Nesta segunda-feira, 26/10, foi anunciado pelo prefeito Marcelo Crivella que o censo municipal de população de rua deverá ser usado para embasar um novo pedido judicial para permissão de internações involuntárias na cidade. O prefeito afirmou que o aumento recente dos moradores de rua gerou “constrangimento à população formal” e contribuiu para a disseminação do Covid-19.
No início da pandemia de Coronavírus, em março, o município foi impedido pela justiça de realizar acolhimento compulsório de moradores de rua, numa decisão que seguia a principal linha defendida por especialistas da área.
“Pode ter certeza que Centro e Zona Sul tiveram muito mais população de rua do que o normal. A população de rua aumentou muito, gerando constrangimento enorme na população formal”, disse Crivella.
De acordo com Marcelo Crivella as entrevistas para o censo começaram nesta segunda-feira e vão até a próxima quinta e os resultados devem estar prontos na semana que vem. O trabalho é um conjunto entre as secretarias municipais de Assistência Social e Direitos Humanos e de Saúde, além do Instituto Pereira Passos e da empresa Qualitest, contratada por licitação para o projeto. O último censo feito pela Prefeitura, em 2018, apontou um número populacional de 4.628 pessoas em situação de rua, enquanto um estudo de dois anos antes dizia que eram 14.279 pessoas. A Defensoria Pública do Rio costuma usar o dado de 15 mil pessoas.
Aproveita e divulga também a quantidade de imóveis não ocupados e com dívidas de IPTU, assim também os imóveis públicos.
Certamente a equação de tudo revelaria que se fossem ocupados com por essas pessoas, nenhuma mais precisaria ficar em situação de rua.