobre base de concreto. Também foi feita a reforma do coreto, que recebeu pintura no telhado, bem como limpeza e pintura do guarda-corpo, além da remoção de pichações na escultura representando a deusa grega Atena, reparo de grades e ação de tapa-buraco no entorno. A pedido da população, a cascatinha passou por manutenção e limpeza.”
Subprefeitura: ”A Subprefeitura da Zona Norte informa que a parte que foi asfaltada era um trecho de cimento, que estava com rachaduras. Foi aplicado o asfalto e uma camada de cimento por cima, para dar mais resistência e não aparecerem novas rachaduras ao longo do tempo. Os caminhos de pedras portuguesas foram, inclusive, restaurados e diversas pedras foram repostas.”
Típico do Eduardo Paes… O mesmo no BRT para daqui a pouco devolver a iniciativa privada… Quanto custa este asfalto aos cofres públicos??
Culpado é o povo que continua babando ovo de quem só nos enrola. População da zona Sul e zona oeste sabem cobrar e não aceitam porcarias.
Claro e absurdo o descaso com a zona norte. Obras de maquiagem. Vários bairros abandonados pela prefeitura, enquanto segue fazendo melhorias em condomínios e clubes atrás de votos para o secretariado.
Pois é… nessas horas eu lembro de um Slogan “Ele rouba mas faz”. Ou realmente acreditam que ele não sabe sobre este assunto? O povo tem horas que tem de quebrar a cara mesmo, povo burro, totalmente volátil e que paquera com bandidos. Sinceramente, o carioca tem o que merece!
Obra mal feita! Descaso com o Méier e com cidadão. Percebe-se pela foto que o asfalto já está acima do nível das pedras portuguesas e do bueiro. Se a pavimentação recebeu uma camada de cimento por cima do asfalto (segundo a Subprefeitura) deve ter ficado ainda mais alto.
Lamentável.
Que vergonha prefeitura! Só atrapalham e enfeiam a cidade!!!!
Agora só falta a tal da segurança do local pois a lambamça já esta feita viva o Paes palhaço e cia..i
Já pararam para pensar na acessibilidade ?
Cadeirantes e pessoas com carrinhos de bebê também tem direito a usufruir do local. Com as pedras “”portuguesas” fica quase impossível.
Quanto à permeabilidade do solo, já existe asfalto permeável, mas provavelmente não está sendo utilizado.
Pedra portuguesa é um assunto delicado, tem muita gente que detesta e muitos outros amam. Mas asfaltá-las assim parece-me um erro bizarro, tanto de desperdício de recursos como também um erro paisagístico. Como é o subúrbio, a prefeitura faz qualquer lambança e fica tudo por isso mesmo. E isso porque o Paes Palho sempre bateu no peito pra dizer que ama o subúrbio…
Já a praça Cláudio Coutinho, no Leblon, praça frequentada pelas pessoas que importam pra prefeitura, essa sim pôde receber esmero de iluminação de “gambiarras” e food trucks…
https://diariodorio.com/praca-claudio-coutinho-no-leblon-e-revitalizada-e-ganha-food-park/
Cansado de ser subcidadao, ou cidadão de segunda classe. Tinha que largar a ZS pra lá. Vamos ver se barra e zs vivem as custas de praia e Turismo
Minha infância… Uma prefeitura que não se importa com a História. Quem é o responsável? Quem é o criminoso que deu a ordem? Prendam-no! Capem-no!